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terça-feira, fevereiro 24, 2009

O BOM MÉDIUM SE DOUTRINA

Nossa mediunidade é antes de tudo, um dom que Deus nos concedeu para que possamos levar segurança, paz e traquilidade às pessoas que necessitem. Frequentemente somos solicitados a intervir em assuntos os mais variados, e sempre nos deparamos com pessoas conturbadas, aflitas, perdias em meio a um mar de percas, desespero, dor e sofrimento.

Nesses momentos é que mais precisamos de nosso equilíbrio, de nossa doutrina pela qual passamos durante nosso aprendizado espiritual, e nossa preparação para o sacerdócio. Temos que saber distinguir as coisas para que possamos encaminhar as pessoas para o que mais necessitam em seus momentos de dor e sofrimento, independente de quais sejam esses.

Mas, se nos falta o equilíbrio, como vamos levá-lo a quem sofre? Sempre nos deparamos, por exemplo, com pessoas que sofrem perseguições de inimigos, visíveis ou invisíveis, e nesse momento a calma, o bom raciocínio é fundamental para um médium.

Não podemos induzir as pessoas à vingança ou qualquer outra coisa que não seja o perdão e o amor incomensuráveis. Pois se agirmos assim, estaremos contradizendo todos os ensinamentos que nossos zeladores, Guias e Orixás nos trazem diariamente. Claro que em algumas situações, temos que tomar medidas para defendermos nossos consulentes, filhos e filhas de santo e até mesmo nossa família, mas, isso não nos dá em hipótese alguma o direito de fazermos justiça com nossas mãos.

Quando encontramos situações em que alguma pessoa nossa se encontra perseguido por forças inferiores, temos que induzirmos a esse ser, a orar e a perdoar seu perseguidor, pois mal muito maior ele, o perseguidor, comete contra si mesmo. Façamos obrigações para neutralizar as forças dos inimigos e não para aumentarmos uma guerra já existente.

Quem lida com a Umbanda e o Candomblé, sabe perfeitamente que as demandas, são batalhas ferrenhas e horríveis, travadas no plano espiritual, o que causa danos aos dois lados, afinal estamos lidando com forças muito além de nossa capacidade mortal e limitada.

Temos de nos lembrar que como médiuns, somos ferramentas das quais se utilizam nossos mentores e orixás, para que possam fazer a caridade a quem precise, e se essa ferramenta não estiver em condições de uso, eles não podem ajudar aos nossos semelhantes.

E como mantermos essa ferramenta em plena condição de uso? Simples: policiando-nos com relação aos nossos sentimentos, colocando o amor e o perdão como bases inatingíveis por espíritos inferiores, nos doutrinando para que ao se aproximarem de nós, os espíritos sem luz, encontrem uma barreira às suas forças negativas e, sobretudo, que encontrem um coração repleto de amor e perdão e assim sendo, eles se afastarão de nós, e essas energias positivas que carregamos em nosso peito, nossa mente e nossa alma, os conduzirá a locais onde espíritos de luz poderão encaminhá-los para que possam se refazer através do arrependimento, e conseguirem alcançar boas energias, e consequentemente, em um breve futuro, passarão a trabalhar em prol da humanidade e não contra ela.

Doutrinemos-nos, aprendamos a afastar de nós as energias negativas, e teremos muito mais êxito em nossa jornada. Lembremos da máxima de São Francisco de Assis: “É PERDOANDO QUE SE É PERDOADO”.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi Lambanranguange: Odé Mutaloiá.

odemutaloia@hotmail.com