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sábado, março 17, 2007

Mãe Meninha


Mãe Menininha do Gantois
(Mãe-de-santo brasileira)
10-2-1894, Salvador 13-8-1986, Salvador.


Batizada no catolicismo como Maria Escolástica da Conceição Nazaré e no candomblé como Mãe Menininha do Gantois, foi a mais respeitável mãe-de-santo da Bahia.


Além de seguidores do candomblé, por seus poderes espirituais e carisma pessoal, conseguiu agregar pessoas de todas as religiões em seu terreiro, inclusive personalidades como Dorival Caymmi, Caetano Veloso, Tom Jobim, Antônio Carlos Magalhães e Vinícius de Moraes, que só tomavam decisões importantes após consultá-la.


Neta de escravos africanos da tribo Kekeré, da Nigéria, ainda criança foi escolhida pelos santos do candomblé do terreiro fundado pela bisavó, o Axé La Masse, como mãe-de-santo (yalorixá). Iniciada tia, assumiu o topo da hierarquia da religião ao completar 28 anos.


Ditando as regras e comandando o terreiro, conhecido como Gantois, conseguiu maior respeito e aceitação do candomblé por outras religiões e pelo poder político, que perseguia e condenava os praticantes dos rituais. Seu mérito estendeu-se também à modernização do candomblé: mesmo abrindo as portas para integrantes e pessoas de outros cultos e religiões, não deixou que se transformasse em exploração folclórica e turística.


Um modelo de vitalidade e bondade conciliou as atividades do terreiro com a família, realizando obras de caridade.


Pesquisa relizada por Sérgio Silveira, Odé Mutaloiá.
Sacerdote da Nação Angola, Escritor, Pesquisador, Vice-Presidente da UNESCAP, e membro do Conselho Sacerdotal.


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UNESCAP:




0 (xx) 27 3241-9709

segunda-feira, março 12, 2007

XANGÔ



Dia: Quarta – feira
Data: 29 de Junho
Metal: cobre, ouro e chumbo.
Cor: Vermelho e branco
Parte do corpo: Plexo solar e coronárias
Comida: Amalá e rabada

Arquétipo de seus filhos: Bem sensuais e até e agressivos, voluntariosos, qualidade de chefia e ansiosos pela posição de comando.

Símbolos: Oxé, (machado) Edumará (pedra de raio), Xéri (chocalho)

Xangô é o símbolo do rei Deus em Benin, é o Deus dos raios e trovões contrariamente à Ogum, Deus dos ferreiros que emprega o fogo artificial. Xangô manipula o fogo nos estado selvagem. O fogo que os homens não sabem utilizar. Deve-se pedir as coisas a Xangô com muita consciência, pois é também o Deus da justiça, e ele fará com que ela se cumpra.

Circulam a seu respeito, às vezes contradições, mas todos são unânimes em reconhecer seu caráter violento, impetuoso, autoritário e fogoso. Mesmo se ignorados em detalhes as astúcias constatamos que sua magia profunda consiste em suprir a tempo os acontecimentos que se superpõe, ao invés de desenrolarem-se ao longo de um tempo linear, e irreversível. Seu tempo não tem começo nem fim, é um tempo irreversível que supre sua duração. Xangô pode estar morto no rio, e ao mesmo tempo vivo diante do rei.

Está morto, e morto, está vivo, nele as oposições existem simultaneamente. Para o ser humano, esta situação é ambígua e fora de lógica, dois tempos contraditórios excluem um ao outro na sincronia. Na lógica de Xangô os dois consistem, pois ela é caracterizada pela sincronia e temporalidade.

Mortal com seu corpo, mortal em sua essência, o OBÁ de Benin, é o único soberano de dupla natureza: humana e divina.

Como personagem histórico, Xangô teria sido o terceiro ALÁFIM DE OYÓ, (rei de Oyó), filho de Oraniãn e Yá Macé Malê, a filha de Elempê, rei dos Tapás, que havia formado uma aliança com Oraniãn.

Xangô cresceu no país de sua mãe, indo Instalar-se mais tarde em Coso, onde os habitantes a princípio, não o aceitaram por causa de seu caráter violento e imperioso.

Mas ele conseguiu finalmente impor-se pela força. Dadá Ajaká, filho mais velho de Oraniãn, irmão sanguíneo de Xangô reinava então em Oyó. Ele amava as crianças, a beleza e, as árvores. De caráter calmo e passivo, ele não tinha a energia que se exigia de um verdadeiro chefe desta época.
Xangô então o destronou, e, Dadá Ajaká, exilou-se em Igbô, durante os sete anos de reinado de seu irmão. Teve, portanto, que se contentar em usar uma coroa de búzios chamada de ADÊ DE BAYAMÍ. Depois que Xangô deixou Oyó, Dadá voltou a reinar, mas agora valente e guerreiro.

Ele possui o raio, o fogo e o XÈRI (chocalho), para produzir o trovão. Lutou e destruiu os reis das cidades que ele usurpou, dando liberdade e justiça ao povo. Deus do fogo que pune aos que lhe querem mal com febres e ervas que lhe são atribuídas. Fogo sobre os inimigos sua bola de fogo através de raios, chamada EDUMARÁ (pedra de raio), que representa o corpo de Xangô.

Texto de: Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi Lambanranguange, Odé Mutaloiá, escritor e pesquisador.

Contatos com Odé Mutaloiá:

odemutaloia@hotmail.com

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sábado, março 10, 2007

O Quesito Tempo.


Muitas vezes ao se dirigirem a uma casa de santo, ou mesmo solicitarem um favor aos orixás e demais entidades, as pessoas trazem consigo a ilusão de que seus trabalhos obterão resultados imediatamente ou que as coisas se resolverão como em um passe de mágica. Isso é uma ilusão que muito tem decepcionado tanto aos consulentes como aos sacerdotes que encaram com seriedade suas obrigações, dado à cobrança que estes clientes fazem com a demora de seus trabalhos.

Vale a penas lembrar que como qualquer outra coisa, os trabalhos dependem de tempo, as entidades dependem do tempo para que possam realizar aquele pedido. É como um medicamento que pode em alguns casos, dar o efeito mais rápido, mas em outros, demora mais. Muitos são os fatores comprometedores no quesito de tempo para se obter resultados: quanto tempo já vem aquele problema na vida da pessoa, em qual situação as entidades encontrarão a vida dela, e sobre tudo: o merecimento. Sim, sem ele fica muito mais difícil a pessoa obter seus resultados, ao menos em um tempo menor.

Muitas vezes ao chegarem na vida de uma pessoa para resolver determinado assunto, as entidades encontram uma desordem tal, que primeiro têm que arrumar toda aquela bagunça. Isso é em conseqüência de vários fatores: vida desregrada, atitudes que tomou em um passado recente, pragas, inveja, e até mesmo energias que vão se aproximando dela no decorrer da vida. Por exemplo: sempre andamos nas ruas, como não temos conhecimento deste assunto, passamos por qualquer lugar sem nos preocuparmos se ali tem um acidente, se é uma encruzilhada, simplesmente passamos sem a preocupação de pedir licença para atravessar aquele local, passamos por porta de cemitérios e na maioria das vezes está acontecendo um velório, e mesmo tomamos algumas atitudes que para nós nada tem de anormal que magoou alguém, e estas atitudes, estas mágoas, levam aquela pessoa a nutrir algum ressentimento contra nós, e isso atrai uma carga negativa muito grande em nossa vida.

Quando vivemos sem o devido conhecimento, não colocamos regras em nossas vidas e assim cometemos faltas graves aos olhos dos espíritos, e isso contribui também para que nossos trabalhos demorem mais a dar resultados.

Temos também um agravante muito sério: o orgulho. Sim, este é o grande vilão em nossas vidas. Ainda mais se por ventura um trabalho não dá imediatamente o resultado que pedimos, temos o ímpeto de falar coisas que ofendem em demasia nossos mentores, e eles simplesmente se afastam de nós. A palavra é algo que devemos tomar muito cuidado, pois que ela sim, nos condena muito mais que certas atitudes.

Mas, estas pessoas em sua grande maioria, não têm culpa por esta cobrança, e sim, aqueles falsos sacerdotes que apregoam nos quatro cantos do mundo, que resolvem este ou aquele problema em sete dias, em três! Isso é absurdo total, usam esta pregação para agirem de má fé com as pessoas, abusando da credibilidade que elas depositam em nossos serviços. Se assim fosse, com certeza não existiriam mais problemas neste mundo concordam?
Antes de solicitar um trabalho, seja ele qual for, tenha em sua consciência que tudo na vida requer tempo, e este é de Deus, e assim diferente do nosso tempo. Nossos antepassados nos ajudam sim, mas dependem de tempo, não podem simplesmente resolver nossas vidas de um segundo para outro. Lembremos de um ditado que diz: a fruta só é boa, quando colhida no tempo certo.

Limpemos nossos corações do ódio, da mágoa, do rancor, e de tantas outras coisas que são maléficas a nosso espírito. Deixemos de lado as mazelas, as intrigas, o orgulho, a soberba, pois que se hoje estamos em uma situação financeira boa, recordemos do dia em que não estávamos, lembremo-nos de que o mundo gira e com ele nossa vida está em constante mutação. O que hoje está por baixo, amanhã pode estar por cima e vice-versa.

Peçamos ao Senhor Deus, a sabedoria para discernirmos as coisas, o entendimento para que possamos enxergar que nem tudo é do jeito e da forma que desejamos. Sejamos humildes perante nosso semelhante, e quem sabe assim, não estejamos alcançando nossos resultados antes mesmo de entregarmos uma oferenda. E se entregarmos, lembremo-nos de aquela pessoa que fez o serviço é apenas um sacerdote, e não Deus, que resolverá tudo na hora. Pois nem mesmo Deus resolve as cosias no momento, ressaltamos:

TUDO NECESSITA DE TEMPO!

Tatetú N’Inkisi Lambanranguange: Odé Mutaloiá.

quinta-feira, março 08, 2007

O QUE SÃO EBÓS?

Ebós ou Sacudimentos são limpezas que se realizam em uma pessoa, a fim de afastar dela toda a influência negativa que a está atrapalhando a seguir seus caminhos. Este tipo de obrigação é realizado a partir de alimentos cozidos, torrados e até mesmo crus, que ao serem passados no corpo da pessoa, têm o poder de afastar dela aqueles espíritos inferiores.

Para cada caso, existe um tipo de sacudimento específico no qual são usados tipos de materiais e alimentos diferentes. Estes serviços são recomendados pelos orixás através do jogo de búzios, e não apenas o tipo de ebó que a pessoa deve passar, mas até mesmo o local onde o mesmo deverá ser entregue depois de concluído o trabalho.

Existem ebós relacionados a todos os tipos de problemas que possamos ter em nossa jornada terrena. E estes, são desde uma limpeza para abertura de caminhos, até para afastar a carga, a influência de um espírito de morto. Muitas vezes temos um problema que não se resolve, nosso dinheiro nunca é suficiente como antes, objetos se quebram sem explicação alguma dentro de casa, vemos seres andando em nosso lar, uma pessoa tem uma doença que a medicina sozinha não resolve..., enfim: para cada caso existe um ebó para ajudar na solução.

E para cada problema, invocaremos uma entidade diferente para receber aquele ebó e assim ajudar aquele consulente em sua missão. De todos os ebós, os mais pesados são os de praga, e o chamado Ebó Ikú, sendo este último preparado com todo tipo de comida além de outros materiais e destina-se a afastar a influência perigosa de egum. Quando esta entidade se aproxima de alguém no intuito de prejudicar, todo cuidado é pouco, pois que suas manifestações podem provocar desde vômitos sem causa aparente, até mesmo brigas horríveis, separação de um casal, e tantos outros males que seria impossível relatar todos eles em poucas páginas.

Nos caminhos de Exú, temos, ebós de: praga, de saúde, para abrir caminhos para emprego, para reconciliação de um casal, para afastar inveja, para desmanchar feitiço e uma quantidade que seria quase infinita.

Existem ebós até mesmo nos caminhos dos orixás, estes se destinam a emprego, saúde, afastar perseguição, prosperidade, paz, amor, e mais uma lista incomensurável. Além dos ebós aqui citados, existem ainda aqueles que são direcionados exclusivamente para residências, comércios, escritórios, etc.

Existem entre outros, os ebós abaixo relacionados:

Ebós de estrada, encruzilhada, rio, mar, mata, porta de cemitério, porta de igreja, praça.

Independente do local a que se destina o ebó e de sua qualidade é importante que ele seja feito por pessoas preparadas e não por iniciantes nos preceitos da religião. Deve-se também respeitar o resguardo que o sacerdote determinou, pois que com certeza este foi recomendado pelos orixás através do jogo de búzios.

Tatetú N’Inkisi Lambanranguange: Odé Mutaloiá.

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quarta-feira, março 07, 2007

OBI


Obi, obi d’água ou simplesmente obi. Todos estes nomes referem-se à mesma obrigação, voltada exclusivamente a confortar uma pessoa em um caso de doença, desemprego, distúrbios nervosos, ou até mesmo para um iniciado dentro dos preceitos do axé orixá, quando por um motivo ou outro, o mesmo não pode passar por um bori. Esta obrigação tem seu nome em referência a uma fruta africana, o obi, sem a qual nada podemos realizar para os orixás, no tangente a sacrifícios, uma vez que é com ela que conversamos com nossos antepassados para sabermos se aquele santo está satisfeito com a obrigação, etc.

Esta obrigação é a mais simples realizada dentro do axé, no tangente a dar de comer a uma cabeça. Muito embora algumas pessoas achem que ela não tem maiores fundamentos junto com o orixá, mas já presenciamos muitos casos que foram resolvidos com esta. Trata-se neste ato, de confortar o anjo da guarda da pessoa, seja consulente ou filho de santo, ocasião onde alimentamos Oxalá, no intuito de pedir a misericórdia para aquele filho que se encontra em tal sofrimento.

Claro que esta obrigação não cria uma obrigatoriedade do cliente com o santo, ela apenas serve como um modo de resolver de imediato uma questão. Existem aqueles que após o obi, sentem-se tão felizes que optam por penetrar de forma mais profunda dentro de nossa religião.

Nesta obrigação são utilizados: ebô (canjica de Oxalá), ebô yá (a mesma canjica, porém preparada para Yemanjá e de forma diferente), o obi (que é uma fruta de origem africana), frutas variadas, vela e uma quartinha com água além da comida do santo da pessoa. Em alguns casos é utilizado um pombo branco.

Antigamente quando uma pessoa desejava entrar para os preceitos de uma casa, ou seja, ser filho ou filha de santo naquele templo, ou mesmo quando seu orixá exigia feitura, os zeladores tinham por hábito realizar esta como uma primeira obrigação, para daí então estudar a pessoa, ver se ela realmente tinha amor e dedicação para com os orixás, e até mesmo para se certificarem de que era realmente sua casa e sua mão que aquele santo desejava, e não apenas uma empolgação material ou espiritual. Agiam assim, pois que, nesta época não existia o fato de uma pessoa fazer santo com um e tomar obrigações com outro, provocando um rodízio ridículo nas roças de santo como as que se vê hoje em dia.

Para uma pessoa se iniciar, existia todo um processo de identificação dele com a casa e vice-versa. Era uma época em que a fidelidade de um iniciado era realmente levada a sério, assim como a do sacerdote com relação a seus iniciados. E o obi, era justamente a obrigação que funcionava como uma espécie de flerte, vulgarmente comparando, evitando constrangimentos futuros.

Hoje em dia, parece que esta fidelidade simplesmente evaporou-se com a fumaça dos defumadores, pois que uma pessoa se inicia em uma casa e quando desencarna, traz uma longa passagem de terreiro em terreiro. Claro que ainda existem aqueles que prezam a fidelidade, mas são bem poucos nos tempos atuais.
Ser um iniciado é antes de tudo sermos fiéis a mão que alimenta nosso orixá, nosso anjo da guarda, assim como ele é fiel a nosso zelador. Pertencermos ao axé orixá é antes de tudo sermos humildes, desprovidos de arrogância e soberba, é seguirmos nosso destino na certeza de que um ser tão puro e iluminado se dedica a zelar por nós e nossa vida.

ISSO SIM É SERMOS PARTE DESTE MARAVILHOSO MUNDO O QUAL CHAMAMOS; CANDOMBLÉ!

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sábado, março 03, 2007

Cancelamento de e mail

Venho informar a todos, que à partir desta data, por motivos de troca de provedor, não mais estarei usando o e mail do uol. Todas as mensagens deverão ser encaminhadas apenas para os endereços: odemutaloia@hotmail.com, e, odemutaloia@pop.com.br