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quinta-feira, abril 14, 2011

LUTA ENTRE DEUS E O DIABO?

São comum pessoas de outros credos, nos acusarem de satanismo, de cultuadores do demônio, de tantos termos pejorativos, que muitas vezes nem mesmo temos como descrevê-los. Mas, assim o fazem tão somente para manter seus discípulos à sua mercê, incultos, e afastados dos verdadeiros conhecimentos históricos.

Basta darmos uma pequena olhada em livros de história e constatar que em sua grande maioria, tudo o que nos contam desde pequenos, não passam de alegorias para intimidar e amedrontar. É sabido que a igreja católica conseguiu seu maravilhoso império à custa do medo, da fogueira da inquisição que ousaram chamar de santa e de tantas outras barbaridades.

Atos semelhantes ocorrem nos dias atuais quando os sacerdotes dos cultos cristãos ameaçam seus seguidores com as chamas eternas pelo simples fato de serem amigos de quem não pratique sua religião e mais ainda se essa pessoa for de Candomblé ou Umbanda.

Pregam que em nossa fé, a demonologia é a prática real. Mas nada disso tem a ver com a realidade de nossa vida e de nossa doutrina.

Ensinam que existe uma eterna guerra entre o céu e o inferno, entre Deus e o diabo e que esse tenta de todas as formas roubas as almas humanas dos caminhos de Deus, pois tenciona roubar o Trono Celestial.

Nada de demoníaco existe em nosso culto, em nossa filosofia, até mesmo porque não acreditamos que exista tal figura.

Acreditamos que Deus criou tudo, céu, terra, o universo enfim, e tudo que nele exista. Acreditamos na dualidade de tudo e cremos que toda força tem seu lado positivo e negativo, da mesma forma que um ser humano pode ser ruim ou bom, dependendo de seu momento.

Cremos em um Deus único, e nunca existiu nem existirá uma força que possa se comparar com a sua, que dirá tencionar tomar seu trono. Não concebemos que sendo Deus, um ser onipotente e soberano, possa existir outro ser que tenha condições de desejar seu lugar e ambicionar seu reino. Isso mais parece as intrigas que existiam nos antigos impérios.

Dentro de nossa fé, Deus é o ser que a tudo criou, desde as mais belas aves, até as criaturas que possam nos parecer mais repugnantes, e não que o tal de diabo as tenha criado como pregam. Sabemos em nossa doutrina que o Supremo Criador, é absoluto em seu reinado, é o único que não tem começo, meio e nunca terá fim. Pois ele é o princípio de tudo.

Acreditamos em um Deus amoroso, um Pai de amor, perdão e misericórdia e não em um Pai que condena seus filhos a queimarem em uma fogueira como faziam os Papas motivados pela ganância. Não acreditamos em um Deus vingativo, porém justo. Não cremos em um Deus de ódio, mas de amor e suprema justiça.

Dentro de nossa doutrina, não nos compete entender os caminhos de Olorúm, Deus, mas tão somente aceitarmos seus desígnios, pois ele sabe o que é melhor para cada um de nós.

Não concordamos com a ideia de que tenha Ele, criado uma pessoa para ser pobre e sofrer, mas, sabemos que somos hoje o reflexo do que fizemos no ontem.

Dizem ainda que temos deuses em nossa religião. Engano! Temos Ministros de Deus que são nossos Orixás. Acreditamos que existe somente um Deus supremo que criou a natureza e para cada elemento dela uma divindade para que a governasse em seu nome, e essa divindade tem que dar satisfação a ele de cada ato seu, assim como depende de sua autorização para atender qualquer pedido de um ser humano.

Na verdade o termo “deuses” deriva mais das antigas religiões gregas e romanas, pois dentro do Candomblé cultuamos antepassados, seres que aqui viveram e ao desencarnarem sua energia se fundiu com a de seus ancestrais e eles então passaram a fazer parte de uma mesma corrente vibratória e lutam em prol da humanidade.

Sempre foi um fator comum nos povos da antiguidade, cultuarem seus Reis, Imperadores e membros de suas famílias como Seres Divinos o que ocorria na África também e tão somente por isso temos os Orixás. Com a iniciação, temos o começo de um processo secreto que eleva aquele espírito encarnado a este panteão após seu desenlace do corpo físico. Como podem ver, nada de demoníaco existe aí, tão somente damos seguimento a uma rede de culto ancestral, ou seja: cultuamos os antepassados.

O fato de a igreja católica ter seus Santos é o que; se não um culto aos seus antepassados também? A única diferença é que para nós a morte nunca existiu da forma que pregam. Ela tão somente é uma transformação pela qual todos devem passar para que possam voltar para a Pátria Espiritual.

Temos uma consciência bem resolvida com relação à natureza, pois somos totalmente contra a destruição da mesma, e seguindo os ditames de Odé o Sr. Da caça, aquele que caçava para alimentar as tribos africanas: somente devemos matar para comer. Assim sendo, somente sacrificamos um animal para oferenda às divindades ou para nos alimentarmos.

Nunca em hipótese alguma tiramos uma folha de uma árvore se a mesma não tiver necessidade para um rito religioso ou para um remédio. E mesmo assim retiramos somente o necessário evitando assim o desperdício, pois acreditamos que Ossanha nos cobrará, pois a folha que hoje é desperdiçada irá fazer falta no amanhã.

Também existe o fato de que vemos Deus na natureza. As folhas para nós são os olhos de Deus nos cuidando, assim como dos Orixás. As águas dos rios e das cachoeiras são o leite que alimentam a terra e assim sendo a essência de Deus.

O vento para nós é sua voz conversando em nossos ouvidos, nos trazendo suas mensagens através de Oyá, pois é ela quem o governa.

Desta forma devotamos à natureza um respeito muito grande e nem mesmo os matos que nascem em nossos quintais nós os matamos, pois sabemos que se ali estão é por algum motivo que somente Deus sabe.

Ao cultuarmos nossos Orixás, não cultuamos esse tal de demônio, até mesmo porque, os antigos africanos não conheciam essa forma espiritual. Isso nasceu com o cristianismo. Na África antiga e quando se fala nisso, se fala em 15, 20.000 anos atrás, tudo que existia era o culto aos antepassados às divindades por excelência.

Como não conheciam esse ser, não o concebiam em sua religião e isso ocorria com os escravos quando vieram para o Brasil. Somente com a sua catequização, tomaram conhecimento que na doutrina de seus dominadores existia um ser que eles ousavam dizer que combatiam com Deus.

Porém, devemos nos lembrar de que esses catequizadores destruíram todas as culturas com as quais tiveram contato e não deixaram sobrar pedra sobre pedra, pois tudo que se relacionava a outra cultura a outra religião era dita como do demônio.

Basta lembrarmos que a própria igreja abonava a escravidão e diziam que os negros não possuíam alma, que eram animais. Que quando encontram a estátua de Nossa Senhora Aparecida ela foi renegada pela igreja de Roma, pois era negra e assim sendo pertencia aos negros então não era obra de Deus.

Muitos e muitos povos foram dizimados por essa mesma igreja que hoje se diz representante de Cristo. Mas, se estudarmos os evangelhos, veremos que em nada andam em conformidade com seus ensinamentos, o mesmo ocorrendo com os templos evangélicos, pois são suntuosos, imensos, enquanto Cristo andava pelo deserto, não tinha o que comer e se vestia em trapos praticamente.

Preocupam-se tanto em nos difamar e não enxergam que em seus cultos falam mais no diabo do que em Deus. Por que? Essa pergunta permanece sem resposta.

Não somos seres demoníacos, não praticamos demonismo, até mesmo porque não acreditamos nisso, acreditamos somente em um Deus único e não concebemos nem compactuamos com a ideia de que possa existir em qualquer parte do Universo um ser que ouse sequer pensar em usurpar seu trono, pois tudo que existe foi ele quem criou e somente a ele compete governar.

PARA NÓS DEUS É E SEMPRE SERÁ O SENHOR DE TODAS AS COISAS.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.


terça-feira, abril 05, 2011

POMBO GIRA MARIA MOLAMBO

Para muitos seguidores da Umbanda e do Candomblé, essa Senhora é apenas um ser sem luz, sem condições alguma de ajudar a quem quer que seja. Muitos dizem até mesmo ser ela, um egum, ou seja: um espírito atrasado que não tem a mínima condição de ajudar quem quer que seja em nada.

Julgam-na por seu nome, uma bêbada, sem equilíbrio, mas seu nome está relacionado somente a uma fase de sua vida terrena como veremos mais abaixo.

Ela ao contrário do que pregam alguns, é sim, um ser de muito conhecimento e de muita sabedoria e, além disso, possui muitas condições para ajudar a todos nós em nossa caminhada aqui na Terra, afinal é um Exú Mulher e como tal, tem passagem livre entre os dois mundos. Conhece as duas faces da moeda e sabe o que é a dor e o sofrimento.

Teve vida terrena sim, em um Estado Brasileiro onde conheceu a magnitude da fartura e a dor da miséria, mas passemos á sua história:

Segundo o pesquisador Reginaldo Prandi, em sua publicação, Pomba Gira e as Faces Inconfessas do Brasil. Herdeiras do Axé cap. IV, seu nome de batismo teria sido Rosa Maria e residia e Alagoas. E ela era prometida a um determinado herdeiro de uma família muito influente.

Mas, como o amor fala mais alto, e assim sendo, nos leva a segui-lo e não às regras a nós impostas, ela fugiu com outro homem por quem era apaixonada, de seu Estado Alagoas para o Pernambuco.

Porém, para os abastados, uma humilhação como essa somente poderia ser paga com sangue e assim o apaixonado casal passou a ser perseguido por onde quer que andasse. Eis que três anos e meio após o começo da incansável perseguição, foram encontrados e sofreram a terrível vingança: o rapaz foi assassinado e Rosa Maria entregue ao pai, que a exemplo das famílias da época, a humilhou e a expulsou de casa.

Durante o tempo em que viveram juntos, Rosa Maria deu à luz uma filha e tendo que sustenta-la não teve outra opção que não a de trabalhar como doméstica em casa de parentes, pois mesmo eles se negavam ajudar a moça, seu próprio sangue.

Mas, como o destino é caprichoso, sua filha desencarnou e ela foi lançada à própria sorte, e assim, sem ter como se sustentar, pois naquela época não se encontrava emprego fácil para mulheres ela culminou em se prostituir.

Algum tempo depois, tomada pela tuberculose e sofrendo terrivelmente com o abandono, soube que seus pais haviam falecido e ela, era herdeira de imensa fortuna. Assim, rica, Rosa Maria dedicou-se á caridade e ajudava a todos e continuou assim até sua morte.

Depois de seu desenlace, conheceu Maria Padilha e optou por entrar para a falange das Pombas Giras.




sexta-feira, abril 01, 2011

PAI NOSSO E AVE MARIA EM YORUBÁ

Sinal da Cruz Yorubá

L'ORULÓ BABÁ ÓMÓ

ATI ÓMO MIMÓ

AMIM

Pai Nosso em Yorubá

BABÁ UÁ TINGBÉ LORUN AWÓ LORÓ KORÉ IJÓ GBAREDÉ IFÓ TIRÉ NIKÁ SI LAIÉ; DINÁUON TUN SI LI ORUN FUN - AWÁ LONJIEJÓ A LONIN DÁRI ESÉ UÁ JI ÁUON TÓ - ESÉ UÁ MAFAUÁ SINURÉ IDAN UÔ SUGBON BUCURÓ LONIN TUN LA SIM, AMIN.

BABÁ UÁ TINGLÉ AWÓ LORÓ KORÉ IJÓ GBAREDÉ IFÓ

TIRÉ NIKÁ SI LAIÉ; DINAUON TUN SI LI ORUN FUN - AWÁ

LONJIEJÓ A LONIN DÁRI ESÉ UÁ JI ÁUON TÓ - ESÉ UÁ

MAFAUÁ SINURÉ IDAN UÓ SUGBON BUKORÓ LONIN TUN LA

SIM, AMIN.



AVE MARIA

OKOU MARIA ORÊ OLON KON È, OLOUA KPÊLOU É, IWO RÊ NINOU GBOGBO OBINZI, A TIJESOU ESO IWO T’INOU RÉ.

MIMO MARIA, IYA OLORÚM GBADOUA FON WA ÉLÊSIN, NISEI, A TI L’AKOKO TI IKÚ.