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domingo, novembro 19, 2006


COSME E DAMIÃO

Quem de nós nunca participou de uma festa de São Cosme e São Damião em algum terreiro, seja de Umbanda ou Candomblé? Sempre festejados em Setembro, é uma verdadeira viagem à nossa infância, onde podemos nos fartar como bolos, balas, doces e tantas outras guloseimas servidas neste dia. Mas uma é especialmente gostosa: O Caruru, também chamado de Caruru de Cosme! Sim, esta é uma das preferidas guloseimas servidas nas casas de Candomblé por ocasião das comemorações destes santos, que tanto se dedicaram à pobreza em sua vida terrena, o que lhes causou grande perseguição por parte do Imperador Diocleciano durante o século V.

Vamos ver um pouco da história destes mártires:
Muitos dos relatos sobre a vida destes Santos nos dão conta que eles eram gêmeos e nasceram na Arábia, trezentos anos após Jesus, porém seus pais eram Cristãos. Quando maiores foram para a Síria, onde estudaram medicina e passaram a se dedicar exclusivamente ao atendimento gratuito. Seus verdadeiros nomes eram Acta e Passio. Como a maioria dos mártires, existem vários relatos sobre sua morte: alguns dizem que foram lançados de um precipício amarrados, pois foram acusados de serem feiticeiros e inimigos dos deuses romanos. Outros contam que na primeira tentativa de ceifarem-lhes as vidas, foram afogadas, porém anjos vieram dos céus e os salvaram. Já em outro relato vemos que foram queimados, porém mal algum lhes causou o fogo, e depois desta vã tentativa teriam sido apedrejados, mas as pedras simplesmente voltavam para trás sem atingi-los. E por fim foram degolados.
O que se sabe ao certo, é que Cosme e Damião foram martirizados na Síria, por ordem do Imperador Diocleciano, que os perseguia por saber de sua religiosidade e de seus atos caridosos aos pobres. Sabemos que este Imperador foi Inimigo de todos os que não se curvassem perante os deuses romanos, porém é desconhecida a forma como morreram. Os milagres a eles atribuídos começaram logo após sua morte. Consta que, depois de mortos apareceram materializados ajudando crianças que sofriam violências. Até mesmo no momento de seu suplício os milagres aconteceram. Consta que o gêmeo Acta levitou, e do gêmeo Passio consta à tranqüilidade com a qual aceitou de seu martírio.
Mas os milagres de cura somente apareceram por volta do século V, e fizeram com que fossem considerados “Médicos dos Pobres”, protetores especiais das crianças. Segundo suas histórias, eles não recebiam qualquer tipo de pagamento quando exerciam a profissão na Síria, e com isso ganharam o título de ANARGIROS, inimigos do dinheiro. Depois com a especialização da medicina, foram escolhidos como Patronos dos Cirurgiões.
Seus corpos foram transportados por vários fiéis para Roma, devido à trucidação dos mesmos por Diocleciano, onde foram sepultados em um templo erguido em sua honra pelo Papa Félix IV na Basílica De Roma com as iniciais SS, que se traduzem como Cosme e Damião.
Dado a sua dedicação às crianças em geral, foram eles nomeados protetores das mesmas, e mais tarde as casas de Umbanda passaram a homenageá-los no dia 27 de Setembro, data que o catolicismo também realiza as homenagens. No Candomblé, são sincretizados com IBEJI, gêmeos da África que segundo as lendas, são os protetores das crianças e também da felicidade e riqueza. Segundo algumas casas, seriam eles filhos de Odé e Oyá, mas independente de sua filiação, em uma coisa todos são unânimes: a rapidez com que atendem os pedidos a eles endereçados, em troca de doces e outras guloseimas.
Seu culto foi iniciado no século V, data em que apareceram os primeiros relatos de seus milagres. Existem registros do culto aos irmãos nesta época, que dão conta de que existia em certas igrejas um óleo santo que tinha seu nome e, além do poder da cura, daria filhos a mulheres estéreis.
No Brasil seu culto foi introduzido pelo Donatário Duarte Coelho, 1535, quando este fundou a primeira igreja a eles dedicada, na cidade de Igarassú, (em Olinda, Pernambuco), que em tupi significa: Igara – Canoa, Assu – Grande.
Pai Sérgio, Tatetú N’Inkisi Lambaranguange, Odé Mutaloiá.
Contatos com Mutaloiá:
Tel: 0 (xx) 27 3282-1860

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