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segunda-feira, dezembro 21, 2009

PARA QUE 2010 SEJA DE PAZ E PROSPERIDADE

Segundo o Oráculo de Ifá esse ano que vem será regido por Oxalá, Yemanjá e teremos também uma influencia de Oxum. Podemos esperar um ano em que as pessoas buscarão mais paz dentro de seus corações e em suas vidas.

Temos um bom ano para casamentos, namoros e demais relações serem coroados de êxito, devemos nos prevenir, porém, pois Oxalá é o Orixá que mais nos cobra, sendo ele o Pai de todos os Orixás, fica irado se vê que seus filhos aqui na terra, independente de seu Orixá, estiverem andando de forma contrária às leis que regem o Universo.

Podemos fazer vários banhos e simpatias para esse novo ano, uma boa dica é combinarmos o branco com o azul para que os dois Orixás reinantes de 2010 possam interagir de forma mais direta em nossas vidas. E também acendermos incenso de mirra e de rosas em nossa casa nos primeiros dias do ano.

Para que tenhamos um ano com mais sorte na vida financeira e com paz podemos realizar o seguinte:

Na véspera do ano novo, selecione bem um pacote de meio quilo de canjica branca, lave bem lavado, e deixe de molho por pelo menos duas horas. Depois leve ao fogo e deixe cozinhar até estar bem mole, no ponto de comer. Ao retirar do fogo, separe a água em uma panela ou bacia e acrescente mais água fria e ali deixe descansando. Divida a canjica em duas porções iguais e prepare assim:

Uma das porções lave bem com água fria para que fique bem soltinha, depois deixe escorrer, escreva seus pedidos para Oxalá e coloque dentro de uma tigela branca, após a canjica estar sem água, coloque dentro da tigela e regre com mel de abelhas.

A outra porção proceda da seguinte forma: em uma panela coloque azeite de oliva e cebola branca ralada, e uma pitada de sal. Depois da cebola estar bem frita, jogue dentro a canjica sem lavar e mexa para que ela pegue tempero. Coloque seus pedidos a Yemanjá em um papel e deposite o mesmo no fundo a outra tigela e então coloque a canjica temperada. Após ela estar bem fria,proceda da seguinte forma:

Escolha um local em sua casa, onde não haja bebida, sexo nem fumo. Ali deposite as duas tigelas e no meio coloque um copo com água e uma vela de sete dias branca e ofereça as comidas a Oxalá e Yemanjá, no intuito de tudo que deseja para o próximo ano. Feito isso coloque sua roupa e curta sua festa.

No dia seguinte, pegue a água da canjica que separou em uma panela ou bacia, acrescente mel e depois de um banho de asseio, jogue esse banho da cabeça aos pés. Deixe a água escorrer bem, enxugue as partes íntimas e vista roupas claras. Assim estará pronto para o ano que se inicia.

Um axé bem forte para todos e que Oxalá e Yemanjá, tragam muita sorte, amor, paz e felicidade para todos!

FELIZ 2010!

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi Odé Mutaloiá.
odemutaloia@hotmail.com

sexta-feira, dezembro 04, 2009

2010, ANO DE OXALÁ, MAS QUAL ORIXÁ REGERÁ A VIDA DE CADA UM?

Para o próximo ano, a regência será de Oxalá e Yemanjá, e as oferendas são muitas, pois que, todos buscam uma chance de passarem o ano de forma melhor, com mais conquistas. Obviamente que essas oferendas são válidas e temos sim, que presentearmos o Orixá que rege cada ano.

Porém, uma coisa muitos se esquecem: de saber qual Orixá reinará sua vida durante aquele ano. Temos o Orixá que reina em determinado ano, mas temos o que regerá nossa vida durante todo o ano que virá.

Em alguns casos, somente um Orixá regerá a vida daquela pessoa, mas existem as que, dois Orixás regerão seus destinos e assim sendo, torna-se imprescindível que ofertemos presentes para aqueles.

Várias pessoas, mesmo dando oferendas para o Orixá que reina em determinado ano, não conseguem alcançar suas metas, isso as deixa frustradas, mas, é tão somente por não terem entregue obrigações para o Orixá que regerá sua vida em particular no ano vindouro.

Temos nesse caso, que procurar um zelador para que através do Oráculo de Ifá, nos diga qual Santo será nosso regente e mesmo as questões em que ele poderá nos ajudar e se somente a ele temos que buscar para a solução de cada problema de nossas vidas.

Temos que saber do zelador, com qual outro Santo aquele caminha, para que possamos agradar e assim termos um ano melhor. Muitos Orixás dependem de outros em nossas vidas, por exemplo, certa qualidade de Oyá, vem junto com Oxum, já existe um Ogum que vem junto com Odé, e assim seria necessário que efetuemos a oferenda para o Orixá certo, e de forma correta para que tenhamos um ano de muita paz e muita prosperidade.

Temos que nos ater também, que nem tudo depende do Orixá, as coisas materiais, temos que buscar a solução na matéria e assim por diante. Se teremos um ano em que Exú, por exemplo, regerá nossa vida, temos que saber como presentear a divindade para que ele possa vir em nossa ajuda sempre que dele precisarmos.

Para que as oferendas sejam bem aceitas, é imprescindível que elas sejam feitas por um zelador de santo, que esteja preparado para tal. As comidas que são entregues por pessoas sem a devida preparação, podem ter efeitos contrários aos nossos desejos, e assim sendo, trazerem sérias consequências para nós.

Assim sendo, busque o zelador de sua confiança, peça a ele, as previsões para sua vida no próximo ano, pergunte qual Santo regerá sua vida nele, e faça as oferendas que lhe forem designadas, pois que, essa é a vontade daquele Orixá.

Sérgio Silveira, Tatetú, N’Inkisi Lambanranguange: Odé Mutaloiá.

odemutaloia@hotmail.com



sexta-feira, outubro 23, 2009

QUEM É EGUN

A palavra egun em yorubá significa ossos, e essa entidade muito pode fazer para nos ajudar. Existem aqueles que dizem ser esta, uma entidade do mal, que tão somente trabalha para a destruição, e ainda existem os que dizem que egun ao ser assentado, culmina por levar com ele algum membro de nossa família. Ledo engano!

Egun quando bem cuidado, serve para nossa defesa; é um ser ancestral e que muito conhecimento possui. Lógico que se o usarmos para o mal, a situação se transforma, mas, em geral, as pessoas o utilizam para abrir caminhos, desmanchar feitiçaria, livrar do mal olhado, atrair clientes para a casa de Santo e até mesmo para um comércio, basta apenas sabermos o que fazer para cada caso.

Muitos são os trabalhos que podemos confiar a esse ser. Existem pessoas que encontraram seu amor, graças a intervenção deles. Outros conseguiram viver com a pessoa amada, tão somente através da intervenção de egun; que desmanchou algum trabalho que tinha contra esta pessoa, ou mesmo ajudou para que a paz voltasse para o interior de sua casa.

Ao oferecermos obrigação a egun, temos que ter em nossa mente o que desejamos e também sabermos o que fazer para que o consulente possa alcançar a graça desejada.

Egun nunca foi um espírito do mal. Obviamente que como qualquer ser espiritual, é dotado da dualidade, a mesma, inclusive, que existe dentro de nós, seres humanos. Se usamos essa dualidade para o mal, então o espírito do mal, somos nós mesmos e não os eguns.

Um exemplo disso é, quando arriamos para ele, determinada mesa, para que ajude a pessoa a ter um emprego, para que livre a pessoa da morte ou mesmo a proteja contra mal olhado, armas e feitiçaria. Egun imediatamente se levanta e sai em busca daquilo que lhe foi solicitado.

Tratarmos de egun significa antes de tudo, tratar de nossos ancestrais. Em minha casa mesmo, uma pessoa precisava de vender determinados terrenos e nada conseguia fazer com que vendesse e somente através de egun, foi que conseguiu realizar o negócio. Egun, mediante o pagamento, trabalhou e essa pessoa hoje goza dos frutos daquilo que pediu.

Como nossos ancestrais, egun carrega em si, a força da natureza e é com ela que serve aos Orixás, dado que são servidores dos mesmos. Uma casa de santo não só se pode como se deve cultuar egun para que a mesma possa crescer e ter condições de ajudar a quem ali recorra em busca de ajuda para seus problemas

Também em nossa casa, podemos alimentar egun, claro que sob a orientação de um sacerdote que saiba lidar com o mesmo, e que somente esse sacerdote efetue as obrigações para que possamos obter os favores daquele egun.
A escolha do egun que morará em nossa casa, não é nossa, mas sim, feita somente através do jogo de búzios, pois o Orixá determinará qual egun deve ser assentado ali. E existem vários eguns, assim a consulta é feita para que seja escolhido pela casa, o egun que deverá ali ser cultuado.

Seu culto porém, deve ser feito do lado de fora de casa, e somente a pessoa a ela apresentada deve lhe levar as oferendas para que possa trabalhar.

Egun, ser ancestral, aquele que cuida de nós e de nossa casa, de nós,e que está sempre pronto a ajudar-nos em nossas dificuldades.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.

odemutaloia@hotmail.com

odemutaloia@gmail.com


quarta-feira, outubro 21, 2009

OS RITUAIS, PERTENCEM AOS INICIADOS

É muito comum, vermos pessoas se anunciando como jogadores de búzios, que realizam oferendas aos orixás entre as quais, até mesmo oferecem holocausto. O problema é que existe um número cada vez maior de pessoas que não são feitas, e que saem por aí fazendo artimanhas com intuito apenas de ganhar dinheiro fácil.

Isso é um erro! O oráculo de Ifá, somente deve ser manuseado por pessoas feitas e com suas obrigações em dia. Os rituais somente podem ser feitos por aqueles que receberam seus direitos sacerdotais, e não por qualquer um que se aventure por esses caminhos.

A desmoralização de nossa religião é grande com esses acontecimentos, afinal, de que serviu então, todo o sacrifício nosso, e de nossos mais velhos, para que pudessem atuar com sacerdotes e sacerdotisas? Seria por acaso, o segredo dos Orixás algo tão insignificante para que alguns ajam com tanto menoscabo? Posso garantir que nossos segredos são na realidade, dignos de todo respeito e de toda reverência, pois que, lidamos com seres que governam a natureza e com segredos milenares.

Essas pessoas que agem como zeladores sem nunca terem passados por nossos preceitos, são ridículas, imbecis e merecem ser denunciados por charlatanismo. Uma vez que tão somente tentam o enriquecimento ilícito. Jamais um verdadeiro sacerdote, anuncia aos quatro ventos coisas como: “trago seu amor de volta em três dias, realizo todo tipo de trabalho”, pois que seus clientes o indicam a outros e assim por diante, formando uma grande ramificação de pessoas que são tratadas em suas casas.

Outros, umbandistas, saem por aí, cantando cantigas de candomblé em seus trabalhos, sem se importarem ao menos em saber o que cantam. Já soube até mesmo de Orixá que vira em cantiga de Umbanda! Não que a Umbanda não mereça respeito, ao contrário, quando praticada com verdade e seriedade, é um ritual lindo de se ver e de se participar. Certa vez estava em uma determinada casa eu ouvi um exú cantar: “Deus lhe pague, Deus lhe ajude, Deus lhe de felicidade e saúde”. Aqueles que são feitos, sabem que esta é uma cantiga dos caboclos de nação, em agradecimento por algo que recebem nas casas quando lá estão.

Já tomei conhecimento de pessoas que nunca foram feitas, e que até mesmo sacrifício de bichos oferecem aos Orixás. Isso é um absurdo! Se por ventura, você, meu irmão ou minha irmã, foi vitima de uma pessoa assim, não pense duas vezes: denuncie na federação e exija que a mesma tome providencia, leve ao conhecimento dessas autoridades o ocorrido, que com certeza a pessoa sofrerá as sanções previstas para esse caso.

Nossos rituais, são sagrados e somente pertencem aos iniciados que possuem já, o direito de interagirem junto aos Orixás em prol de alguém, e esse direito se dá com o recebimento do Deká, ou da obrigação de sete anos, como é mais conhecida.

Não tema, denuncie, pois somente assim conseguiremos moralizar nossa tão amada religião.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.

odemutaloia@hotmail.com



sábado, outubro 17, 2009

A VERDADEIRA OFERENDA

É comum que ao nos encontrarmos diante de uma dificuldade, ofertemos presentes a nossos Orixás e Guias protetores para que possamos alcançar graças e assim termos como seguir em frente em nossa caminhada. Obviamente que elas são válidas e nos ajudam e muito a superar nossas fases difíceis.

Porém, temos que nos ater que, as oferendas somente, muito pouco fazem em prol de nossas vidas, porque temos que antes de tudo estar com nossos corações abertos para o amor e o perdão. De que nos adianta, por exemplo, oferecermos uma comida para Oxalá no sentido de nos perdoar por algo cometido. Ou mesmo para Ogum ou Águé para que nos ajudem a encontrar um bom emprego, para que abram nossos caminhos financeiros, se dentro de nossos corações reinarem a vingança, o ódio, o remorso, ou qualquer outro sentimento inferior?

Posso lhes garantir que muito pouco ajudará essa oferenda. Pelo motivo de que a verdadeira oferenda é nosso coração puro, repleto de amor e perdão, a fé viva em Deus e nossos Orixás.

O amor nos abre portas incríveis, nos proporciona meios milagrosos de resolver todos os problemas que tivermos em nossas vida A fé já é meio caminho andado para que possamos resolver todos os obstáculos que a vida colocar em nossa frente.

Se ficamos em um canto, reclamando e maldizendo a sorte, com certeza muito pouco conseguiremos em nossas vidas, mas, se por outro lado, enxugamos nossas lágrimas e confiamos o desfecho a nosso Orixá, alcançaremos tudo aquilo que desejamos. A força do pensamento, todos sabem, é de vital importância para tudo que desejamos nessa vida, e temos que canalizar este, para o desenvolvimento benéfico de nossa vida.

Entreguemos pois, várias oferendas a nossos Orixás, mas, antes de tudo, entreguemos a maior de todas as oferendas: a fé e o amor por tudo e por todas as criaturas da Terra.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.

sexta-feira, outubro 09, 2009

A SUPREMACIA DA PAZ

Que vivemos em um mundo conturbado, todos sabemos, mas, podemos sim, viver em um mundo de paz e harmonia, bastando para isso que saibamos canalizar as energias de nossos Orixás para tal.

A palavra Orixá em Yorúba significa guardião, ou ainda dono da cabeça. Com o sentido de guardião temos a visão de nosso anjo da guarda e como tal, essa divindade não deseja outra coisa que não seja a paz e a harmonia entre os homens.

Quando utilizamos de nossos conhecimentos para prejudicar a quem quer que seja, causamos um sentimento de tristeza em nossos Orixás e consequentemente geramos dívidas espirituais para nós mesmos e toda dívida tem que ser paga.

Nada nesse mundo se compara com a supremacia da paz! Ao entregarmos uma oferenda solicitando ajuda de nossos Orixás, no sentido de obtermos a paz, provocamos aí uma avalanche de boas energias que não somente nos atingirá como a tudo que nos rodeia. Orixá é paz, amor, humildade e sabedoria, e essa ultima só obteremos com o discernimento necessário para entendermos que não importando os caminhos e o grau que alcancemos, estamos todos, sujeitos às leis divinas.

O lido com o sagrado é belo, esplendoroso e de muito conforto para nossas almas, bastando que saibamos direcionar nossos pedidos e nossas oferendas. Nunca devemos usar de nossos meios para prejudicar aos outros, pois que assim, estaremos nos afastando dos principais objetivos das leis de Deus tão pregadas por nosso Mestre Jesus Cristo.

Muitos me perguntam por que me refiro tanto a Jesus, e para esses vai aqui a resposta: não sou católico, e sim Candomblezista e tenho muito orgulho de minha fé, porém, negar a existência de Cristo, seria negar a existência do Próprio Deus e isso seria o cúmulo da ignorância. Ao reportar-me a existência do Cristo, não prego o cristianismo, mas sim, a verdadeira prática do amor e do perdão, afinal ele, como Cordeiro, se entregou a seus algozes e ao ser imolado, não levantou sequer uma palavra que fosse de descontentamento ou mesmo de ira ou revolta com o destino que a humanidade lhe obrigava.

Quantos de nós, por muito menos não se levantou contra os desígnios de Deus, não esbravejou contra seu Orixá tão somente por passar um momento de dificuldade em sua vida?

Isso é revolta e, contra a força não existe defesa. No panteão afro antigo, claro que a presença de Cristo não era mencionada, afinal, falamos de uma cultura com mais de 8.000 anos, mas, após seu nascimento e sua morte, nenhuma cultura desse mundo pode negar sua existência. Cristo para mim, é a personificação da paz, do amor e da supremacia. Jamais existiu ou existirá outro como ele!

Tive meu início religioso dentro do Catolicismo como a maioria dos brasileiros, mas nunca concordei com as práticas dessa fé, no tangente a salvação, indulgência e outros. Penso que no processo reencarnacionista temos a chance de nos livrarmos de nosso Karma e assim, quitarmos nossas dívidas com o criador.

Jamais irei acreditar em um lugar onde existe um ser que nos cozinha eternamente por conta de nossos erros, isso seria negar a essência principal que Cristo pregou: o perdão e o amor eternos. Desse amor que somente uma mãe pode ter por seus filhos.

Tudo no Universo é vida, e vida segundo todas as crenças filosóficas e religiosas, se baseia em amor, em paz, e nunca em violência e contestação dos caminhos que seguimos na Terra.

Ao abrirmos um obi, por exemplo, abrimos conclamando as forças de nossos antepassados, as forças benignas para que possam vir em socorro daquela pessoa que passa por aquela obrigação, e se não agirmos assim, nossos Orixás não conseguem fazer com que a vida seja menos dolorosa para o consulente.

Ao entregamos uma oferenda em prol de uma pessoa doente ou que passa por alguma privação, o que mais pedimos? A paz! Assim sendo, como negar que somente a supremacia dessa pode muda o mundo?

Quando desejamos apagar um fogo, utilizamos água e não gasolina. E assim são as expressões de paz: água que abranda e extingue o fogo da guerra. Experimentemos, pois, essa maravilha que é a paz e seremos muito mais felizes nesse mundo de expiação.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.

odemutaloia@hotmail.com

odemutaloia@ig.com.br

quarta-feira, outubro 07, 2009

A LEI DO KARMA

Vivemos nosso dia a dia e muitas vezes nos esquecemos de que nossas ações são vistas e analisadas por nossos mentores que tão somente seguem a lei de Deus nosso Amado Pai.

Ao nos prepararmos para tomar uma atitude, ou mesmo uma decisão, temos que nos lembrar de que em tudo existe a lei do retorno e essa, nos obriga a pagarmos nossas ações aqui mesmo nesse planeta em que vivemos.

Quando nascemos temos nossos projetos de vida, nossas privações, alegrias e tudo o mais, marcados, e, esses são partes de nossos débitos das nossas outras existências. A isso chamamos KARMA.

Ao idealizarmos qualquer coisa aqui nesse plano temos que nos ater que dependendo de nossas atitudes, estaremos criando KARMAS que não passaremos sem resgatá-los. Dentro desse resgate existem provações simples e até mesmo as mais cruéis possíveis, e isso nunca foi nem será uma imposição de nossos inimigos, mas, de nosso próprio espírito.

Ao contrário do que imaginam muitos, Deus não nos condena a um território obsoleto, onde existe uma figura a nos cozinhar em caldeirões como se fossemos carne a ser servida em um banquete. Ao ser criado o espírito, é implantado nele, uma consciência e é justamente essa consciência que nos pune, cobrando por nossas dívidas ou nos permite o descanso após nosso traslado para o outro mundo.

Se nossa consciência observa que agimos de forma errada, teremos aí um verdadeiro cartório que nos cobrará incessantemente até que esse débito seja pago. Nada, absolutamente nada será esquecido, por mais ínfimo que seja.

Muitas vezes encontramos pessoas com defeitos físicos, outros que vivem em miséria absoluta, já algumas pessoas por mais que lutem e conquistam fortunas, veem tudo se perder com doenças terríveis. Isso é KARMA e com certeza se passamos por tal, é tão somente a vidas passadas, a atitudes erradas que tomamos em nossa passagem por esse planeta.

Pessoas que aqui são dotados de fortunas, e fazem dela mau uso, não estando nem aí para a dor e o sofrimento dos menos afortunados, voltarão a esse mundo como mendigos, e terão assim que pagarem por suas ações. Aqueles que em outras vidas, mataram, mutilaram, voltarão como deficientes físicos e sofrerão com o descaso das pessoas, essas formas são na verdade, meios de nossa consciência espiritual nos obrigar a resgatarmos nossos erros.

Se nessa vida, usamos meios ilícitos, por exemplo, para nos apossarmos de bens de outros, voltaremos aqui e sofreremos com as provas que nos serão impostas por nossas consciências.

É de suma importância agir com sabedoria a fim de que possamos gozar de descanso após nossa jornada nesse mundo. Afinal as dores do corpo físico nada são, se comparadas as dores do espírito. Por mais que soframos nesse mundo, não temos como comparar com o sofrimento do espírito, pois que, nossa carne é finita e o espírito eterno, assim sendo, podemos estar nos condenando a sofrimentos terríveis que podem perdurar séculos e séculos sem que nada possa ser feito para nos abreviar a dor em nossas almas e nossos espíritos.

Existem inclusive, depoimentos de espíritos que se compadecem de outros irmãos que penam anos e anos em uma situação de tortura íntima que os condena, por exemplo, a vagarem pelos mares sofrendo a ânsia do afogamento sem se perceber que seu corpo físico já virou alimento para os seres ali existentes. Outros, sofrem por séculos achando que estão sendo queimados, mas, sua carne há muito deixou de existir. Existem ainda aqueles que são condenados a sofrerem a dor de seu corpo físico ser comido pelos vermes dentro do túmulo, sentem a putrefação de seus corpos numa ânsia que por mais que tentamos não conseguimos entender.

Outros espíritos se agarram a seus esqueletos numa tentativa inútil de se levantarem, pois não enxergam que seu corpo morreu. E isso sem falarmos na SEGUNDA MORTE, que é justamente a morte do espírito, e esse, sem corpo físico sofre a penalidade de sua morte eterna.

Nada, nada absolutamente acontece sem que Deus em sua infinita sabedoria, tome conhecimento,e assim também, sem que seus Ministros, nossos Orixás e Guias protetores, não nos imponham a cobrança de tais.

Ao vermos um espírita sofrendo descomunalmente sem uma explicação lógica, é tão somente por ter feito mal uso de seus dons, explorando aos outros, agindo de má fé com a intenção tão somente de juntar riquezas, não se importando em nada com a dor e o sofrimento alheio.

Se agimos com bondade, se usamos do direito de cobrar nosso chão, sem exploração, se dedicamos alguns momentos de nossas vidas para fazer a caridade, teremos nossas dores amenizadas por nossos Orixás e por nossos Mentores.

Assim é a lei do KARMA: pagamos todos nossos débitos independente do que fomos nessa Terra. Saibamos então agir com cautela, sem ânsia de riqueza, nos curvando perante a vontade de Deus e estaremos conquistando o direito de repousarmos após túmulo e nos prepararmos assim para nossa jornada espiritual ao lado de espíritos superiores e trabalharmos em ambiente de luz e progresso.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.

odemutaloia@hotmail.com

quinta-feira, setembro 17, 2009

OXOSSI


Orixá muito cultuado no Brasil, símbolo da fartura e da prosperidade. Na África sempre foi o caçador que alimentava as tribos através de seu oficio.

Segundo as pesquisas de Pierre Verger, publicada em seu livro, “Orixás”, o culto a essa divindade foi praticamente extinto em terras africanas, mais precisamente em Kêtu onde teve início a todo seu fetichismo, porque os seus sacerdotes foram feitos escravos e levados para a Europa e para o próprio Brasil, e muitos deles morreram durante a travessia dos mares. Os que conseguiam ficar em sua terra natal, pararam de cultuá-lo, pois se perderam juntamente com seus sacerdotes os mistérios de seus ritos.


Enquanto os negros se dispersavam pelo mundo, devido à escravidão, que consumia suas aldeias e tribos, muitos cativos que cultuavam esse Orixá sucumbiram perante os rigores dos traficantes de escravos e do próprio cativeiro. Porém, seu culto foi mesmo que a duras penas, preservados no Brasil onde é um dos Orixás mais populares, e também em Cuba, onde ocupa local de destaque na Santeria daquele país.

Os sacerdotes que conseguiram sobreviver ao cativeiro foram moldando seu culto junto com as outras culturas, pois era somente assim que conseguiam que a divindade não sucumbisse juntamente com seu povo.

No Brasil, Oxossi foi associado à figura dos caboclos, sendo seu patrono dentro da Umbanda Sagrada. Já no Candomblé, foi associado como Rei de Kêtu. Dentro da Umbanda e também na nação Angola, ele recebe a cor verde, como representação de seu habitat, as florestas. Já nos Candomblés de Kêtu, recebe a cor azul clara.

Em seus colares, costuma-se encontrar itens como sementes e penas, que representem as matas. Seu fetiche é o Ofá, arco e flecha que usou para matar o pássaro que destruía determinado reino na África.

Seu dia de culto é a quinta feira. Alimenta-se de todas as caças que encontra, e também de milho, coco, acaçá vermelho, frutas, peixes, e ainda podemos oferecer a ele em determinadas situações a canjica branca de Oxalá.

A curiosidade, observação, perseverança, inteligência são algumas das características dos filhos deste santo. Ele também é associado a alegria. Como caçador que é, gosta de agir a noite e passa isso para seus filhos.

Geralmente os filhos de Oxossi gostam mais da noite que do dia, afinal é no silêncio da noite, que o caçador espreita para poder matar a caça que deseja.

Seus filhos também são conhecidos por serem faladores e de um raciocínio rápido que poucos conseguem acompanhar, teem ainda a capacidade de se adaptarem a qualquer situação e sempre buscam mudanças para suas vidas.

Também os filhos de Oxossi amam viajar, e sempre que podem, optam por trabalharem longe de suas casas, indo assim, como o caçador, buscar o alimento e a sobrevivência para sua família.

Outro arquétipo dessa divindade é a ultrapassagem dos limites, sejam esses quais forem. Sempre busca expandir seus conhecimentos, sendo a caça vista como uma forma de adquirir mais conhecimentos além da sobrevivência dos seus.

Dado a sua grande busca por conhecimento, por desmistificar mitos, é um Orixá ligado diretamente ao ensino, pois possui grande inteligência. Tendo também um gosto refinado como, a cultura, a arte, e outros que levem à necessidade do uso da inteligência.

Em sua terra natal, era o caçador responsável por trazer não só o alimento, mas também as ervas que serviam para curar todos os males. Como se não bastasse, era ainda o caçador responsável por encontrar o local mais apropriado para que a tribo pudesse se mudar quando fosse preciso. Porém ele somente buscava o novo local e as demais pessoas é que faziam a mudança da tribo.

Oxossi também representa a incansável busca pelo mais puro saber, e assim sendo, sua área de abrangência e consequentemente de seus filhos, são a filosofia, a teologia e as demais ciências.

Muitos são os favores pedidos a Oxossi por seus filhos e ou crentes, por ser ele a personificação da fartura, e dentre esses pedidos, encontram-se a cura de várias doenças, as dificuldades no campo profissional ou ainda para que possam conseguir um emprego. E como na mata escondem-se espíritos diversos, ele também é invocado como combatente no plano material e para afastar forças espirituais malignas.


Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.

odemutaloia@hotmail.com









quarta-feira, setembro 09, 2009

TEMOS QUE AGIR COM CAUTELA PARA EVITARMOS A COBRANÇA DE NOSSO ORIXÁ.

Com certa frequencia vemos zeladores de Santo, passando pos dificuldades das mais variadas. Desde a dificuldade para conseguir alimento, roupas e remédio, e até mesmo para terem suas casas abertas. Muitos perdem suas casas sem saber o porque, e da noite para o dia mesmo dando oferendas e mais oferendas para os Orixás, terminam por padecerem nas mãos de inimigos ou mesmo pelo próprio destino.

Isso faz com que pessoas se perguntem onde está o Santo daquela pessoa que vê seu filho sofrer e nada faz para mudar esse destino. Aí é que está o grande equivoco: quanto mais um zelador sofre, mais presente está seu Santo.

É que muitas vezes, esse sofrimento é imposto pelo seu próprio Orixá daquele sacerdote e o motivo é apenas um; a desobediência às leis de Olorúm, Deus! Assim sendo, de nada adianta arriarmos comida e mais comida nos pés de nossos Santos, se eles estão vendo que em nosso coração existe soberba, arrogância, prepotência e tantos outros males.

Algumas vezes o sacerdote consegue crescer tanto que começa a sentir-se tão poderoso como os próprios Orixás, acham-se acima das leis, afinal foram escolhidos por seus Santos, como Reis e Rainhas, e devem ser homenageados como tal. Mas, se esquecem de que ser um zelador de santo, é antes de tudo servir a todos os Orixás, independente se são seus, de seus filhos ou mesmo de clientes.

Ao receberemos esses “poderes”, não devemos de forma alguma nos sentir acima das leis, muito menos querermos nos igualar aos nossos Orixás que são seres que governam a natureza, a mesma natureza criada por Deus para todos, indistintamente.

Quando deixamos que a soberba tome conta de nossas mentes e de nossos corações, incorremos no alto grau de crime, que é o da criatura querer se igualar a seu criador. Temos que entender que nada somos sem nossos Orixás, mas, eles continuam sendo o que são sem nós.

Quem de nós pode, por exemplo, dizer que está livre do dito pecado? Posso assegurar que ninguém dentre nós, pobres mortais estamos fora da classe de pecadores e assim sendo, “criminosos espirituais”.

Temos que nos acautelar, agirmos com amor, carinho, zelo, dedicação, e acima de tudo: com muita obediência e humildade perante nossos Orixás, pois sua cobrança é certa e nunca de forma serena.

Se passamos por alguma dificuldade financeira, que culpa tem nosso Santo? Claro que nenhuma, mas, em nossa ganância, em nossa eterna ânsia de poder, logo nos colocamos de contra a nossos Santos e as leis de Deus, blasfemamos sendo que eles não possuem culpa alguma, pois os nossos problemas existem e continuarão existindo independente se somos ou não feitos no santo.

Ao agirmos com serenidade, vemos que nossos problemas são solucionados com mais rapidez e logo, logo estamos de novo, gozando de certa facilidade. Antes de reclamarmos por uma situação difícil, agradeçamos a Deus e nossos Orixás por tudo que já nos concederam, e assim veremos a solução surgir muito mais rápido em nossa vida.

Não podemos agir com frieza e com soberba diante da dor alheia, mas, ao contrário, sejamos caridosos e nos compadeçamos daquela pessoa e veremos as dádivas do céu em nossas vidas.

Para que sejamos mais felizes temos somente uma coisa a fazer: sermos humildes e seguirmos as leis de Deus e de seus Ministros, nossos Orixás.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.

odemutaloia@hotmail.com


sábado, agosto 29, 2009

O BEM E O MAL, UMA QUESTÃO DE ESCOLHA

Sabemos que Olorúm (Deus) criou o Universo e tudo que há nele, igualmente criou o nosso Planeta e tudo que nele existe. Por uma questão que jamais ser humano algum conseguirá explicar, ele criou também a dualidade das coisas: O macho e fêmea, o direito e o avesso e o bem e o mal.

São as duas faces de tudo que existe, mesmo nós, meros mortais temos nosso lado bom e nosso lado ruim. Existe o vírus que mata, mas, o mesmo vírus se transforma em medicamento para curar a doença que ele causa.

Nas forças espirituais, Olorúm também criou a dualidade, criou as forças para o bem e para o mal, claro que se criou teve um motivo e a explicação que mais gosto, é o de testar continuamente nossa fidelidade. As forças da natureza aí estão para podermos estudá-las e também lançar mão delas para alcançarmos os favores que necessitamos.

Obviamente que sempre que escolhemos para um lado, temos um preço a pagar e se vamos sofrer ou sermos felizes vai depender somente de como lidamos com as forças que temos a nossa disposição.

Ao lançarmos mãos de uma determinada energia para ajudarmos a alguém, estamos nos aproximando de Deus e de seus Santos, seus Ministros, mas, se por outro lado usamos alguma força para prejudicarmos quem quer que seja, estamos nos afastando de Deus e de seus ensinamentos.

E se nos afastamos de Deus e de seus caminhos, temos que ter ciência de que também nos afastamos de suas bênçãos e de tudo que ele tem para nos oferecer.

Algumas pessoas insistem em utilizar a força do espírito para o mal, se esquecem de que o mal é dividido e nunca, nunca será distribuído de forma que não seja a da igualdade para ambas as partes.

O mal e o bem é apenas uma questão de escolha, escolhemos o caminho que desejamos seguir e temos que estar preparados para arcar com as consequências de nossos atos. Quando dizemos que Deus criou tudo, nos lembramos de que ele também criou o livre arbítrio nos concedendo o direito de escolhermos de que lado queremos estar, mas, sempre nos avisa de que temos que pagar por nossos atos.

Seria isso vingança?

Não! De forma alguma! Isso é justiça a toda prova.

Tenhamos em mente o seguinte: se um filho nos é obediente, nos respeita, faz as tarefas que a ele determinamos com amor e carinho, e o outro age de forma totalmente contrária, ou seja: nos desobedece, não realiza suas tarefas, não nos respeita as vontades, para qual dos dois teremos mais prazer em presentear? Em qual dos dois nos apegaremos mais?
Obviamente que ao primeiro, até porque ele mesmo nos cobrará se aquele que não nos respeita, gozar dos mesmos privilégios que ele, e também entenderá que realizar as tarefas, obedecer nossas determinações etc., e tal, de nada adianta, pois que o rebelde tem os mesmos privilégios que ele.

Da mesma forma Zambi Apongue age conosco, nos presenteando conforme nossos merecimentos. Como podemos pagar o mesmo soldo para um trabalhador que cumpre com rigor suas funções e para outro que nada faz para merecer as recompensas? Também assim Olorúm age conosco seus filhos.

Como pode aquele que mata, estupra, rouba, e comete todos os tipos de crimes, serem recompensados da mesma forma que aquele que andou uma vida inteira dentro das leis de Deus? Isso sim seria injustiça!

Assim, sempre recebemos nossas recompensas conforme as ações que praticamos. Se andarmos nas leis de Deus, com certeza seremos merecedores de gozar junto de nossos Orixás da paz que somente o Orúm (céu) pode nos oferecer. Mas se agimos contrários às suas leis, que estejamos prontos a pagar e muito caro por eles.

Lembremos sempre de que temos uma alma e ela é imortal, e como sempre me disse Mametú Indembeleouy, “temos que prestar contas dessa alma, mais dia menos dia”.

Saibamos, pois, escolher de que lado estaremos para não reclamarmos em um futuro muito próximo quando nossos Orixás começarem a nos cobrar por nossas ações, fazendo valer a lei de Olorúm.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé mutaloiá.

odemutaloia@hotmail.com