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quinta-feira, janeiro 20, 2011

20 DE JANEIRO DIA DE SÃO SEBASTIÃO, OXÓSSI.

No dia 20 de Janeiro a comunidade Umbandista e também a do Candomblé de Angola, está em festa: comemora-se o dia de São Sebastião, Oxóssi, dentro do sincretismo do Rio de Janeiro, Espírito Santo e demais estados brasileiros, com exceção da Bahia onde o Orixá é sincretizado com São Jorge.

Para aqueles que não sabem, o nome Sebastião vem do grego e significa Sagrado, Reverenciado, o que faz jus ao Santo católico dado à sua vida e morte em prol da fé em Jesus Cristo e sua Doutrina.

Segundo sua história, ele nasceu em Narvonne, França, no final do século III, e desde muito cedo seus pais se mudaram para Milão, onde ele cresceu e foi educado. Seguindo o exemplo de sua amada mãe, ele praticava o Cristianismo.

Ao atingir a maior idade, Sebastião se alistou como militar nas legiões do Imperador Diocleciano. Este então ignorava o fato dele ser cristão. A figura imponente e sua bravura agradaram de tal forma ao Imperador que ele logo foi nomeado Comandante de sua Guarda Pessoal.

Como ninguém sabia de sua tendência religiosa, Sebastião aproveitava para aliviar o fardo daqueles que eram condenados ao suplicio, com palavras de amor e fé em Cristo e ainda tornou-se um grande benfeitor dos cristãos em Roma.

Mas, ele foi denunciado por um soldado ao Imperador que mandou prendê-lo e ficou perplexo, quando ele se confessou cristão e por mais que Diocleciano pedisse, ele se negava a rejeitar sua fé. Assim sendo o Imperador mandou que o matassem a flechadas o que foi prontamente atendido: os soldados o levaram para um bosque, o amarraram em uma árvore e despejaram sobre ele uma chuva de flechas.

Quando mais tarde uma mulher chamada Irene foi ao local de seu sacrifício buscar seu corpo para sepultar, viu espantada que ele ainda estava vivo, retirou-o dali imediatamente e o escondeu em sua casa onde tratou de suas feridas.

Em vez de se esconder, Sebastião depois de curado foi se apresentar novamente ao Imperador e pedir para que ele parasse de perseguir os cristãos e mesmo estando espantado com o fato dele estar vivo, Diocleciano não atendeu seus pedidos e mandou que o matassem a pauladas e golpes de bolas de chumbo. Para evitar que ele fosse reverenciado, jogaram seu corpo nos esgotos de Roma. Depois uma mulher, Santa Luciana, o sepultou nas catacumbas. Esse fato se passou em 287.

Dentro dos Templos de Umbanda ele é sincretizado com Oxóssi o patrono dos caboclos e caboclas, seres encantados, espíritos de nossos índios que após o desenlace vêm se comunicar em seus médiuns, trazendo sábios conselhos e também a cura para muitas doenças do corpo e da alma.

Nos Candomblés, Oxóssi, é o grande caçador, aquele que se incumbe de caçar, não de forma predatória, mas para alimentar todas as tribos. Também está associado à agricultura, pois, com as ferramentas criadas por seu irmão Ogum, ara a terra e dela tira o sustento para todos que dele necessitem.

Seja dentro da Umbanda ou do Candomblé, esse Orixá é de suma importância, pois que sem ele, não teríamos a caça para nos alimentar, não teríamos a colheita farta para encher nossa mesa, ficando assim, a humanidade à mercê da fome.

Oxóssi, ainda é o grande caçador de espíritos errantes. É ele quem apreende estes, e os encaminha para seu destino a fim de que possam ser levados por Oyá a seu destino final, onde receberão os frutos de seu trabalho aqui na Terra.

Ao saudarmos Oxóssi, saudamos as matas, e tudo que nela existe, pois que ali é seu habitat natural e ele luta por sua preservação. Seus filhos seguem seus caminhos, lutando dia após dia pela preservação da natureza e de tudo que há nela, pois sabem como ninguém que tudo nesse mundo depende de uma natureza sadia para que possa existir.

Os Caboclos são mensageiros seus, e trazem mensagens as mais variadas possíveis para nós viventes de um mundo onde tudo é passageiro, menos as vontades de Deus todo poderoso. Trabalham em falanges e sempre buscam ajudar a todos que necessitam de sua intervenção em qualquer que seja a dificuldade, desde que seja uma causa justa e para o bem.

Sérgio Silveira, Tatetú N'Inkisi, Odé Mutaloiá