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domingo, março 26, 2006

FOTO-OXUM




OXUM

Muito cultuada dentro do Candomblé como na Umabanda, onde carinhosamente é chamada de mamãe Oxum.
No Candomblé esta Yabá é muito conhecida por seus caprichos e zelos. Foi casada com Odé Yboalama com o qual gerou um filho:Logum Edé.
Ela tem uma atenção especial deste orixá que sempre largará qualquer interesse para ouvir um chamado seu. Também é conhecida pelo amor e carinho que Oxalá a oferta.
Muito procurada nos terreiros de candomblé para auxiliar em questões amorosas, financeiras dentre outros.
Sua cor preferida é o amarelo translúcido. Seu metal é o ouro. Aprecia muito o Omolocum, prato feito de feijão fradinho, camarões, cebola, azeite de oliva e ovos.
Seu dia de culto é o sábado, sendo que neste dia seus filhos e filhas devem resguardar-se de prazeres carnais, usar roupas claras e sempre que possível lhe fazer oferendas.

Saudação: ORAYÊ YÊ O, OXUM É MINHA DOLA.

SINCRETISMO



DO SINCRETISMO:
Não há como falarmos no candomblé, sem citarmos o sincretismo. Uma vez que ele teve seu começo nas senzalas e permaneceu de uma forma cada vez mais viva dentro da prática religiosa africana. O sincretismo foi uma maneira que os escravos encontraram para driblarem a perseguição da Igreja, que proibia o culto aos seus Deuses, por achar que se tratava de bruxaria. Então os escravos passaram a esconder as pedras sagradas dos assentamentos (Okutás), dentro de imagens de Santos, tendo assim uma maior liberdade de culto.
E foi assim que nasceu a "ligação", entre os Orixás e os Santos do catolicismo. Mas é importante lembrar que esta era apenas uma forma fictícia de seu culto, nada tendo de real com a maneira de praticar sua religião. Com o passar dos anos alguns sacerdotes, foram fazendo parte das irmandades da igreja e passaram até mesmo a introduzir algumas rezas em seu cordão herdado dos escravos.
Mas para a prática real do candomblé, estas rezas nunca tiveram muito a ver com a realidade, uma vez que na África eles não tinham conhecimento da igreja, do cristianismo, ou de qualquer outro fator religioso, que encontraram aqui. E assim nasceu o candomblé que conhecemos hoje com seu sincretismo:
Ogum - Santo Antônio e S. Jorge
Oxóssi - São Jorge , e São Sebastião
Ossãe - São Expedito , e São Benedito
Oxum – Marê - São Bartolomeu
Omulú - São Lázaro e em alguns estados é sincretizado com S. Braz
Obaluayê - São Roque
Xangô - S. Jerônimo, S. Pedro, S. João Batista, S. Judas Tadeu.
Logum – Edé - S. Miguel Arcanjo
Oyá - Santa Bárbara
Oxum - Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora da Aparecida, Nossa Senhora da Penha.
Yemanjá - Nossa Senhora dos navegantes, Nossa Senhora da Glória
Nanã - Nossa Senhora Santana
Ibeji - Cosme e Damião
Obá - Santa Joana D’arc
Oxalá - Jesus Cristo.


A ORIGEM DO CANDOMBLÉ DO BRASIL
O candomblé como conhecemos, apesar de ter seus fundamentos nos Orixás, Inkisis e Voduns da África, como religião, só existe no Brasil. Na África sempre existiu e existem os cultos à DIVINDADES, sem a concepção religiosa que temos aqui, e sem a miscelânea cultural dos povos que para cá vieram como escravos, sem a qual JAMAIS teria se formado essa grandiosa religião.
Esses povos quando aqui chegaram, foram submetidos como sabemos, à todo tipo de degradação e humilhação que as mentes doentias da época julgavam certas. Assim, com sua condição humilhante, eles passaram a se conhecer melhor, trocaram idéias e conhecimentos, assimilaram um, os conhecimentos do outro, e isto sem contar com as crenças indígenas, que eles de forma alguma desacreditaram. Essas formas poderiam até serem diferentes, das suas, poderiam eles acharem-na mentirosa, mas, como negar essas divindades que aqui já viviam antes de sua chegada? Então eles os africanos, no meio desta troca de seus conhecimentos tribais, nacionais, foram introduzindo "pequenas" oferendas às divindades indígenas e assim foi se formando ao longo dos anos o CANDOMBLÉ que conhecemos hoje. Segundo acreditam muitos, foi assim que surgiu o culto aos caboclos dentro de candomblé, sendo conhecidos como: mensageiros dos orixás. Hoje em dia é comum vermos esses caboclos manifestados em festas próprias, entoando suas cantigas e ajudando a quem, precise.
A palavra CANDOMBLÉ, é de origem BANTU e não YORÚBA como acreditam alguns, e seu significado no Brasil: Instrumento de percussão e/ou lugar de danças de negros e, por extensão, lugar de terra batida por pés ou ainda terreiro, onde praticavam seus cultos religiosos.
Como podemos ver o candomblé, é uma religião Brasileira, formada originalmente pelos africanos, e nada tendo a ver com os santos católicos como querem e acreditam muitos. Este sincretismo surgiu apenas como meio de negro, enganar a sociedade da época, e praticar assim sua religião sem maiores perseguições. E se não fossem esses conhecimentos trocados entre si, onde uma tribo introduziu "Deuses" da outra em seus cultos, JAMAIS, voltamos a repetir, existiria esta religião que conhecemos hoje, e com certeza, é a de maior adeptos no Brasil, mas uma grande parte de seus seguidores têm VERGONHA ou medo de serem DISCRIMINADOS e, se confessam assim praticantes do cristianismo. Dando verdadeiro significado à palavra HIPOCRISIA.
Temos que acabar com essa perseguição que sofremos. Temos que exterminar o preconceito, não com brigas, guerras, mas com a justiça! Afinal e os direitos humanos, onde ficam?




O QUE SÃO OS ORIXÁS
NO CANDOMBLÉ DE ANGOLA
A palavra ORIXÁ é de origem Yorúba, dialeto usado nos candomblés de Kêto, e, não BANTU, dialeto usado nos candomblés de Angola.
Seu significado: ORI= CABEÇA – XÁ = GUARDIÃO OU AQUELE QUE GUARDA assim a palavra orixá, significa anjo da guarda, ou ainda: ORI= CABEÇA – XÁ = DONO, ou seja: DONO DA CABEÇA.
Para os africanos a concepção de "anjo da guarda", não era a mesma que conhecemos hoje, através do cristianismo, mesmo porque esta forma de culto existe a aproximadamente 8.000 antes de Cristo, e há estudos que tentam provar uma existência ainda mais antiga. Para eles, os denominados "anjo da guarda", na verdade eram seus antepassados, que após se transladarem para o ORÚM (Céu), passavam a fazer parte da energia de seu Orixá. Transformando-se assim em um, e voltando à terra para ajudar seus descendentes a seguirem sua jornada em busca de um aperfeiçoamento.
DENTRO da nação Angola, não cultuamos Orixá, mas sim INKISIS, como eram chamados por nossos antepassados Angolanos. Os Inkisis eram antepassados, que ao deixarem a terra, voltavam a integrar a energia original. Assim transformando-se em GÊNIOS, que é o significado mais aproximado da palavra.
Esses Inkisis não eram cultuados em conventos (templos), uma vez que os Angolanos eram semi-nômades, assim prestavam reverência aos seus INKISIS em árvores. Com sua vinda para o Brasil, foi que começaram a ter seus cultos em templos, posteriormente chamados BARRACÕES, assim denominados, devido ao nome dado à construções utilizadas na África, para guardar os escravos capturados.
Ainda nos dias de hoje encontramos SACERDOTES que aprenderam a identificar esta ou aquela árvore na qual reside um INKISI, mas muito poucos herdaram este conhecimento, porque a condição para termos os conhecimentos completos do culto, está na dependência ÚNICA e EXCLUSIVA, de termos somente um sacerdote/ sacerdotisa em nossa vida, mostrando assim a fidelidade não só à quem nos iniciou, como também e principalmente aos nossos SANTOS de cabeça. Ao entregarmos nossa cabeça a outra pessoa, ou nos deixarmos levar pela vã ilusão de que alguém sabe muito, tão somente por usar um dialeto diferente, corremos o risco de aprendermos as coisas de forma deturpada, e assim perdermos tudo o que nosso zelador teria a nos ensinar. O que nos trará sérias consequências no futuro, pois não saberemos a forma correta de agir em determinadas situações. Mas se nosso pai ou mãe nos liberou, nos deu sua benção ao sairmos de sua casa, devemos escolher bem quem nos guiará daí para a frente, pois que sempre estaremos esbarrando com pessoas que se dizem saber muito mas, na realidade...!
Assim se faz o candomblé de Angola: como qualquer outro, seja Kêto, Jêje, o importante é sermos fiel à nosso sacerdote ou sacerdotisa, aos nossos Orixás, para que possamos assim, termos um aprendizado completo, no qual tenhamos uma verdadeira estrutura para ajudarmos àqueles que dependerem de nossa intervenção para o favor que solicitam aos nossos antepassados, seres tão evoluídos, mas também tão humildes que não nos negam seu retorno aqui, para nos auxiliarem com toda sua experiência adquirida em sua larga jornada material e espiritual.

PRETOS-VELHOS



AS SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO - VELHO

Num cantinho de um terreiro, sentado num banquinho, pitando seu cachimbo, um preto - velho chorava.
De seus olhos molhados, estranhas lágrimas desciam-lhe pelas faces e não sei porque, contei-as...Foram sete.
Na incontida vontade de saber aproximei-me e o interroguei.
Fala meu preto –velho, diz ao seu filho por que externas assim uma tão visível dor? E ele suavemente me respondeu:
Estás vendo esta multidão que entra e sai? As lágrimas contadas estão distribuídas a cada uma delas.
A PRIMEIRA, eu dei a estes indiferentes que aqui vêm em busca de distração, para saírem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber...
A SEGUNDA, a esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando, na expectativa de um milagre que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos negam...
A TERCEIRA, distribuí aos maus, aqueles que somente procuram a UMBANDA, em busca de vingança, desejando sempre prejudicar a um semelhante...
A QUARTA, aos frios e calculistas que sabem que existe uma força espiritual, e procuram beneficiar-se dela de qualquer forma e não conhecem a palavra gratidão...
A QUINTA, chega suave, tem o riso, o elogio da flor dos lábios. Mas se olharem bem o seu semblante verão escrito: Creio na UMBANDA, nos seus pretos – velhos, nos seus caboclos e no teu ZÂMBI, mas somente se vencerem o meu caso, ou me curarem disso ou daquilo...
A SEXTA, eu dei aos fúteis que vão de Centro em Centro, não acreditando em nada, buscam aconchegos e conchavos, e seus olhos revelam um interesse diferente...
A SÉTIMA, filho, notas como foi grande e como deslizou pesada? Foi a última lágrima, aquela que vive nos olhos de todos os Orixás. Fiz doação dessas aos médiuns vaidosos(as) que só aparecem no centro em dia de festa e, faltam às doutrinas, esquecem que existem tantos irmãos precisando de caridade, e, tantas criancinhas precisando de amparo maternal e espiritual!
Assim filho meu, foi para esses todos que vistes cair uma a uma!!!!!

UMBANDA



UMBANDA QUEM ÉS?

Sou a fuga para uns, a coragem para outros.
Sou o tambor que ecoa nos terreiros, trazendo o som das selvas e das senzalas.
Sou o cântico que chama ao convívio seres de outros planos.
Sou a senzala do Preto - velho, a Ocara do Bugre, a cerimônia do Pajé, a encruzilhada do exú, o jardim da Ibejada, o Nirvana do Indú, e o céu dos Orixás.
Sou o café amargo e o cachimbo do Preto - velho, o charuto do Caboclo e do Exú, o cigarro da Pomba - gira, e o doce do Ibeje.
Sou a gargalhada da Padilha, o requebro da Cigana, a seriedade do Tranca - rua.
Sou o sorriso e a meiguice da Maria Conga, Cambinda e Maria do Congo, a traquinada do
Zequinha e a sabedoria do Sete - flechas.
Sou o fluído que se desprende das mãos do médium levando a saúde e a Paz.
Sou o isolamento dos orientais onde o mantra se mistura ao perfume suave do incenso. Sou o templo dos sinceros e o teatro dos atores.
Sou livre. Não tenho Papa. Sou determinada e forte.
Minhas forças? Elas estão no homem que sofre e que clama por piedade, por amor, por caridade.
Minhas forças estão nas entidades espirituais que me utilizam para seu crescimento.
Estão nos elementos, na água, na terra, no fogo, no ar, na pemba, na tuia e na mandala do ponto riscado.
Estão finalmente na tua crença, na tua fé, que é o elemento mais importante na minha alquimia.
Minhas forças estão em ti, no teu interior, lá no fundo, na última partícula da tua mente, onde te ligas ao Criador.
Quem sou?
Sou a humildade, mas cresço quando combatida.
Sou a prece, a magia, o ensinamento milenar, sou cultura
Sou o mistério, o segredo, sou o amor e a esperança. Sou a cura. Sou de ti.
Sou de Deus. Sou umbanda.
SÓ ISSO, SOU UMBANDA

MINHA ÁRVORE GENEALÓGICA