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sábado, agosto 29, 2009

O BEM E O MAL, UMA QUESTÃO DE ESCOLHA

Sabemos que Olorúm (Deus) criou o Universo e tudo que há nele, igualmente criou o nosso Planeta e tudo que nele existe. Por uma questão que jamais ser humano algum conseguirá explicar, ele criou também a dualidade das coisas: O macho e fêmea, o direito e o avesso e o bem e o mal.

São as duas faces de tudo que existe, mesmo nós, meros mortais temos nosso lado bom e nosso lado ruim. Existe o vírus que mata, mas, o mesmo vírus se transforma em medicamento para curar a doença que ele causa.

Nas forças espirituais, Olorúm também criou a dualidade, criou as forças para o bem e para o mal, claro que se criou teve um motivo e a explicação que mais gosto, é o de testar continuamente nossa fidelidade. As forças da natureza aí estão para podermos estudá-las e também lançar mão delas para alcançarmos os favores que necessitamos.

Obviamente que sempre que escolhemos para um lado, temos um preço a pagar e se vamos sofrer ou sermos felizes vai depender somente de como lidamos com as forças que temos a nossa disposição.

Ao lançarmos mãos de uma determinada energia para ajudarmos a alguém, estamos nos aproximando de Deus e de seus Santos, seus Ministros, mas, se por outro lado usamos alguma força para prejudicarmos quem quer que seja, estamos nos afastando de Deus e de seus ensinamentos.

E se nos afastamos de Deus e de seus caminhos, temos que ter ciência de que também nos afastamos de suas bênçãos e de tudo que ele tem para nos oferecer.

Algumas pessoas insistem em utilizar a força do espírito para o mal, se esquecem de que o mal é dividido e nunca, nunca será distribuído de forma que não seja a da igualdade para ambas as partes.

O mal e o bem é apenas uma questão de escolha, escolhemos o caminho que desejamos seguir e temos que estar preparados para arcar com as consequências de nossos atos. Quando dizemos que Deus criou tudo, nos lembramos de que ele também criou o livre arbítrio nos concedendo o direito de escolhermos de que lado queremos estar, mas, sempre nos avisa de que temos que pagar por nossos atos.

Seria isso vingança?

Não! De forma alguma! Isso é justiça a toda prova.

Tenhamos em mente o seguinte: se um filho nos é obediente, nos respeita, faz as tarefas que a ele determinamos com amor e carinho, e o outro age de forma totalmente contrária, ou seja: nos desobedece, não realiza suas tarefas, não nos respeita as vontades, para qual dos dois teremos mais prazer em presentear? Em qual dos dois nos apegaremos mais?
Obviamente que ao primeiro, até porque ele mesmo nos cobrará se aquele que não nos respeita, gozar dos mesmos privilégios que ele, e também entenderá que realizar as tarefas, obedecer nossas determinações etc., e tal, de nada adianta, pois que o rebelde tem os mesmos privilégios que ele.

Da mesma forma Zambi Apongue age conosco, nos presenteando conforme nossos merecimentos. Como podemos pagar o mesmo soldo para um trabalhador que cumpre com rigor suas funções e para outro que nada faz para merecer as recompensas? Também assim Olorúm age conosco seus filhos.

Como pode aquele que mata, estupra, rouba, e comete todos os tipos de crimes, serem recompensados da mesma forma que aquele que andou uma vida inteira dentro das leis de Deus? Isso sim seria injustiça!

Assim, sempre recebemos nossas recompensas conforme as ações que praticamos. Se andarmos nas leis de Deus, com certeza seremos merecedores de gozar junto de nossos Orixás da paz que somente o Orúm (céu) pode nos oferecer. Mas se agimos contrários às suas leis, que estejamos prontos a pagar e muito caro por eles.

Lembremos sempre de que temos uma alma e ela é imortal, e como sempre me disse Mametú Indembeleouy, “temos que prestar contas dessa alma, mais dia menos dia”.

Saibamos, pois, escolher de que lado estaremos para não reclamarmos em um futuro muito próximo quando nossos Orixás começarem a nos cobrar por nossas ações, fazendo valer a lei de Olorúm.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé mutaloiá.

odemutaloia@hotmail.com