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terça-feira, dezembro 30, 2008

YEMANJÁ OGUNTÉ

Orixá do rio Ogum, que passa por Oyó e Abeokutá, que significa “em baixo da pedra”. Segundo algumas lendas o seu culto vem de Nupe perto de Bida, e outros dizem que vem de Tapá, terra de natal de Xangô. É considerada mãe da vida, sendo considerada por algumas casas, como mãe de todos os Orixás.

Vive no mar, devido a seu caráter violento, reside no local onde as águas se encontram, as águas que arrastam tudo e onde ser humano nenhum é capaz de ir.

É guerreira como Yansã, destemida como ela. Os africanos nos ensinaram que essa Yemanjá somente anda à noite, e por esse motivo, muitos a chamam de Yemanjá da noite. Tem o canto mais profundo que já se ouviu na terra, e com ele, chama seu esposo Ogum, quando este sai, é um canto capaz de ser ouvido em qualquer local onde este esteja.

Sua apresentação é na forma de guerreira destemida e terrível quando em combate. É também ardilosa e ambiciosa. Em sua cintura traz espada, facão, faca e outras armas de guerra confeccionadas por seu esposo Ogum Alagbê. Segundo as crenças africanas, esta yabá é rancorosa, severa e violenta aos extremos. Uma guerreira indomável, mas muito justa, jamais atacando alguém ou alguma aldeia sem que haja realmente motivo. Se enfurecida é capaz de atos tremendos.

Como Ogum seu marido, não perdoa as ofensas recebidas seja de quem for. Seu nome Ogunté, significa: “aquela que contém Ogum”. Como presente de seu marido Alagbê, ela recebeu a espada da morte, tendo assim o poder de ceifar a vida das pessoas. Contam as lendas que ela é a guerreira do castelo de Olokum, grande ancestral que gerou todas as Yemanjás e toda a vida existente em nosso planeta. O nome Olokum, se traduz, como “Senhor do Mar”. Olô = Senhor, Kum = Mar.

Com sua união com Alagbê, ela deu à vida outro Ogum, Ogum Akorô Onigbê. Quando seu esposo se retirou para Ifé, a cidade sagrada, ela se casou com Oxalá e com ele teve os outros filhos, nossos Orixás, por isso ser considerada como a mãe de todos os orixás. É também mãe de Exú. Tem fortíssima ligação com Odé, de sua união com Oxalá ela gerou Ogum Já e Odé.

É a mais terrível das Amazonas, trabalha muito dado a sua forma guerreira. Seu primeiro esposo Ogum Alagbê é o Deus dos ferreiros, pois segundo as lendas africanas, foi ele quem ensinou a toda a humanidade, a arte de manipular o ferro e o aço, para que se pudesse assim fazerem os instrumentos agrícolas, criados por ele,a fim de facilitar o cultivo da terra que era feito de forma totalmente artesanal, além de ter criado também a espada e todas as armas de guerra.

Mesmo sendo uma guerreira, essa Yemanjá, não perde seu lado feminino, e em seus presentes não devem faltar, espelhos, pentes, perfumes, pulseiras e todos os apetrechos geralmente usados para a vaidade feminina. Como Yansã, ela deve ser lembrada como guerreira sim, mas Não podemos nos esquecer de que é mulher, e assim sendo, vaidosa.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.

Odemutaloia@gmail.com

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