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segunda-feira, dezembro 21, 2009

PARA QUE 2010 SEJA DE PAZ E PROSPERIDADE

Segundo o Oráculo de Ifá esse ano que vem será regido por Oxalá, Yemanjá e teremos também uma influencia de Oxum. Podemos esperar um ano em que as pessoas buscarão mais paz dentro de seus corações e em suas vidas.

Temos um bom ano para casamentos, namoros e demais relações serem coroados de êxito, devemos nos prevenir, porém, pois Oxalá é o Orixá que mais nos cobra, sendo ele o Pai de todos os Orixás, fica irado se vê que seus filhos aqui na terra, independente de seu Orixá, estiverem andando de forma contrária às leis que regem o Universo.

Podemos fazer vários banhos e simpatias para esse novo ano, uma boa dica é combinarmos o branco com o azul para que os dois Orixás reinantes de 2010 possam interagir de forma mais direta em nossas vidas. E também acendermos incenso de mirra e de rosas em nossa casa nos primeiros dias do ano.

Para que tenhamos um ano com mais sorte na vida financeira e com paz podemos realizar o seguinte:

Na véspera do ano novo, selecione bem um pacote de meio quilo de canjica branca, lave bem lavado, e deixe de molho por pelo menos duas horas. Depois leve ao fogo e deixe cozinhar até estar bem mole, no ponto de comer. Ao retirar do fogo, separe a água em uma panela ou bacia e acrescente mais água fria e ali deixe descansando. Divida a canjica em duas porções iguais e prepare assim:

Uma das porções lave bem com água fria para que fique bem soltinha, depois deixe escorrer, escreva seus pedidos para Oxalá e coloque dentro de uma tigela branca, após a canjica estar sem água, coloque dentro da tigela e regre com mel de abelhas.

A outra porção proceda da seguinte forma: em uma panela coloque azeite de oliva e cebola branca ralada, e uma pitada de sal. Depois da cebola estar bem frita, jogue dentro a canjica sem lavar e mexa para que ela pegue tempero. Coloque seus pedidos a Yemanjá em um papel e deposite o mesmo no fundo a outra tigela e então coloque a canjica temperada. Após ela estar bem fria,proceda da seguinte forma:

Escolha um local em sua casa, onde não haja bebida, sexo nem fumo. Ali deposite as duas tigelas e no meio coloque um copo com água e uma vela de sete dias branca e ofereça as comidas a Oxalá e Yemanjá, no intuito de tudo que deseja para o próximo ano. Feito isso coloque sua roupa e curta sua festa.

No dia seguinte, pegue a água da canjica que separou em uma panela ou bacia, acrescente mel e depois de um banho de asseio, jogue esse banho da cabeça aos pés. Deixe a água escorrer bem, enxugue as partes íntimas e vista roupas claras. Assim estará pronto para o ano que se inicia.

Um axé bem forte para todos e que Oxalá e Yemanjá, tragam muita sorte, amor, paz e felicidade para todos!

FELIZ 2010!

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi Odé Mutaloiá.
odemutaloia@hotmail.com

sexta-feira, dezembro 04, 2009

2010, ANO DE OXALÁ, MAS QUAL ORIXÁ REGERÁ A VIDA DE CADA UM?

Para o próximo ano, a regência será de Oxalá e Yemanjá, e as oferendas são muitas, pois que, todos buscam uma chance de passarem o ano de forma melhor, com mais conquistas. Obviamente que essas oferendas são válidas e temos sim, que presentearmos o Orixá que rege cada ano.

Porém, uma coisa muitos se esquecem: de saber qual Orixá reinará sua vida durante aquele ano. Temos o Orixá que reina em determinado ano, mas temos o que regerá nossa vida durante todo o ano que virá.

Em alguns casos, somente um Orixá regerá a vida daquela pessoa, mas existem as que, dois Orixás regerão seus destinos e assim sendo, torna-se imprescindível que ofertemos presentes para aqueles.

Várias pessoas, mesmo dando oferendas para o Orixá que reina em determinado ano, não conseguem alcançar suas metas, isso as deixa frustradas, mas, é tão somente por não terem entregue obrigações para o Orixá que regerá sua vida em particular no ano vindouro.

Temos nesse caso, que procurar um zelador para que através do Oráculo de Ifá, nos diga qual Santo será nosso regente e mesmo as questões em que ele poderá nos ajudar e se somente a ele temos que buscar para a solução de cada problema de nossas vidas.

Temos que saber do zelador, com qual outro Santo aquele caminha, para que possamos agradar e assim termos um ano melhor. Muitos Orixás dependem de outros em nossas vidas, por exemplo, certa qualidade de Oyá, vem junto com Oxum, já existe um Ogum que vem junto com Odé, e assim seria necessário que efetuemos a oferenda para o Orixá certo, e de forma correta para que tenhamos um ano de muita paz e muita prosperidade.

Temos que nos ater também, que nem tudo depende do Orixá, as coisas materiais, temos que buscar a solução na matéria e assim por diante. Se teremos um ano em que Exú, por exemplo, regerá nossa vida, temos que saber como presentear a divindade para que ele possa vir em nossa ajuda sempre que dele precisarmos.

Para que as oferendas sejam bem aceitas, é imprescindível que elas sejam feitas por um zelador de santo, que esteja preparado para tal. As comidas que são entregues por pessoas sem a devida preparação, podem ter efeitos contrários aos nossos desejos, e assim sendo, trazerem sérias consequências para nós.

Assim sendo, busque o zelador de sua confiança, peça a ele, as previsões para sua vida no próximo ano, pergunte qual Santo regerá sua vida nele, e faça as oferendas que lhe forem designadas, pois que, essa é a vontade daquele Orixá.

Sérgio Silveira, Tatetú, N’Inkisi Lambanranguange: Odé Mutaloiá.

odemutaloia@hotmail.com



sexta-feira, outubro 23, 2009

QUEM É EGUN

A palavra egun em yorubá significa ossos, e essa entidade muito pode fazer para nos ajudar. Existem aqueles que dizem ser esta, uma entidade do mal, que tão somente trabalha para a destruição, e ainda existem os que dizem que egun ao ser assentado, culmina por levar com ele algum membro de nossa família. Ledo engano!

Egun quando bem cuidado, serve para nossa defesa; é um ser ancestral e que muito conhecimento possui. Lógico que se o usarmos para o mal, a situação se transforma, mas, em geral, as pessoas o utilizam para abrir caminhos, desmanchar feitiçaria, livrar do mal olhado, atrair clientes para a casa de Santo e até mesmo para um comércio, basta apenas sabermos o que fazer para cada caso.

Muitos são os trabalhos que podemos confiar a esse ser. Existem pessoas que encontraram seu amor, graças a intervenção deles. Outros conseguiram viver com a pessoa amada, tão somente através da intervenção de egun; que desmanchou algum trabalho que tinha contra esta pessoa, ou mesmo ajudou para que a paz voltasse para o interior de sua casa.

Ao oferecermos obrigação a egun, temos que ter em nossa mente o que desejamos e também sabermos o que fazer para que o consulente possa alcançar a graça desejada.

Egun nunca foi um espírito do mal. Obviamente que como qualquer ser espiritual, é dotado da dualidade, a mesma, inclusive, que existe dentro de nós, seres humanos. Se usamos essa dualidade para o mal, então o espírito do mal, somos nós mesmos e não os eguns.

Um exemplo disso é, quando arriamos para ele, determinada mesa, para que ajude a pessoa a ter um emprego, para que livre a pessoa da morte ou mesmo a proteja contra mal olhado, armas e feitiçaria. Egun imediatamente se levanta e sai em busca daquilo que lhe foi solicitado.

Tratarmos de egun significa antes de tudo, tratar de nossos ancestrais. Em minha casa mesmo, uma pessoa precisava de vender determinados terrenos e nada conseguia fazer com que vendesse e somente através de egun, foi que conseguiu realizar o negócio. Egun, mediante o pagamento, trabalhou e essa pessoa hoje goza dos frutos daquilo que pediu.

Como nossos ancestrais, egun carrega em si, a força da natureza e é com ela que serve aos Orixás, dado que são servidores dos mesmos. Uma casa de santo não só se pode como se deve cultuar egun para que a mesma possa crescer e ter condições de ajudar a quem ali recorra em busca de ajuda para seus problemas

Também em nossa casa, podemos alimentar egun, claro que sob a orientação de um sacerdote que saiba lidar com o mesmo, e que somente esse sacerdote efetue as obrigações para que possamos obter os favores daquele egun.
A escolha do egun que morará em nossa casa, não é nossa, mas sim, feita somente através do jogo de búzios, pois o Orixá determinará qual egun deve ser assentado ali. E existem vários eguns, assim a consulta é feita para que seja escolhido pela casa, o egun que deverá ali ser cultuado.

Seu culto porém, deve ser feito do lado de fora de casa, e somente a pessoa a ela apresentada deve lhe levar as oferendas para que possa trabalhar.

Egun, ser ancestral, aquele que cuida de nós e de nossa casa, de nós,e que está sempre pronto a ajudar-nos em nossas dificuldades.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.

odemutaloia@hotmail.com

odemutaloia@gmail.com


quarta-feira, outubro 21, 2009

OS RITUAIS, PERTENCEM AOS INICIADOS

É muito comum, vermos pessoas se anunciando como jogadores de búzios, que realizam oferendas aos orixás entre as quais, até mesmo oferecem holocausto. O problema é que existe um número cada vez maior de pessoas que não são feitas, e que saem por aí fazendo artimanhas com intuito apenas de ganhar dinheiro fácil.

Isso é um erro! O oráculo de Ifá, somente deve ser manuseado por pessoas feitas e com suas obrigações em dia. Os rituais somente podem ser feitos por aqueles que receberam seus direitos sacerdotais, e não por qualquer um que se aventure por esses caminhos.

A desmoralização de nossa religião é grande com esses acontecimentos, afinal, de que serviu então, todo o sacrifício nosso, e de nossos mais velhos, para que pudessem atuar com sacerdotes e sacerdotisas? Seria por acaso, o segredo dos Orixás algo tão insignificante para que alguns ajam com tanto menoscabo? Posso garantir que nossos segredos são na realidade, dignos de todo respeito e de toda reverência, pois que, lidamos com seres que governam a natureza e com segredos milenares.

Essas pessoas que agem como zeladores sem nunca terem passados por nossos preceitos, são ridículas, imbecis e merecem ser denunciados por charlatanismo. Uma vez que tão somente tentam o enriquecimento ilícito. Jamais um verdadeiro sacerdote, anuncia aos quatro ventos coisas como: “trago seu amor de volta em três dias, realizo todo tipo de trabalho”, pois que seus clientes o indicam a outros e assim por diante, formando uma grande ramificação de pessoas que são tratadas em suas casas.

Outros, umbandistas, saem por aí, cantando cantigas de candomblé em seus trabalhos, sem se importarem ao menos em saber o que cantam. Já soube até mesmo de Orixá que vira em cantiga de Umbanda! Não que a Umbanda não mereça respeito, ao contrário, quando praticada com verdade e seriedade, é um ritual lindo de se ver e de se participar. Certa vez estava em uma determinada casa eu ouvi um exú cantar: “Deus lhe pague, Deus lhe ajude, Deus lhe de felicidade e saúde”. Aqueles que são feitos, sabem que esta é uma cantiga dos caboclos de nação, em agradecimento por algo que recebem nas casas quando lá estão.

Já tomei conhecimento de pessoas que nunca foram feitas, e que até mesmo sacrifício de bichos oferecem aos Orixás. Isso é um absurdo! Se por ventura, você, meu irmão ou minha irmã, foi vitima de uma pessoa assim, não pense duas vezes: denuncie na federação e exija que a mesma tome providencia, leve ao conhecimento dessas autoridades o ocorrido, que com certeza a pessoa sofrerá as sanções previstas para esse caso.

Nossos rituais, são sagrados e somente pertencem aos iniciados que possuem já, o direito de interagirem junto aos Orixás em prol de alguém, e esse direito se dá com o recebimento do Deká, ou da obrigação de sete anos, como é mais conhecida.

Não tema, denuncie, pois somente assim conseguiremos moralizar nossa tão amada religião.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.

odemutaloia@hotmail.com



sábado, outubro 17, 2009

A VERDADEIRA OFERENDA

É comum que ao nos encontrarmos diante de uma dificuldade, ofertemos presentes a nossos Orixás e Guias protetores para que possamos alcançar graças e assim termos como seguir em frente em nossa caminhada. Obviamente que elas são válidas e nos ajudam e muito a superar nossas fases difíceis.

Porém, temos que nos ater que, as oferendas somente, muito pouco fazem em prol de nossas vidas, porque temos que antes de tudo estar com nossos corações abertos para o amor e o perdão. De que nos adianta, por exemplo, oferecermos uma comida para Oxalá no sentido de nos perdoar por algo cometido. Ou mesmo para Ogum ou Águé para que nos ajudem a encontrar um bom emprego, para que abram nossos caminhos financeiros, se dentro de nossos corações reinarem a vingança, o ódio, o remorso, ou qualquer outro sentimento inferior?

Posso lhes garantir que muito pouco ajudará essa oferenda. Pelo motivo de que a verdadeira oferenda é nosso coração puro, repleto de amor e perdão, a fé viva em Deus e nossos Orixás.

O amor nos abre portas incríveis, nos proporciona meios milagrosos de resolver todos os problemas que tivermos em nossas vida A fé já é meio caminho andado para que possamos resolver todos os obstáculos que a vida colocar em nossa frente.

Se ficamos em um canto, reclamando e maldizendo a sorte, com certeza muito pouco conseguiremos em nossas vidas, mas, se por outro lado, enxugamos nossas lágrimas e confiamos o desfecho a nosso Orixá, alcançaremos tudo aquilo que desejamos. A força do pensamento, todos sabem, é de vital importância para tudo que desejamos nessa vida, e temos que canalizar este, para o desenvolvimento benéfico de nossa vida.

Entreguemos pois, várias oferendas a nossos Orixás, mas, antes de tudo, entreguemos a maior de todas as oferendas: a fé e o amor por tudo e por todas as criaturas da Terra.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.

sexta-feira, outubro 09, 2009

A SUPREMACIA DA PAZ

Que vivemos em um mundo conturbado, todos sabemos, mas, podemos sim, viver em um mundo de paz e harmonia, bastando para isso que saibamos canalizar as energias de nossos Orixás para tal.

A palavra Orixá em Yorúba significa guardião, ou ainda dono da cabeça. Com o sentido de guardião temos a visão de nosso anjo da guarda e como tal, essa divindade não deseja outra coisa que não seja a paz e a harmonia entre os homens.

Quando utilizamos de nossos conhecimentos para prejudicar a quem quer que seja, causamos um sentimento de tristeza em nossos Orixás e consequentemente geramos dívidas espirituais para nós mesmos e toda dívida tem que ser paga.

Nada nesse mundo se compara com a supremacia da paz! Ao entregarmos uma oferenda solicitando ajuda de nossos Orixás, no sentido de obtermos a paz, provocamos aí uma avalanche de boas energias que não somente nos atingirá como a tudo que nos rodeia. Orixá é paz, amor, humildade e sabedoria, e essa ultima só obteremos com o discernimento necessário para entendermos que não importando os caminhos e o grau que alcancemos, estamos todos, sujeitos às leis divinas.

O lido com o sagrado é belo, esplendoroso e de muito conforto para nossas almas, bastando que saibamos direcionar nossos pedidos e nossas oferendas. Nunca devemos usar de nossos meios para prejudicar aos outros, pois que assim, estaremos nos afastando dos principais objetivos das leis de Deus tão pregadas por nosso Mestre Jesus Cristo.

Muitos me perguntam por que me refiro tanto a Jesus, e para esses vai aqui a resposta: não sou católico, e sim Candomblezista e tenho muito orgulho de minha fé, porém, negar a existência de Cristo, seria negar a existência do Próprio Deus e isso seria o cúmulo da ignorância. Ao reportar-me a existência do Cristo, não prego o cristianismo, mas sim, a verdadeira prática do amor e do perdão, afinal ele, como Cordeiro, se entregou a seus algozes e ao ser imolado, não levantou sequer uma palavra que fosse de descontentamento ou mesmo de ira ou revolta com o destino que a humanidade lhe obrigava.

Quantos de nós, por muito menos não se levantou contra os desígnios de Deus, não esbravejou contra seu Orixá tão somente por passar um momento de dificuldade em sua vida?

Isso é revolta e, contra a força não existe defesa. No panteão afro antigo, claro que a presença de Cristo não era mencionada, afinal, falamos de uma cultura com mais de 8.000 anos, mas, após seu nascimento e sua morte, nenhuma cultura desse mundo pode negar sua existência. Cristo para mim, é a personificação da paz, do amor e da supremacia. Jamais existiu ou existirá outro como ele!

Tive meu início religioso dentro do Catolicismo como a maioria dos brasileiros, mas nunca concordei com as práticas dessa fé, no tangente a salvação, indulgência e outros. Penso que no processo reencarnacionista temos a chance de nos livrarmos de nosso Karma e assim, quitarmos nossas dívidas com o criador.

Jamais irei acreditar em um lugar onde existe um ser que nos cozinha eternamente por conta de nossos erros, isso seria negar a essência principal que Cristo pregou: o perdão e o amor eternos. Desse amor que somente uma mãe pode ter por seus filhos.

Tudo no Universo é vida, e vida segundo todas as crenças filosóficas e religiosas, se baseia em amor, em paz, e nunca em violência e contestação dos caminhos que seguimos na Terra.

Ao abrirmos um obi, por exemplo, abrimos conclamando as forças de nossos antepassados, as forças benignas para que possam vir em socorro daquela pessoa que passa por aquela obrigação, e se não agirmos assim, nossos Orixás não conseguem fazer com que a vida seja menos dolorosa para o consulente.

Ao entregamos uma oferenda em prol de uma pessoa doente ou que passa por alguma privação, o que mais pedimos? A paz! Assim sendo, como negar que somente a supremacia dessa pode muda o mundo?

Quando desejamos apagar um fogo, utilizamos água e não gasolina. E assim são as expressões de paz: água que abranda e extingue o fogo da guerra. Experimentemos, pois, essa maravilha que é a paz e seremos muito mais felizes nesse mundo de expiação.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.

odemutaloia@hotmail.com

odemutaloia@ig.com.br

quarta-feira, outubro 07, 2009

A LEI DO KARMA

Vivemos nosso dia a dia e muitas vezes nos esquecemos de que nossas ações são vistas e analisadas por nossos mentores que tão somente seguem a lei de Deus nosso Amado Pai.

Ao nos prepararmos para tomar uma atitude, ou mesmo uma decisão, temos que nos lembrar de que em tudo existe a lei do retorno e essa, nos obriga a pagarmos nossas ações aqui mesmo nesse planeta em que vivemos.

Quando nascemos temos nossos projetos de vida, nossas privações, alegrias e tudo o mais, marcados, e, esses são partes de nossos débitos das nossas outras existências. A isso chamamos KARMA.

Ao idealizarmos qualquer coisa aqui nesse plano temos que nos ater que dependendo de nossas atitudes, estaremos criando KARMAS que não passaremos sem resgatá-los. Dentro desse resgate existem provações simples e até mesmo as mais cruéis possíveis, e isso nunca foi nem será uma imposição de nossos inimigos, mas, de nosso próprio espírito.

Ao contrário do que imaginam muitos, Deus não nos condena a um território obsoleto, onde existe uma figura a nos cozinhar em caldeirões como se fossemos carne a ser servida em um banquete. Ao ser criado o espírito, é implantado nele, uma consciência e é justamente essa consciência que nos pune, cobrando por nossas dívidas ou nos permite o descanso após nosso traslado para o outro mundo.

Se nossa consciência observa que agimos de forma errada, teremos aí um verdadeiro cartório que nos cobrará incessantemente até que esse débito seja pago. Nada, absolutamente nada será esquecido, por mais ínfimo que seja.

Muitas vezes encontramos pessoas com defeitos físicos, outros que vivem em miséria absoluta, já algumas pessoas por mais que lutem e conquistam fortunas, veem tudo se perder com doenças terríveis. Isso é KARMA e com certeza se passamos por tal, é tão somente a vidas passadas, a atitudes erradas que tomamos em nossa passagem por esse planeta.

Pessoas que aqui são dotados de fortunas, e fazem dela mau uso, não estando nem aí para a dor e o sofrimento dos menos afortunados, voltarão a esse mundo como mendigos, e terão assim que pagarem por suas ações. Aqueles que em outras vidas, mataram, mutilaram, voltarão como deficientes físicos e sofrerão com o descaso das pessoas, essas formas são na verdade, meios de nossa consciência espiritual nos obrigar a resgatarmos nossos erros.

Se nessa vida, usamos meios ilícitos, por exemplo, para nos apossarmos de bens de outros, voltaremos aqui e sofreremos com as provas que nos serão impostas por nossas consciências.

É de suma importância agir com sabedoria a fim de que possamos gozar de descanso após nossa jornada nesse mundo. Afinal as dores do corpo físico nada são, se comparadas as dores do espírito. Por mais que soframos nesse mundo, não temos como comparar com o sofrimento do espírito, pois que, nossa carne é finita e o espírito eterno, assim sendo, podemos estar nos condenando a sofrimentos terríveis que podem perdurar séculos e séculos sem que nada possa ser feito para nos abreviar a dor em nossas almas e nossos espíritos.

Existem inclusive, depoimentos de espíritos que se compadecem de outros irmãos que penam anos e anos em uma situação de tortura íntima que os condena, por exemplo, a vagarem pelos mares sofrendo a ânsia do afogamento sem se perceber que seu corpo físico já virou alimento para os seres ali existentes. Outros, sofrem por séculos achando que estão sendo queimados, mas, sua carne há muito deixou de existir. Existem ainda aqueles que são condenados a sofrerem a dor de seu corpo físico ser comido pelos vermes dentro do túmulo, sentem a putrefação de seus corpos numa ânsia que por mais que tentamos não conseguimos entender.

Outros espíritos se agarram a seus esqueletos numa tentativa inútil de se levantarem, pois não enxergam que seu corpo morreu. E isso sem falarmos na SEGUNDA MORTE, que é justamente a morte do espírito, e esse, sem corpo físico sofre a penalidade de sua morte eterna.

Nada, nada absolutamente acontece sem que Deus em sua infinita sabedoria, tome conhecimento,e assim também, sem que seus Ministros, nossos Orixás e Guias protetores, não nos imponham a cobrança de tais.

Ao vermos um espírita sofrendo descomunalmente sem uma explicação lógica, é tão somente por ter feito mal uso de seus dons, explorando aos outros, agindo de má fé com a intenção tão somente de juntar riquezas, não se importando em nada com a dor e o sofrimento alheio.

Se agimos com bondade, se usamos do direito de cobrar nosso chão, sem exploração, se dedicamos alguns momentos de nossas vidas para fazer a caridade, teremos nossas dores amenizadas por nossos Orixás e por nossos Mentores.

Assim é a lei do KARMA: pagamos todos nossos débitos independente do que fomos nessa Terra. Saibamos então agir com cautela, sem ânsia de riqueza, nos curvando perante a vontade de Deus e estaremos conquistando o direito de repousarmos após túmulo e nos prepararmos assim para nossa jornada espiritual ao lado de espíritos superiores e trabalharmos em ambiente de luz e progresso.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.

odemutaloia@hotmail.com

quinta-feira, setembro 17, 2009

OXOSSI


Orixá muito cultuado no Brasil, símbolo da fartura e da prosperidade. Na África sempre foi o caçador que alimentava as tribos através de seu oficio.

Segundo as pesquisas de Pierre Verger, publicada em seu livro, “Orixás”, o culto a essa divindade foi praticamente extinto em terras africanas, mais precisamente em Kêtu onde teve início a todo seu fetichismo, porque os seus sacerdotes foram feitos escravos e levados para a Europa e para o próprio Brasil, e muitos deles morreram durante a travessia dos mares. Os que conseguiam ficar em sua terra natal, pararam de cultuá-lo, pois se perderam juntamente com seus sacerdotes os mistérios de seus ritos.


Enquanto os negros se dispersavam pelo mundo, devido à escravidão, que consumia suas aldeias e tribos, muitos cativos que cultuavam esse Orixá sucumbiram perante os rigores dos traficantes de escravos e do próprio cativeiro. Porém, seu culto foi mesmo que a duras penas, preservados no Brasil onde é um dos Orixás mais populares, e também em Cuba, onde ocupa local de destaque na Santeria daquele país.

Os sacerdotes que conseguiram sobreviver ao cativeiro foram moldando seu culto junto com as outras culturas, pois era somente assim que conseguiam que a divindade não sucumbisse juntamente com seu povo.

No Brasil, Oxossi foi associado à figura dos caboclos, sendo seu patrono dentro da Umbanda Sagrada. Já no Candomblé, foi associado como Rei de Kêtu. Dentro da Umbanda e também na nação Angola, ele recebe a cor verde, como representação de seu habitat, as florestas. Já nos Candomblés de Kêtu, recebe a cor azul clara.

Em seus colares, costuma-se encontrar itens como sementes e penas, que representem as matas. Seu fetiche é o Ofá, arco e flecha que usou para matar o pássaro que destruía determinado reino na África.

Seu dia de culto é a quinta feira. Alimenta-se de todas as caças que encontra, e também de milho, coco, acaçá vermelho, frutas, peixes, e ainda podemos oferecer a ele em determinadas situações a canjica branca de Oxalá.

A curiosidade, observação, perseverança, inteligência são algumas das características dos filhos deste santo. Ele também é associado a alegria. Como caçador que é, gosta de agir a noite e passa isso para seus filhos.

Geralmente os filhos de Oxossi gostam mais da noite que do dia, afinal é no silêncio da noite, que o caçador espreita para poder matar a caça que deseja.

Seus filhos também são conhecidos por serem faladores e de um raciocínio rápido que poucos conseguem acompanhar, teem ainda a capacidade de se adaptarem a qualquer situação e sempre buscam mudanças para suas vidas.

Também os filhos de Oxossi amam viajar, e sempre que podem, optam por trabalharem longe de suas casas, indo assim, como o caçador, buscar o alimento e a sobrevivência para sua família.

Outro arquétipo dessa divindade é a ultrapassagem dos limites, sejam esses quais forem. Sempre busca expandir seus conhecimentos, sendo a caça vista como uma forma de adquirir mais conhecimentos além da sobrevivência dos seus.

Dado a sua grande busca por conhecimento, por desmistificar mitos, é um Orixá ligado diretamente ao ensino, pois possui grande inteligência. Tendo também um gosto refinado como, a cultura, a arte, e outros que levem à necessidade do uso da inteligência.

Em sua terra natal, era o caçador responsável por trazer não só o alimento, mas também as ervas que serviam para curar todos os males. Como se não bastasse, era ainda o caçador responsável por encontrar o local mais apropriado para que a tribo pudesse se mudar quando fosse preciso. Porém ele somente buscava o novo local e as demais pessoas é que faziam a mudança da tribo.

Oxossi também representa a incansável busca pelo mais puro saber, e assim sendo, sua área de abrangência e consequentemente de seus filhos, são a filosofia, a teologia e as demais ciências.

Muitos são os favores pedidos a Oxossi por seus filhos e ou crentes, por ser ele a personificação da fartura, e dentre esses pedidos, encontram-se a cura de várias doenças, as dificuldades no campo profissional ou ainda para que possam conseguir um emprego. E como na mata escondem-se espíritos diversos, ele também é invocado como combatente no plano material e para afastar forças espirituais malignas.


Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.

odemutaloia@hotmail.com









quarta-feira, setembro 09, 2009

TEMOS QUE AGIR COM CAUTELA PARA EVITARMOS A COBRANÇA DE NOSSO ORIXÁ.

Com certa frequencia vemos zeladores de Santo, passando pos dificuldades das mais variadas. Desde a dificuldade para conseguir alimento, roupas e remédio, e até mesmo para terem suas casas abertas. Muitos perdem suas casas sem saber o porque, e da noite para o dia mesmo dando oferendas e mais oferendas para os Orixás, terminam por padecerem nas mãos de inimigos ou mesmo pelo próprio destino.

Isso faz com que pessoas se perguntem onde está o Santo daquela pessoa que vê seu filho sofrer e nada faz para mudar esse destino. Aí é que está o grande equivoco: quanto mais um zelador sofre, mais presente está seu Santo.

É que muitas vezes, esse sofrimento é imposto pelo seu próprio Orixá daquele sacerdote e o motivo é apenas um; a desobediência às leis de Olorúm, Deus! Assim sendo, de nada adianta arriarmos comida e mais comida nos pés de nossos Santos, se eles estão vendo que em nosso coração existe soberba, arrogância, prepotência e tantos outros males.

Algumas vezes o sacerdote consegue crescer tanto que começa a sentir-se tão poderoso como os próprios Orixás, acham-se acima das leis, afinal foram escolhidos por seus Santos, como Reis e Rainhas, e devem ser homenageados como tal. Mas, se esquecem de que ser um zelador de santo, é antes de tudo servir a todos os Orixás, independente se são seus, de seus filhos ou mesmo de clientes.

Ao receberemos esses “poderes”, não devemos de forma alguma nos sentir acima das leis, muito menos querermos nos igualar aos nossos Orixás que são seres que governam a natureza, a mesma natureza criada por Deus para todos, indistintamente.

Quando deixamos que a soberba tome conta de nossas mentes e de nossos corações, incorremos no alto grau de crime, que é o da criatura querer se igualar a seu criador. Temos que entender que nada somos sem nossos Orixás, mas, eles continuam sendo o que são sem nós.

Quem de nós pode, por exemplo, dizer que está livre do dito pecado? Posso assegurar que ninguém dentre nós, pobres mortais estamos fora da classe de pecadores e assim sendo, “criminosos espirituais”.

Temos que nos acautelar, agirmos com amor, carinho, zelo, dedicação, e acima de tudo: com muita obediência e humildade perante nossos Orixás, pois sua cobrança é certa e nunca de forma serena.

Se passamos por alguma dificuldade financeira, que culpa tem nosso Santo? Claro que nenhuma, mas, em nossa ganância, em nossa eterna ânsia de poder, logo nos colocamos de contra a nossos Santos e as leis de Deus, blasfemamos sendo que eles não possuem culpa alguma, pois os nossos problemas existem e continuarão existindo independente se somos ou não feitos no santo.

Ao agirmos com serenidade, vemos que nossos problemas são solucionados com mais rapidez e logo, logo estamos de novo, gozando de certa facilidade. Antes de reclamarmos por uma situação difícil, agradeçamos a Deus e nossos Orixás por tudo que já nos concederam, e assim veremos a solução surgir muito mais rápido em nossa vida.

Não podemos agir com frieza e com soberba diante da dor alheia, mas, ao contrário, sejamos caridosos e nos compadeçamos daquela pessoa e veremos as dádivas do céu em nossas vidas.

Para que sejamos mais felizes temos somente uma coisa a fazer: sermos humildes e seguirmos as leis de Deus e de seus Ministros, nossos Orixás.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.

odemutaloia@hotmail.com


sábado, agosto 29, 2009

O BEM E O MAL, UMA QUESTÃO DE ESCOLHA

Sabemos que Olorúm (Deus) criou o Universo e tudo que há nele, igualmente criou o nosso Planeta e tudo que nele existe. Por uma questão que jamais ser humano algum conseguirá explicar, ele criou também a dualidade das coisas: O macho e fêmea, o direito e o avesso e o bem e o mal.

São as duas faces de tudo que existe, mesmo nós, meros mortais temos nosso lado bom e nosso lado ruim. Existe o vírus que mata, mas, o mesmo vírus se transforma em medicamento para curar a doença que ele causa.

Nas forças espirituais, Olorúm também criou a dualidade, criou as forças para o bem e para o mal, claro que se criou teve um motivo e a explicação que mais gosto, é o de testar continuamente nossa fidelidade. As forças da natureza aí estão para podermos estudá-las e também lançar mão delas para alcançarmos os favores que necessitamos.

Obviamente que sempre que escolhemos para um lado, temos um preço a pagar e se vamos sofrer ou sermos felizes vai depender somente de como lidamos com as forças que temos a nossa disposição.

Ao lançarmos mãos de uma determinada energia para ajudarmos a alguém, estamos nos aproximando de Deus e de seus Santos, seus Ministros, mas, se por outro lado usamos alguma força para prejudicarmos quem quer que seja, estamos nos afastando de Deus e de seus ensinamentos.

E se nos afastamos de Deus e de seus caminhos, temos que ter ciência de que também nos afastamos de suas bênçãos e de tudo que ele tem para nos oferecer.

Algumas pessoas insistem em utilizar a força do espírito para o mal, se esquecem de que o mal é dividido e nunca, nunca será distribuído de forma que não seja a da igualdade para ambas as partes.

O mal e o bem é apenas uma questão de escolha, escolhemos o caminho que desejamos seguir e temos que estar preparados para arcar com as consequências de nossos atos. Quando dizemos que Deus criou tudo, nos lembramos de que ele também criou o livre arbítrio nos concedendo o direito de escolhermos de que lado queremos estar, mas, sempre nos avisa de que temos que pagar por nossos atos.

Seria isso vingança?

Não! De forma alguma! Isso é justiça a toda prova.

Tenhamos em mente o seguinte: se um filho nos é obediente, nos respeita, faz as tarefas que a ele determinamos com amor e carinho, e o outro age de forma totalmente contrária, ou seja: nos desobedece, não realiza suas tarefas, não nos respeita as vontades, para qual dos dois teremos mais prazer em presentear? Em qual dos dois nos apegaremos mais?
Obviamente que ao primeiro, até porque ele mesmo nos cobrará se aquele que não nos respeita, gozar dos mesmos privilégios que ele, e também entenderá que realizar as tarefas, obedecer nossas determinações etc., e tal, de nada adianta, pois que o rebelde tem os mesmos privilégios que ele.

Da mesma forma Zambi Apongue age conosco, nos presenteando conforme nossos merecimentos. Como podemos pagar o mesmo soldo para um trabalhador que cumpre com rigor suas funções e para outro que nada faz para merecer as recompensas? Também assim Olorúm age conosco seus filhos.

Como pode aquele que mata, estupra, rouba, e comete todos os tipos de crimes, serem recompensados da mesma forma que aquele que andou uma vida inteira dentro das leis de Deus? Isso sim seria injustiça!

Assim, sempre recebemos nossas recompensas conforme as ações que praticamos. Se andarmos nas leis de Deus, com certeza seremos merecedores de gozar junto de nossos Orixás da paz que somente o Orúm (céu) pode nos oferecer. Mas se agimos contrários às suas leis, que estejamos prontos a pagar e muito caro por eles.

Lembremos sempre de que temos uma alma e ela é imortal, e como sempre me disse Mametú Indembeleouy, “temos que prestar contas dessa alma, mais dia menos dia”.

Saibamos, pois, escolher de que lado estaremos para não reclamarmos em um futuro muito próximo quando nossos Orixás começarem a nos cobrar por nossas ações, fazendo valer a lei de Olorúm.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé mutaloiá.

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quarta-feira, agosto 26, 2009

UMA FORÇA CHAMADA ALMA

Desde que o homem descobriu a religião, começou a ter noção de que possuía uma alma e depois passou a ter consciência de que dela daria conta a Deus um dia, após deixar esse mundo.

Como observamos na história, algumas raças como os negros, por exemplo, foram acusados de não possuírem alma. Ledo engano! Afinal são seres humanos como outro qualquer e a cor não diferencia a pessoa nem mesmo a isenta da responsabilidade com seus atos.

Algumas pessoas que não creem em outra coisa que não seja a que seus olhos podem ver, e suas mãos tocarem, acham ridícula a afirmação de que animais e plantas possuem alma. Assim como os que afirmaram que negro não possuía alma, esses também estão sobremaneira equivocados.

Quando Olorúm criou o mundo e tudo que nele habita, criou espíritos para residirem em determinados locais, e estes foram responsabilizados a cuidarem desses elementos.

Com o passar do tempo, seres que ali viviam integraram a sua energia ao se transladarem para o mundo invisível. E assim suas almas se fundiram com as almas de seus elementos.

Para todos os seres que andam ou voam, Deus, Olorúm deu uma alma, e até mesmo para as plantas, árvores e tudo o mais que existe e forma a natureza possui sim sua alma.

Temos assim a alma do seres humanos, dos ditos “animais irracionais” e ainda, a alma dos rios, das florestas, do mar e de tudo o mais. E nós, seres humanos temos que respeitar as almas de todos os seres, assim como faziam os silvícolas de toda à parte do planeta em tempos remotos. Inclusive segundo relatam alguns historiadores, essas pessoas agradeciam a determinado animal quando o abatiam, por sua carne servir de alimento para seu povo.

Eles agradeciam e pediam perdão por tê-lo abatido para que sua carne e sua pele pudessem servir ao consumo de sua tribo. Já presenciei pessoas mais velhas que antes de derrubarem uma árvore, por exemplo, rezavam em agradecimento à natureza por fornecer aquele material que serviria para construir suas casas, de lenha para alimentar o fogo que serviria para o preparo de seus alimentos. Isso sim é sabedoria!

Se nos dedicássemos mais a respeitar a natureza e as almas que nela existem, com certeza teríamos um mundo melhor para vivermos. Temos que entender que as almas existem e ali estão e são partes da força criadora de Deus, e assim sendo são sua própria sabedoria e onipresença.

As almas da natureza clamam para que tenhamos mais consciência e paremos de destruir a nós mesmos, pois até mesmo o planeta tem sua alma: GAIA. E ela como mãe maravilhosa que é, sempre nos proporciona tudo que necessitamos para existirmos, mas, em nossa ânsia de prosperar sem olhar com carinho pela natureza, sangramos a mesma e destruímos com tudo que sua alma construiu em tanto tempo, com uma rapidez que não permite nem mesmo que ela se defenda, ocasionando assim nossa própria destruição.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi, Odé Mutaloiá.

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domingo, agosto 23, 2009

O PRECONCEITO DOS TRAFICANTES NEGREIROS CONTINUA AINDA HOJE.

Assistindo ao filme, “Jornada da Liberdade”, pude me conscientizar mais um pouco do imenso sofrimento dos nossos antepassados negros. Neste filme é relatada a ânsia de um Deputado em extinguir com o comércio de escravos na Inglaterra. Mostra a película, de forma explícita toda a ganância do europeu que tão somente enxergava os negros como máquinas para suas plantações.

Durante o filme pode-se observar como sofriam os africanos nas plantações de cana de açúcar na Inglaterra e demais países onde se encontrava o regime escravocrata. Nem mesmo as crianças eram poupadas nessas plantações e eram as primeiras a morrerem devido a vários fatores.

Então me perguntei se ainda hoje não sofrem ainda esses negros, com a perseguição religiosa, com discriminação de sua fé por nosso país. Mesmo depois de séculos de suas mortes, ainda podem ver seus descendentes sofrerem com a intolerância da fé que aqui deixaram como seu maior legado para nós. Inclusive, essa intolerância se dá muitas vezes por negros que não comungam da mesma fé de seus antepassados, e culminam por serem tão cruéis como os famosos traficantes de pessoas.

Esses negros nem mesmo tiveram sepultura, pois, conforme a orientação da Igreja Católica, “negro não possuía alma”, logo não era mais que animal, e isso a história nos relata de forma explícita. Mas, mesmo sem terem ao menos direito a um enterro digno, onde seus nomes pudessem ser revistos em alguma sepultura pelas gerações vindouras, não desistiram de buscar em seus antepassados, os Orixás, a fé para seguirem em frente.

Observando as fontes de história da humanidade, podemos ver que nossos Orixás estiveram desde sempre junto a seu povo, amparando-os em seus momentos de fraquezas, alimentando dentro de seus corações a chance de no futuro poderem desfrutar de um paraíso junto a Olorúm.

Se antes se faziam presentes para acalmarem seus corações e almas na fé, devido à escravidão, hoje se fazem presentes clamando pelo direito de verem o culto de nossos ancestrais ser respeitado nessa nação que escolheram para ser a guardiã de seus mistérios.

Hoje nos acalentam diante da perseguição religiosa da qual somos vítimas diárias e intolerância que faz com que pessoas que se dizem cristãs, invadam templos, depredando, quebrando, tratando com vilipêndio a nossa fé e nossa crença.

E se observarmos sem máscaras, veremos que essas pessoas agem da mesma forma que esses mercenários que traficavam seres humanos.

Obviamente que hoje não traficam pessoas, mas pregam, disseminam a intolerância religiosa, mostram que somos dignos de sermos apedrejados em nossa fé, e que não devem ter complacência alguma para conosco.
São covardes seus sacerdotes, da mesma forma que era a Igreja que fomentava o holocausto dos negros. São tão covardes que se escondem atrás da Bíblia e degeneram nossos nomes, tratam com total menoscabo nossas credenciais, culminam por inventarem que somos adeptos de satanás. Mas, não seriam eles, os próprios representantes de belial entre nós? Afinal segundo suas crenças, esse anjo das trevas vive de disseminar o ódio, a vingança e tantos outros males com e contra a humanidade.

Nós não damos crédito algum a esse ser, tão somente por enxergarmos a figura de Deus como o único onipotente, aquele que reina desde antes do inicio do mundo e que assim permanecerá.

Não nos escondemos atrás de uma fé, para sairmos a difamar quem quer que seja, tão somente por não compactuarem de nossa fé. Ao contrário, agimos muitas vezes como o carneiro que se entrega a seu algoz, pois sabemos que acima de tudo está a vontade e a sabedoria soberana de nosso Pai Celestial.

Então, se hoje não somos vendidos, mas por outro lado, somos entregues ao carrasco que se incube de tentar nos destruir com falsas afirmações e com todo tipo de calúnia possível.

Porém, não entreguemos jamais a vitória a nossos inimigos, sejamos perseverantes, pois a vitória nos será sempre concedida pelo céu, o mesmo céu que cobre a todos sem distinção de cor, raça ou credo.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.

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quarta-feira, agosto 19, 2009

O QUE É SER UM SACERDOTE

Muitas pessoas confundem o sacerdócio com atitudes que em nada compactuam com a referida prática. São orgulhosos, autoritários, soberbos e tantas outras. Mas, a função de sacerdote requer algo muito maior: humildade, serenidade, perdão incondicional, amor, companheirismo e sobre tudo, obediência a todos os orixás.

Ser um sacerdote é servir aos Orixás, seres que foram criados por Deus nosso Pai Celestial, a fm de governarem a natureza, não importando se esses Orixás são nossos, de nossos filhos ou consulentes. Isso aprendi com a sacerdotisa que me iniciou, Mametú Yndembelouí, a qual sempre que tinha uma oportunidade pregava para todos os seus filhos, o quão importante é, a prática do amor e do perdão acima de tudo.

Nunca em minha vida com ela, foram 15 anos, a vi desejando o mal para quem quer que seja, por maior que fosse a agressão por ela sofrida. Ao contrário, nos ensinava que sem perdoarmos jamais poderíamos ser perdoados por Deus e por nossos Orixás.

Entristece-me vê que hoje em dia, a arrogância, a prepotência, a maldade, a soberba, ocupam lugares onde deveria somente existir a fraternidade de forma universal.

Sermos sacerdotes é como sermos reis: um rei serve muito mais do que é servido, pois que vive em função de seu povo, providenciando desde a justiça, a todas as condições para que sejam felizes.

Um sacerdote também tem que aprender a servir antes de ser servido, precisa aprender amar, mais do que ser amado. Praticar a humildade contra a arrogância e o amor contra o ódio. Devemos nos privar de muitas coisas em nossas vidas, em prol daqueles que necessitam de nosso apoio e de nossos préstimos sacerdotais. Temos que entender por fim, que: o poder está somente em Deus e seus Ministros, nossos Orixás, e que nós somos apenas suas ferramentas nesse mundo.

Um verdadeiro sacerdote conhece bem a prática do amor acima de tudo, amor universal, que temos que ter por todos os seres vivos nesse planeta. Isso sim é ser um sacerdote a serviço de Deus e de nossos Orixás.


Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi Odé Mutaloiá.

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segunda-feira, agosto 17, 2009

OXAGUIÃ O COMEDOR DE INHAMES

Esse Oxalá se apresenta novo, guerreiro, destemido e aguerrido. Segundo as lendas seria filho de Oxalufã. Na África, seu principal templo fica em Ejigbo mesmo estado da radiosa yabá Oxum. Lá, Oxaguiã ostenta o título de Eléèjigbó, ou seja, O Rei de Ejigbo.

Muitas são as suas lendas no Axé Orixá, uma delas nos dá conta de que ele teria nascido em Ifé bem antes de seu pai se tornar o rei de Ifan. Orixá valente e guerreiro desejou em determinada idade, também conquistar um reino. Assim, acompanhado de seu amigo Awolediê, partiu em busca de seu sonho.

Nesse tempo Oxaguiã não atendia por esse nome.

Chegando a um reino chamado Ejigbo, destronou o rei tornando-se assim o seu sonho em realidade. E foi aclamado Elejigbô. Tinha Oxaguiã uma paixão por uma determinada comida: o Yan amassado. Ou seja: inhame amassado.

Contam as lendas que ele comia apenas essa comida, não importando que horas fosse, bastava sentir seu estômago vazio e imediatamente determinava que lhe fosse servida essa comida. Mesmo que fosse de manhã, de tarde, de noite ou de madrugada. Nenhuma outra comida o apetecia e somente aceitava o Yan.

Tamanha era sua adoração por essa comida, que ele chegou, segundo as lendas, a inventar o pilão, para que fosse preparada sua comida. Essa sua preferência fez com que os demais Orixás passassem a chamá-lo de OXAGUIÃ, ou seja: “Orixá comedor de inhame pilado”, e com esse nome é conhecido até os dias de hoje.

Seu amigo de jornada, Awolediê, era babalawô, e sempre o aconselhava no que devia ou não realizar e Oxaguiã nada fazia sem antes consultar seu amigo. Certa feita, Awolediê, lhe determinou algumas oferendas a serem feitas e garantiu que depois dessas, seu reino que era então tão somente um vilarejo na mata se transformaria em cidade grande e de muito poder. E assim, Oxaguiã o fez.

Após essa orientação, o babalawô viajou e suas previsões tornaram-se reais. A cidade crescera espantosamente, muitos habitantes haviam e essa cidade era cercada por altos muros e por fossos muito fundos, além disso, guardas armados, vigiavam todas as vias de acesso a cidade.

Em frente ao palácio de Oxaguiã existia um magnífico mercado que atraía gente de todos os lados do mundo. E o rei vivia com muita ostentação junto de suas mulheres e de todos que o amavam.

Havia uma proibição: que seu nome Oxaguiã fosse pronunciado por ser desrespeitoso devido a sua posição. A palavra usada para se referir a ele era, KABIYESI, que significa “Sua majestade”.

Após muitos anos, Awolediê retorna de sua viajem, mas, para sua infelicidade ele não sabia que o nome Oxaguiã era tabu naquelas terras. E assim, ele ao se aproximar de um dos guardas, pediu sem maiores formalidades, que lhe dessem notícias de seu grande amigo, o comedor de inhame pilado. Espantados com aquilo que chamaram de insolência, os guardas caíram sobre ele de pauladas, chutes, socos, e o jogaram em uma prisão, dizendo ser um ultraje se referir assim a Kabiyesi.

E assim quase morto com o tratamento recebido e com a alma morta pelo ultraje Awolediê dentro da prisão resolveu que iria se vingar de seu amigo, usando a magia que tão bem conhecia; e durante sete anos a chuva não caiu naquelas terras, as mulheres não mais engravidavam, e os cavalos do rei emagreciam cada vez mais pela falta do pasto.

Assim Elejigbô tomado pelo desespero foi em busca de um outro babalawô para que esse pudesse intermediar e assim resolver a situação; então o babalawô disse: “Kabiyesi, todo esse infortúnio se da pela prisão injusta de um de meus confrades! É preciso soltá-lo e implorar seu perdão Kabiyesi!”

E assim foi feito. Porém Awolediê estava tomado de ódio e mágoa e resolveu se esconder dentro da mata. Então o rei teve que deixar de lado sua imponência e ir até lá para lhe suplicar que o perdoasse e a seu povo. Por fim ele resolveu perdoar e permitir que a chuva voltasse a cair em sua terra e que todos os males fossem embora, mas, tinha ainda uma condição: “Oxaguiã, disse ele, todo ano em sua festa você deverá enviar muitos de seus súditos na mata e eles deverão cortar trezentos feixes de varetas. Depois deverão divididos em dois campos, surrarem-se até que as varetas gastem-se ou se quebrem”.

E até os dias de hoje,depois do fim da seca, os moradores de dois bairros de Ejigbo surram-se por um dia na esperança de que a chuva volte a cair, garantindo assim o alimento e a prosperidade.

Na Bahia nas cerimônias de Oxaguiã as pessoas das roças de santo dão surras simbólicas umas nas outras com varetas de café, os atorís, e depois cada um recebe uma porção de inhame amassado.


Sérgio Silveira. Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.

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quinta-feira, agosto 13, 2009

MARIA PADILHA

Temos nessa entidade, uma grande e inigualável amiga, sempre disposta a nos ajudar em nossa vida, e em nossa jornada nessa terra. Pombo gira antiga, muitas são as suas histórias e seus relatos de vida terrena, e esses se modificam conforme a qualidade que a mesma se apresenta.

Em alguns médiuns ela se apresenta como Padilha das almas, das estradas, da calunga, das sete encruzilhadas, da praia e tantas outras. Mas, o que importa mesmo é sabermos como cuidar dessa entidade amá-la e respeitá-la. Dando presentes, mesmo que simples, mas que mostrem a ela que não a esquecemos.

Segundo alguns, teria sido ela, mulher da vida que deixou esse mundo com determinada idade e já exaurida das batalhas diárias, aprendeu muito sobre a magia e com ela pode ajudar a muitas pessoas e a si mesma. Já para outros, Padilha teria sido uma mulher muito rica, dona de cabaré que teria vivido em alguma região do Brasil. Mas a verdade mesmo, somente ela carrega e não mostra a quem quer que seja.

Temos nessa entidade, um misto do bem e do mal, uma mulher altamente capaz de levar a diante qualquer intuito que tenha. Jamais ataca a quem quer que seja, sem um motivo muito justo, e costuma cuidar de seus médiuns, como se fossem filhos saídos de suas entranhas. Ao contrário do que pregam algumas pessoas, ela não suporta a traição e a mentira, e quando vê que alguém está usando de artifícios para tirar proveito de uma determinada situação ruim, ela se enfurece e pune a pessoa.

Mulher de Tranca Ruas, Rainha nas encruzilhadas ou onde quer que esteja. Para cada elemento da natureza, encontraremos uma Padilha e ela sempre estará disposta a nos ajudar em nossas dificuldades.

Dentro dos Templos de Umbanda nada se faz sem darmos satisfação a Maria Padilha, pois é a Rainha de todas as Pombas Giras. Até mesmo em algumas casas de Candomblé encontramos seus assentamentos, seja como mensageira de determinado Orixá, seja como guardiã da casa ou de algum filho de santo ou consulente.

Sempre que se manifesta em giras normais, a mesma se transforma em uma festa, e quando manifestada em alguma festividade de exú, culmina por atrair todas as atenções, pois sabe ainda nos dias de hoje, como receber e agradar seus convidados.

Bata que saibamos lidar com ela e teremos aí uma amiga para todos os momentos de nossas vidas, pronta a nos defender de todas as formas, e mesmo que tenha que lutar contra tudo e contra todos, sempre guerreará para nos defender e para atender nossos pedidos.

Como exú mulher, aprecia a farofa de exú, acarajés, mas também aprecia um Martini, uma champanhe de qualidade, um anis e várias outras bebidas mais femininas. Gosta de fumar seu cigarro, e ao soltar sua fumaça, sempre busca através dessa, a purificação do ambiente e nossa também.

Maria Padilha é protetora, amiga fiel e uma exímia guerreira. Guardiã devotada sempre está em pé, pronta a lutar por aqueles que ama.

“Arreda homem que aí vem mulher, ela é Maria Padilha, rainha de cabaré. Tranca Ruas vem na frente pra dizer quem ela é, ela é uma velha feiticeira, rainha de cabaré”.

SALVE MARIA PADILHA!

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.

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terça-feira, agosto 11, 2009

IMPLOREMOS AOS ORIXAS E AOS NOSSOS GUIAS, PELA PAZ.

Cada dia ao assistirmos à televisão, mais nos assustamos com a onda de violência que toma conta da nação brasileira. Mais recentemente pudemos ver em um programa nacional, a denúncia contra um rapaz acusado de espancar e incendiar sua ex-namorada, grávida de 07 meses. Em outra oportunidade vimos um avô que abusa de suas netas de seis e oito anos de idade. Pudemos chorar com a tristeza da médica pediatra que foi brutalmente assassinada em Salvador, Bahia.

Com tanta violência nos perguntamos onde vamos parar. Obviamente que com o crescente número de pessoas no mundo, as dificuldades também aumentam e aqueles que não possuem uma mente sã, uma fé viva em Olorúm, Deus, e em seus Ministros, culminam por praticarem atos que nunca poderão serem comparados nem com o de animais, muito menos com de seres humanos.

Porém, no meio de tanta guerra, de tanto derramamento de sangue, uma chance de revertermos à situação se apresenta: A ORÇÃO! Sim! Com a oração fervorosa a Deus, aos Orixás e aos nossos Guias Protetores, podemos reverter isso tudo.

Conclamo, pois, a todos os Umbandistas e Candomblecistas, que tirem uns minutos de seu dia, e façam orações para que a humanidade reconheça Deus e suas leis, e, assim sendo, dêem fim a tantas atrocidades.

Se você que lê essa humilde página, possui amigos sinceros, combinem ente si um horário e neste, recolham-se em suas casas e, no mesmo horário, elevem seus corações a Deus e aos Orixás e Guias protetores e façam orações firmes, fervorosas e implore pela rendição do mal que assola nosso Planeta, destruindo lares, famílias, amigos e outros.

Se cada um de nós, conseguir ficar ao menos cinco minutos diário, em uma comunhão de pensamentos positivos, haveremos de mudar essa triste e calamitosa realidade.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi. Odé Mutaloiá.

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segunda-feira, agosto 10, 2009

A MAGIA E A FORÇA DA SEGUNDA FEIRA

Eis um dia, que todos os que se dedicam à prática da Umbanda e do Candomblé não devem perder a energia que emana. Todos os dias da semana teem sua magia, mas, o que faz a segunda tão especial, é justamente por ser o primeiro dia útil de nosso calendário, assim sendo, esse dia se transforma em dia de abertura literalmente falando.

Devemos aproveitar esse dia e dar oferendas a Obaluayê, às almas, egum e exú, dependendo do credo e da ramificação de cada um.

Se dentro da Umbanda, deve-se aproveitar esse dia e cuidar das almas, seja no primeiro horário do dia ou mesmo ás dezoito horas. Para tanto basta ofertarmos a elas um copo com café amargo, uma vela acesa e um Pai Nosso e uma Ave Maria e com certeza elas nos ajudarão.

Para os que seguem os rituais de Candomblé, é importante alimentarmos Obaluayê e Exú para que os mesmos se dignem a ouvir nossos pedidos.

Para exú, uma boa oferenda é despacharmos um padê de dendê ou de água com nossos pedidos, e para Obaluayê, um alguidá com doburú e coco cortado em fatias com uma quartinha com água e uma vela branca acesa.

Caso não se tenha esse Orixá assentado pode-se fazer da mesma forma, bastando que seja iniciado nos preceitos do Candomblé, e saiba as rezas de invocação do Orixá.

Existem ainda aqueles que gostam de presentear egum, e nesse dia, a oferenda pode ser com um mingau, uma vela e um pouco de café amargo ou mesmo de marafo.

O importante é que essas entidades sejam lembradas na passagem da segunda feira, pois é seu dia e assim sendo, sua energia emana no planeta com mais força.

Ao firmarmos essas oferendas é bom que as mesmas sejam sempre refeitas, seja durante sete segundas feiras seguidas, a primeira ou a ultima do mês, dependendo do problema da pessoa e da rapidez que se precisa de uma resposta.

Em alguns casos, é bom se consultar Ifá para que ele nos diga qual obrigação deve ser arriada e durante quanto tempo. Temos que nos lembrar sempre de que estamos lidando seja com energia que governa a natureza, no caso dos orixás, ou mesmo com alma de pessoas que já se desencarnaram, no caso das almas e de egum, e assim sendo, existem precauções que não podem ser esquecidas de forma alguma.

Agindo em conformidade com as orientações de Ifá, tem-se boas chances de se resolver os problemas com maior rapidez, dependendo é claro, da variação do problema, pois para cada pessoa o tempo varia, assim como as obrigações.

Assim sendo, se você não é devidamente preparado, peça a um zelador ou zeladora que abra um jogo de búzios e veja quais obrigações você deve arriar e durante quanto tempo, e peça as devidas orientações. Não saia por aí tentando fazer algo que não esteja preparado para fazer.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.

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sábado, agosto 08, 2009

O QUE É SER UM SACERDOTE?

Algumas pessoas teimam em se afirmarem como sendo sacerdotes de Orixá, mas, muito poucos são os que realmente praticam esse dom. Para sermos um verdadeiro sacerdote, temos que, antes de tudo, estarmos prontos para abrirmos mão de muitas coisas que desejamos e que queremos, e muitas vezes, até mesmo nosso convívio familiar é atingido, pois que somos chamados para atuarmos em situações várias e que até mesmo nos levam a ficar tempos e tempos fora de nossa casa e das pessoas que amamos.

Sermos sacerdotes é estarmos prontos a perdoar nossos maiores inimigos e até mesmo nossos algozes. É pregarmos a paz onde somente existe guerra, é semearmos amor onde a inimizade reina. Atitudes diferentes dessas, não nos fazem sacerdotes, mas sim, falsos profetas dentro dos mistérios dos Orixás.

Muitas vezes vemos sacerdotes que incentivam a desunião entre um casal ou mesmo entre duas pessoas amigas, e essa prática em nada condiz com as leis de nossos antepassados.

Também faz parte do sacerdócio a pregação do amor universal, aquele que não distingue cor, raça, sexo e nem credo religioso. Ao pregarmos o amor, estamos realizando um bem muito maior do podemos imaginar, pois estamos contribuindo para que as forças do mal sejam aniquiladas em varias situações e dentro das residências.

Temos que amar nossos filhos de santo, da mesma forma que amamos nossos filhos carnais, termos para com eles, um senso de responsabilidade em todos os momentos de suas vidas e não somente quando nos pagam para realizarmos alguma obrigação para eles. Aliás, devemos estender esse amor para nossos clientes, uma vez que também sentem, na maioria das vezes, a falta de um amor puro e saudável em suas vidas.

Sermos um bom sacerdote é agirmos com caráter, honradez e sempre primarmos pela verdade como fonte única para tudo e para todos.

Agindo dessas formas, estaremos agradando nossos Orixás, nossos antepassados e com certeza, a Deus nosso pai misericordioso.

Sérgio Silveira. Tatetú N’Inkisi, Odé Mutaloiá.

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segunda-feira, agosto 03, 2009

OXALUFÃ

Orixá do panteão africano mais cultuado em todas as nações de Candomblé existente no Brasil, juntamente com Oxaguiã.

Oxalufã é segundo as lendas africanas, o Orixá mais velho que existe, tem o corpo curvado pelos anos e possui passos inseguros, o que faz com que ande com certa hesitação, mas nem por isso deixa de ser mais respeitado de todos os Orixás.

Devido a seus passos cambaleantes, ele anda apoiado em uma espécie de cajado, chamado de Opá Xorô, encimado por um pássaro, que para muitos seria a pomba branca, e adornado com várias ferramentas que pertencem a seus filhos, os demais Orixás. É considerado o Orixá da paz, da sabedoria, aquela sabedoria que somente os anos podem nos trazer, em suas obrigações a calma se faz imprescindível, assim como em tudo que diz respeito a ele.

Gosta preferencialmente da cor branca e seus filhos não usam tons vermelho, preto, roxo ou de outras cores mais escuras. Em sua homenagem, as pessoas do santo, costumam usar branco toda sexta feira, pois esse é seu dia. Seu bicho preferido é o Igbín, espécie de caramujo africano por ele muito apreciado, juntamente com a canjica branca ou ebô.


Nas casas mais antigas de Candomblé, costumavam-se todas as sextas feiras, realizar a cerimônia de lavagem de seu peji, ocasião em que seu assentamento é retirado de madrugada com muito silêncio e lavado e depois se oferece a ele o ebô, velas e rezas, pedindo sua misericórdia para o mundo.

Seu arquétipo na África é de um senhor muito velho e muito sábio e seu principal templo fica na cidade de Efon, próximo a Oxogbô. Em sua cidade de origem, a tranquilidade se faz presente, conforme nos relata Pierre Verger, e seu culto ainda é por lá difundido.

No Brasil seu culto é muito difundido, e na Nação Angola, todos os Orixás quando são feitos, comem juntamente com Oxalufã, pois é ele o pai supremo de todas as cabeças, uma vez que está ligado diretamente a criação do mundo e de todos os seres humanos.

Em outra lenda, teria sido esposo de Yemanjá com quem teve 16 filhos, os nossos 16 Orixás cultuados em nossa nação.

Não importando qual é a bandeira de uma nação de candomblé, todos, reverenciam Oxalufã e o amam, por sua sabedoria e por sua capacidade de nos acalmar em nossos momentos mais difíceis.

Sempre que nos reportarmos a esse Orixá, devemos fazê-lo prostrados no chão, pois estamos nos direcionando ao pai maior, àquele que todos os Orixás veem em socorro quando chamados, a quem todos os Orixás devem respeito e satisfação de seus atos, bem como dos atos de seus filhos.
Infelizmente na África, algumas regiões já não mais o cultuam em seu dia próprio, mas encontra aqui em terras brasileiras, o amor, carinho e dedicação por parte de todas as pessoas iniciadas, não importando de que santo sejam.

Em seu dia, não se pratica sexo, não se come carne vermelha, não se bebe, nem se usa roupas escuras, para o mais velhos, os mais novos se trajam de banco em respeito ao Senhor da Criação, ao Pai maior.

Nenhum Orixá pode realizar nada se não for com sua permissão. Mesmo assim, Oxalufã está sempre disposto a perdoar e a amar seus filhos, mesmo sendo o Orixá que mais nos cobra por nossos erros. É sincretizado com Senhor do Bonfim na Bahia e com Jesus Cristo nas demais regiões brasileiras.

Sérgio Silveira. Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.

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sexta-feira, julho 31, 2009

SERIA EGUM UM ESPÍRITO DO MAL E QUE CAUSARIA MORTE EM UMA CASA DE SANTO?

Como todos os assentamentos de uma “roça” de candomblé, egum também é de vital importância para o bom funcionamento da casa e segurança tanto de seu zelador (a) como também dos filhos de santo e demais consulentes. O que acontece é que essa figura tem sido muito mal compreendida em nosso tempo.

A começar pelo seu assentamento que poucos sabem como realizar da forma correta. E também a forma de se tratar egum, é muito deturpada. Existem pessoas que os tratam como escravos, e pensam que estão agindo com uma energia dominável. Porém, essa forma de agir com egum, é equivocada e é ela que traz as consequências erradas para a casa de Candomblé.

Egum deve ser alimentado com respeito e carinho, assim como as demais entidades que compõem o universo dos Orixás. Não por ser ele, em serviçal de Orixá, tem que ser tratado de forma grosseira, com xingamentos e palavrões de toda espécie.

Egum existe em uma “roça” para nos proteger, nos amparar, nos livrar de todos os males que nossos inimigos por ventura venham a nos desejar, e também nos ajuda em tarefas variadas, desde a cortar uma feitiçaria que exista contra alguém, e até mesmo auxiliando a recompormos uma família desfeita.

Obviamente que como todas as forças espirituais, ele possui seu lado positivo e o negativo e somente devemos invocar o positivo. Aqueles que invocam egum para o mal, mais dia, menos dia pagam muito caro pelas artimanhas, uma vez que, as forças existem para o bem, e somente Deus tem o direito de julgar e punir alguém e nunca nós estamos aptos para tal.

Já vi pessoas que disseram que “quando se assenta egum em uma casa, ele leva alguém da família”. Isso é errado! Egum quando assentado, somente vai para a rua trabalhar quando nós o mandamos e volta quando o chamamos.

Eles nunca pedem a vida de um ser humano por mais vil que esse seja, afinal egum é escravo de Orixá e esses, seguem à risca as leis de Deus nosso Pai, que proíbe que uma vida seja tocada ainda mais ceifada.

Tenho visto várias casas com egum assentado, na minha mesmo eu tenho, e nunca soube da morte de quem quer que fosse depois do assentamento, salvo aquelas destinadas por Deus, afinal nenhuma entidade nos traz a juventude eterna e nossas vidas teem um fim no dia determinado por Olorúm.

Egum queridos é para nossa defesa e de nossos familiares carnais, assim como para a defesa de nossos filhos de santo e de nossos consulentes. Afinal seguem eles, as leis de nossos Orixás e esses a lei Divina.

Claro que algumas restrições existem para se tratar egum, basta que essas sejam seguidas e teremos aí uma valorosa força sempre disposta a ajudar. Não me refiro a egum solto, a alma penada, mas ao egum escravo de Orixá, uma forma de espírito que vive conforme as determinações do astral superior, ou seja, ao egum assentado, que passa a trabalhar para a “roça” e para seu sacerdote ““.

Pessoas de determinados santos, não podem de forma alguma lidar com egum, pois seus Orixás não convivem com esse tipo de energia, e se por acaso, sua casa pedir para que um seja assentado, basta que se nomeie uma pessoa de confiança para se cuidar de seu assentamento.

Usando essa energia com sabedoria, veremos que muitas coisas podemos fazer para o bem, não importando a entidade para a qual oferecemos presentes.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.

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quarta-feira, julho 29, 2009

O AXÉ DAS CASAS DE SANTO

Com certeza quando você foi a uma casa de Candomblé, deve ter observado que no meio do salão onde se realizam as festas, existe uma parte do chão que geralmente é marcado por uma tampa de concreto ou por um piso frio mesmo, mas destacando-se do restante do chão.

Ali se encontra o Axé da casa de santo. É um assentamento realizado com muito sigilo e nunca outras pessoas sabem qual o Orixá que ali está assentado, pois esse faz parte assim como a cumeeira da segurança da casa.

Em cima do mesmo costuma-se deixar sempre uma quartinha com água a fim de manter a casa fria como se diz; também determinadas oferendas são ali colocadas em determinados dias e determinadas festividades. Ao se realizar esse assentamento, é necessário que todos os que vão participar estejam de corpo limpo, se resguardando ao menos a três dias antes, de bebida, sexo e demais coisas mundanas que são nocivas ao nosso espírito.

Somente devem estar presentes, além do zelador que irá realizar o ato, pessoas com idade de santo suficiente para participar de certos segredos, e também pessoas de muita confiança tanto do zelador como do dono da casa. Isso porque ali está sendo assentado aquele que será a segurança da casa e dos demais filhos, e consulentes, ali está o mistério do chão da casa.

Dentro do Axé, existem certas entidades que não podem de forma alguma ser ali assentada, pois poderiam comprometer a vida de todos. Por isso é importantíssimo que saibamos muito bem, onde estamos frequentando, e se por acaso a pessoa que for realizar o ato litúrgico, não for nosso zelador, temos que nos certificar de que se trata de pessoa idônea e capaz de realizar tal ato.

Temos que nos lembrar que nossa vida sempre está em risco quando realizados atos de forma errada, por pessoa que não tem capacidade para tal. Para isso devemos consultar a federação local a fim de que possamos ter informações precisas quando se trata de pessoa que não seja nosso zelador de santo.

O Axé é imprescindível para que possa existir uma “roça” de Candomblé, pois sem ele não tem como a casa ser aberta, afinal, quem cuidaria da segurança nossa e de todos que ali frequentarão?

Nunca devemos realizar ato algum nele, mesmo a limpeza do piso, de corpo sujo, pois estaríamos contrariando as leis que regem o Universo de nossos Orixás. Tudo dentro de um templo é sagrado e como tal devemos tratar os assuntos pertinentes a eles.

Sérgio Silveira. Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.

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segunda-feira, julho 27, 2009

CUMEEIRA

Dentro de um barracão de Orixá, esta é imprescindível para que o mesmo possa existir. Existem somente dentro de barracões de santo e na Umbanda sua existência é desconhecida.

Ao abrirmos uma casa de Santo, existem vários assentamentos que são feitos e que compõem a segurança tanto da “roça” como do zelador e de seus filhos e clientes. E a cumeeira é um desses fundamentos.

Para que se saiba qual Orixá que será responsável pela mesma, é necessária uma consulta a Ifá para que ele nos mostre os procedimentos a serem realizados. Após a escolha da cumeeira, prepara-se os rituais para o assentamento da mesma.

A casa pertence ao Orixá da pessoa, porém, a cumeeira pertence a outro, ela é o sustentáculo para a casa e seu sacerdote. Aquele Orixá que ali está assentado não tem obrigatoriedade alguma de trazer clientes, ou prestar outro tipo de favor ao zelador ou a seus filhos e consulentes.

A cumeeira representa e guarda os mistérios de cada casa e de seu sacerdote, é nela que seu Orixá se apóia para que sua casa sobreviva ao tempo. Nunca devemos revelar a qualidade daquele Orixá que ali está assentado nem mesmo fornecer detalhes que possam servir para identificá-lo, pois, que assim, ficaríamos a mercê de nossos inimigos.

É comum que ao se mexer na cumeeira, os filhos de santo que ainda não possuem obrigação de sete anos, virem de santo, ou seja, que seus Orixás se manifestem, afinal ali em baixo da mesma todos os filhos nasceram para seus Orixás.

Em baixo da cumeeira são feitos os maiores fundamento do Candomblé e assim sendo, não se deve dar fogo de pólvora em baixo da mesma.

Alguns zeladores costumam enfeitar suas cumeeiras com adornos pertencentes ao santo que ali está assentado e com outros que relembrem seu Orixá, isso varia de acordo com a permissão de seu santo, e com a condição financeira de cada um. O importante é que cada casa tenha a sua, e que a mesma seja feita por pessoas realmente idôneas dentro das leis do santo, pois uma mínima coisa que se fizer e que caso não seja em conformidade com o Orixá que ali comerá, as consequências podem ser terríveis.

A cumeeira guarda nossos segredos e fica conosco até o dia em que Olorúm nos chamar de volta para o seu reino. Nessa ocasião, respeitando-se o período de luto, são realizados rituais que deverão seguir as orientações do Oráculo Sagrado de Ifá. Afinal sem ele, nada fazemos em uma casa de santo.

Não existe uma qualidade pré-determinada de Orixá a ser assentado, mas, devemos sempre prestar atenção antes de realizarmos esse assentamento, pois temos que respeitar os caminhos do Orixá da pessoa, bem como outros segredos que nos são passados no período que preparamos a mesma para seu assentamento.

Nunca, em hipótese alguma, devemos mexer na cumeeira de corpo sujo, e mesmo que não tenhamos feito coisas que podem sujar nosso corpo, devemos tomar um banho antes de irmos a cumeeira, pois que ali, está um Orixá, a vida de todos nós.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi Lambanranguange: Odé Mutaloiá.

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quinta-feira, julho 23, 2009

A DISCRIMINAÇÃO GANHA TERRENO

Com tantas distorções dentro de nossa religião, a discriminação continua a ganhar terreno dentro dos seguimentos evangélicos. Nada mais, nenhuma casa ou templo está livre de ser atacado por pessoas que ainda praticam essa arbitrariedade em pleno século XXI.

Porém a culpa é nossa! Temos visto ser veiculado em vários meios de comunicação, inclusive na Internet, caso de pessoas que tiveram seus templos depredados e mesmo assim a grande maioria se inibe com medo de denunciar as agressões às Delegacias de Polícia. Temos que aprender que enquanto nos omitimos, estamos fornecendo meios para que seguidores do “cristianismo”, (se é que isso faz parte de ser cristão), para que continuem a nos perseguir e culminem por apedrejar templos e casas de caridade.

Temos que entender de uma vez por todas, que, temos direitos garantidos pela Constituição Federal,e pela Carta dos Direitos Humanos da ONU, conforme nos mostra os textos abaixo:



Constituição Federal de 1988 (D. O. U., 05/10/1988)
Artigo 5º da Constituição Federal

“Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei”.
Se assim o é, por que somos impedidos de nos manifestarmos em hospitais e presídios, por exemplo? Ao coibirem nossa prática religiosa, estão desobedecendo a Carta Máxima que rege nossa Nação e isso é prática ilícita dentro de nossos direitos.

Vejamos o que nos garante a Declaração Universal dos Direitos Humanos:


DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III)da Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948



“Artigo XVIII

Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.

Artigo XIX

Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras’.

Como podemos observar, estamos garantidos de todas as formas legais para o livre exercício da religião, porém, algumas pessoas insistem em agirem de forma contraria a todos os sistemas de proteção que temos, e isso, com nossa bênção, pois nos calamos diante de tanta opressão.

Temos que fazer valer nossos direitos temos que nos unirmos e buscarmos nos tribunais, condições de punição para esses, e com certeza veremos a justiça ser feita.

Vários sacerdotes e sacerdotisas estão acordando para essa realidade e buscando seus direitos, mas, temos que fazer isso de forma substancial e não apenas um ou outro. Se formos à justiça de forma expressiva, como maioria, conseguiremos calar aqueles que tentam nos amordaçar, extirpar nossos direitos. Não passam esses, de parias que seguem na perseguição em nome de um, que apenas pregou a paz, o amor, e a união entre todos os povos.

Ao nos unirmos, combateremos toda essa ignorância que ainda permanece nos dias atuais. Se somos candomblezistas ou umbandistas, somos adoradores do demônio. Mas, e os que mataram, estupraram e cometeram tantos crimes em nome de Deus? São anjos celestiais?

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi, Odé Mutaloiá.

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segunda-feira, julho 20, 2009

O QUE SÃO OS ORIXÁS NO CANDOMBLÉ DE ANGOLA

A palavra ORIXÁ é de origem Yorúba, dialeto usado nos candomblés de Kêto, e, não BANTU, dialeto usado nos candomblés de Angola. Seu significado: ORI= CABEÇA – XÁ = GUARDIÃO OU AQUELE QUE GUARDA assim a palavra orixá, significa anjo da guarda, ou ainda: ORI= CABEÇA – XÁ = DONO, ou seja: DONO DA CABEÇA.

Para os africanos a concepção de "anjo da guarda", não era a mesma que conhecemos hoje, através do cristianismo, mesmo porque esta forma de culto (o culto aos Orixás) existe a aproximadamente 8.000 antes de Cristo, e há estudos que tentam provar uma existência ainda mais antiga. Para eles, os denominados "anjo da guarda", na verdade eram seus antepassados, que após se transladarem para o ORÚM (Céu), passavam a fazer parte da energia de seu Orixá. Transformando-se assim em um, e voltando à terra para ajudar seus descendentes a seguirem sua jornada em busca de um aperfeiçoamento.

DENTRO da nação Angola, não cultuamos Orixá, mas sim INKISIS, como eram chamados por nossos antepassados Angolanos. Os Inkisis eram antepassados, que ao deixarem a terra, voltavam a integrar a energia original. Assim transformando-se em GÊNIOS, que é o significado mais aproximado da palavra.

Esses Inkisis não eram cultuados em conventos (templos), uma vez que os Angolanos eram seminômades, assim prestavam reverência aos seus INKISIS em árvores. Com sua vinda para o Brasil, foi que começaram a ter seus cultos em templos, posteriormente chamados BARRACÕES, assim denominados, devido ao nome dadas as construções utilizadas na África, para guardar os escravos capturados.

Ainda nos dias de hoje encontramos SACERDOTES que aprenderam a identificar esta ou aquela árvore na qual reside um INKISI, mas muito poucos herdaram este conhecimento, porque a condição para termos os conhecimentos completos do culto, está na dependência ÚNICA e EXCLUSIVA, de termos somente um sacerdote/ sacerdotisa em nossa vida, mostrando assim a fidelidade não só a quem nos iniciou, como também e principalmente aos nossos Santos de cabeça. Ao entregarmos nossa cabeça a outra pessoa, ou nos deixarmos levar pela vã ilusão de que alguém sabe muito, tão somente por usar um dialeto diferente, corremos o risco de aprendermos as coisas de forma deturpada, e assim perdermos tudo o que nosso zelador teria a nos ensinar. O que nos trará sérias consequências no futuro, pois não saberemos a forma correta de agir em determinadas situações. Mas se nosso pai ou mãe nos liberou, nos deu sua benção ao sairmos de sua casa, devemos escolher bem quem nos guiará daí para frente, pois que sempre estaremos esbarrando com pessoas que se dizem saber muito, mas, na realidade...!

Assim se faz o candomblé de Angola: como qualquer outro, seja Kêto, Jêje, o importante é sermos fiel a nosso sacerdote ou sacerdotisa, aos nossos Orixás, para que possamos assim, termos um aprendizado completo, no qual tenhamos uma verdadeira estrutura para ajudarmos àqueles que dependerem de nossa intervenção para o favor que solicitam aos nossos antepassados, seres tão evoluídos, mas também tão humildes que não nos negam seu retorno aqui, para nos auxiliarem com toda sua experiência adquirida em sua larga jornada material e espiritual.

Sérgio Silveira. Tatetú N’Inkisi, Odé Mutaloiá.

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A ORIGEM DO CANDOMBLÉ DO BRASIL


O candomblé como conhecemos, apesar de ter seus fundamentos nos Orixás, Inkisis e Voduns da África, como religião, só existe no Brasil. Na África sempre existiu e existem os cultos a DIVINDADES, sem a concepção religiosa que temos aqui, e sem a miscelânea cultural dos povos que para cá vieram como escravos, sem a qual JAMAIS teria se formado essa grandiosa religião.

Esses povos quando aqui chegaram, foram submetidos como sabemos, a todo tipo de degradação e humilhação que as mentes doentias da época julgavam certas. Assim, com sua condição humilhante, eles passaram a se conhecer melhor, trocaram idéias e conhecimentos, assimilaram um, os conhecimentos do outro, e isto sem contar com as crenças indígenas, que eles de forma alguma desacreditaram. Essas formas poderiam até serem diferentes, das suas, poderiam eles acharem-na mentirosa, mas, como negar essas divindades que aqui já viviam antes de sua chegada?

Então eles os africanos, no meio desta troca de seus conhecimentos tribais, nacionais, foram introduzindo "pequenas" oferendas às divindades indígenas e assim foi se formando ao longo dos anos o Candomblé que conhecemos hoje.

Segundo acreditam muitos, foi assim que surgiu o culto aos caboclos dentro de candomblé, sendo conhecidos como: mensageiros dos orixás. Hoje em dia é comum vermos esses caboclos manifestados em festas próprias, entoando suas cantigas e ajudando a quem, precise.

A palavra CANDOMBLÉ é de origem Bantu e não Yorúba como acreditam alguns, e seu significado no Brasil: Instrumento de percussão e/ou lugar de danças de negros e, por extensão, lugar de terra batida por pés ou ainda terreiro, onde praticavam seus cultos religiosos.

Como podemos ver o candomblé, é uma religião Brasileira, formada originalmente pelos africanos, e nada tendo a ver com os santos católicos como querem e acreditam muitos. Este sincretismo surgiu apenas como meio do negro, enganar a sociedade da época, e praticar assim sua religião sem maiores perseguições. E se não fossem esses conhecimentos trocados entre si, onde uma tribo introduziu "Deuses" da outra em seus cultos, jamais, voltamos a repetir, existiria esta religião que conhecemos hoje, e com certeza, é a de maior adeptos no Brasil, mas uma grande parte de seus seguidores têm vergonha ou medo de serem discriminados e, se confessam assim praticantes do cristianismo. Dando verdadeiro significado à palavra hipocrisia.

Temos que acabar com essa perseguição que sofremos. Temos que exterminar o preconceito, não com brigas, guerras, mas com a justiça! Afinal e os direitos humanos, onde ficam?

Sérgio Silveira. Tatetú N’Inkisi Lambanranguange: Odé Mutaloiá.

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domingo, julho 19, 2009

PARA SE OBTER UM DIA BOM, COM A INFLUÊNCIA DE SEU ANJO DA GUARDA

01 vela branca Nº 06

01 pires de preferência branco

01 copo com água filtrada

Azeite de Oliva

Pegue a vela e unte-a com o azeite de oliva. Depois, esfregue-a nas mãos mentalizando tudo que deseja para esse dia. Não tenha pressa, faça com calma e vá mentalizando tudo de melhor que deseja. Depois coloque a vela no pires em um local mais alto que sua cabeça, acenda a mesma e ao lado coloque o copo com água filtrada. Feito isso, reze um Pai Nosso, uma Ave Maria e ofereça ao seu anjo da guarda.

Se desejar continuar, no dia seguinte troque a água despejando a que está no copo em uma planta não venenosa e repita a obrigação. Esta pode ser feita diariamente se desejar.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.

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sábado, julho 18, 2009

A DUALIDADE DE UMA ENERGIA CHAMADA EXÚ

Sabemos que a palavra Exú se traduz ao pé da letra como Esfera, nada tendo com o capeta cristão. Mas, para que serve essa energia afinal?

A verdadeira função desse Orixá é vigiar os portais que ligam nosso mundo, Ayê, ao mundo dos Orixás, Orúm. Além disso, desempenha papel de suma importância no jogo de búzios, uma vez que é ele quem vai buscar as respostas para os consulentes. Nada fazemos sem Exú, esse valoroso guerreiro e místico guardião.

Ao criar o mundo, Olorúm, Deus, deu a cada um de seus Ministros, nossos Orixás, uma função, e a Exú ele deu o poder da adivinhação, a força para proteger o reino dos Orixás a fim de que esse não fosse invadido por forças ocultas.

No Brasil e no resto do mundo, essa divindade é associada ao diabo, mas esse é um dos maiores enganos por parte das pessoas. Primeiro porque, na cultura Yorúba, Olorúm, Deus, não tem um rival como no cristianismo, ele é a força máxima e assim sendo nada nem ninguém poderia competir com ele.

Exú é simplesmente a dualidade das energias criadas. Para entendermos melhor essa ação, façamos uma comparação com a energia elétrica e algumas forças naturais: a mesma eletricidade que nos beneficia, ao fazer funcionar os motores de um ar condicionado para nos aliviar do calor, da geladeira, da televisão e de nosso computador, por exemplo, é a mesma que nos mata se entrarmos em contato com ela diretamente. A mesma chuva que irriga nossas plantações e nos traz o alimento, é a que nos mata se cair em excesso. O mesmo Sol que nos aquece para não morremos de frio, nos mata, se formos expostos de forma errônea a seus raios.

Assim como podemos ver, em tudo existe a dualidade e com Exú não seria diferente. Não que ele nos mate, mas, representa a magia, ou melhor, a dualidade da magia, o encanto em seus vários aspectos.

Na África, Exú é representado por chifres e falo. Mas, nada de imoral ou demoníaco possui nisso, e os estudiosos sérios, que não se deixam levar pelo fanatismo, sabem que, esses símbolos apenas representam força, virilidade e poder, e assim sendo nunca foi relacionado a uma energia como a do tal do capeta.

Exú inclusive é o responsável por nos ajudar em nossa manutenção, nos trazendo as condições para que possamos ter o dinheiro necessário para nos sustentarmos e á nossa família.

Em nossas lendas, nunca encontramos vestígios desse ser nas culturas dos povos africanos. Ao contrário: todas elas pregam que existe somente um Deus, chamado Olorúm, o qual a tudo criou e a tudo governa, com sabedoria e amor. E ele não possui nenhum rival, pois seu poder jamais será igualado a outro.

Da mesma forma que Exú conhece o planeta terra, conhece também os Orúns, céus, que formam a moradia de Deus e dos Orixás. Se usa o falo, não é por se tratar de uma imoralidade, mas sim, por representar a masculinidade necessária para que uma nova vida possa ser desenvolvida dentro do útero materno.

A complexidade desse Orixá é tanta e se reflete em seus eleitos, por isso é raro vermos uma pessoa que seja seu filho. Agradarmos a Exú em primeiro lugar significa muito em nossos rituais, e isso se dá porque ele é quem leva nossos pedidos aos nossos Orixás, é ele quem ronda ininterruptamente os portais que separam os mundos, além de ser ele o mensageiro entre os mundos, o encarregado de executar as tarefas que nossos Orixás não executam. Ainda temos que nos lembrar que Exú é o único Orixá que mais se aproxima de nosso mundo, uma vez que os demais vivem no Orúm, Céu.

Se seus conhecimentos são utilizados para o mal, nenhuma culpa lhe cabe, uma vez que deixou para nós, os segredos da guerra e da paz, da vida e da morte, devido a sua vontade de ajudar, mas, se esses segredos são utilizados para o mal, então o capeta somos nós mesmos.

Zelarmos dessa entidade é algo de imprescindível e insubstituível para o bom funcionamento das casas de santo, pois somente ele pode abrir os portais para que nossos Orixás entrem em comunicação conosco, e até mesmo para que nossos Guias e Protetores possam atravessá-lo e virem se comunicar através de seus médiuns.

É justamente essa grandiosa e maravilhosa dualidade que nos permite até mesmo o transe necessário para que possamos nos incorporar. Assim sendo, por que deixarmos que seja ele, associado a algo tão malévolo? Complicado e controverso é Exú? Sim! Mas, o que, dentro da criação divina não o seja, para nossa limitada compreensão?

Sergio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.

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sexta-feira, julho 10, 2009

FANATISMO É PREJUDICIAL À NOSSO ENGRANDECIMENTO ESPIRITUAL E MATERIAL.

É comum vermos as pessoas e espelharmos suas atitudes no arquétipo de seu Orixá. Temos várias experiências que mostram que nossos Orixás influenciam sim, na vida de seus eleitos e também em suas atitudes.

Muitas vezes, porém temos a mania de tudo encararmos como arquétipo de santo e com isso nos esquecemos de que as pessoas teem sua natureza própria e que cada um age conforme as ações de seu dia a dia. Segundo a lei da física, toda ação tem uma reação e assim sendo não podemos condicionar todas as atitudes das pessoas com seu santo.

Temos que nos ater para que não caiamos na garra do fanatismo e assim, colocarmos as pessoas no mesmo nível dos Orixás, nem mesmo que esqueçamos que antes de tudo são seres humanos e assim sendo, compostos de erros e acertos.

Se uma pessoa é aguerrida e até mesmo positiva demais. Logo pensamos: é filho deste ou daquele Orixá. Se por outro a pessoa tende a gostar de uma conversinha, dizemos: com certeza é filho de santo tal. Porém nos esquecemos de analisarmos sua natureza própria. Claro que algumas atitudes são sim, frutos da natureza de seu santo, existe alguns detalhes em determinados filhos de determinados santos, que jamais encontraríamos em filhos de outros Orixás. Mas nem tudo corresponde ao arquétipo dos santos.

Temos que aprender a olhar as pessoas com olhos de sacerdote sim, mas não podemos nos esquecer jamais que o ser humano é uma complexidade inigualável e assim sendo, sua natureza pode mudar em determinadas situações.

Nem todos que são obesos, por exemplo, são filhos de Xangô como afirmam muitos, e nem todas as mulheres de Oyá traem seus maridos, de conformidade com a crença errônea de algumas pessoas. E por outro lado, nem todos os filhos de Exú são usuários de drogas.

O que acontece, é que o ser humano ao nascer é uma folha de papel em branco, e tanto nós quanto a vida, vamos escrevendo no decorrer de seu desenvolvimento, o seu futuro. Se uma pessoa cresce sem amor, sem cuidados maiores, como querermos que tenha essa ou aquela personalidade, independente do santo que o escolheu?

Obviamente que se a pessoa cresce em um lar sem harmonia, por mais que seja filho, por exemplo, de Yemanjá, poderá sim, ter atitudes totalmente ímpares de sua mãe.

O fanatismo nunca foi nem nunca será boa companhia para quem quer que seja, independente de sermos sacerdotes de Umbanda, Candomblé, Cartomante, ou qualquer outro. Ao contrario, o fanatismo nos bitola, nos deixa sem a mínima capacidade de discernir entre o certo e o errado.

Acautelemos-nos, pois com essa terrível arma que pode perfeitamente ser apontada contra nós mesmos.

Outro fator, é que se uma pessoa se dedica, por exemplo, a escrever um livro, logo alguém diz: "claro! É filho de tal santo!” Eis aí outro equivoco inenarrável! Claro que a espiritualidade nos orienta e nos auxilia em varias tarefas, mas temos também que nos lembrarmos de sua capacidade como ser pensante e parte do imenso cosmo e da natureza no geral.

Não podemos simplesmente oferecer crédito total à espiritualidade, afinal: onde ficaram as capacidades do ser humano? Não é possível a quem quer que seja, sobreviver vinte e quatro horas por dia apenas em comunicação com a espiritualidade! Existem nossos momentos e neles somos capazes de realizarmos qualquer coisa que desejarmos de verdade.

Atemo-nos então a creditarmos aos espíritos seus méritos sim, mas não nos esqueçamos de que somos seres racionais e assim sendo capazes sim de realizarmos nossas obras.

Não quero com essas palavras, desmerecer a espiritualidade e sua incomensurável ajuda aos seres humanos. Desejo apenas que nos lembremos que como seres racionais, somos sim, capazes de muitas coisas.

Sérgio Silveira, Tatetú N'Inkisi: Odé Mutaloiá.

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sábado, julho 04, 2009

Oração dos Estudantes ao Menino Jesus de Praga

Esta oração deve ser feita todos os dias, ou ao menos uma vez por semana por todos os estudantes que desejarem obter bons resultados em seu estudo. Para tanto basta seguir as instruções:

Em um local tranquilo de sua casa, coloque em um prato duas velas unidas, uma para seu anjo da guarda e outra para Menino Jesus de Praga. Ao lado coloque um copo com água de preferência filtrada.

Acenda as velas e faça a oração abaixo, com toda fé de seu coração, que o Menino Jesus de Praga com certeza lhe ajudará.



Ó Santo Menino Jesus, sabedoria eterna e encarnada, que pela vossa suave imagem de Praga, dispensais a todos, generosamente, as Vossas graças, e de modo à juventude que a Vós recorre, volvei olhar benigno sobre mim, que invoco a vossa proteção para os meus estudos.

Iluminai a minha mente, tornando fácil a aquisição do saber. Reforçai minha memória, a fim de que possa reter tudo o que aprendi. Nos momentos difíceis sede a minha luz, o meu amparo e o meu conforto. ò dulcíssimo Menino Jesus de praga, Protegei-me todos os dias, cobrindo-me com o Vosso manto protetor, e guiai-me sobretudo na aquisição do saber e no caminho da salvação eterna.

Amém

Para maiores explicações entre em contato pelos e mails:

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