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segunda-feira, março 19, 2012

SERIAM NOSSOS ORIXÁS DEMÔNIOS?


Antes de respondermos a essa pergunta, se faz necessário que aprendamos o significado correto das palavras. Porém, temos que primeiro nos lembrar de que; todas as palavras usadas em nossos dias são na verdade, derivadas de outros vocabulários  como o grego, o latim e tantas outras, hoje chamadas de “línguas mortas”, mas, na verdade deveríamos nos reportar a elas como LÍNGUAS MÃES.

Dentro de nosso vocabulário, temos também, que nos lembrarmos de que; ao “reinventarem” os idiomas, os grandes tradutores, (que eram padres), obviamente que traduziram muitas coisas dentro do interesse de sua fé, ou seja: a Igreja Romana.

Através de séculos e séculos, essa mesma igreja que tanto prega hoje o amor, o perdão, a caridade etc., matou sim sem piedade, milhões de pessoas tão somente por não possuírem sua mesma filosofia.

Queimaram milhares e milhares de mulheres acusadas de bruxaria e, em sua grande maioria, a sua “bruxaria” era nada mais, nada menos que espécies de medicinas que usavam para curar as pessoas de suas aldeias ou quem mais precisasse.

Essa mesma igreja, matou sem nenhum escrúpulo e manuseou as palavras de forma a manterem as pessoas PRESAS em sua teia de ambição, corrupção e sede de poder. Para isso, basta que vejamos com atenção o que nos diz a historia de Lutero e entenderemos muita coisa.

Mas, aqui tratamos se “são nossos orixás demônios”.

Bom, antes de qualquer coisa, se faz imprescindível que estudemos a palavra em sua língua de origem, e eis o que podemos encontrar:

Do Latim: DAEMON. Palavra que se usava para se referir aos espíritos de forma geral.

Do Grego: DAIMON. Que era a forma de se falar em “deuses” de menor importância em seu dia a dia, ou de uma deidade que tinha a tutela dos seres vivos, sendo que muitas vezes eles se referiam com essa palavra até mesmo às almas do desencarnados.

Já no Indo-Europeu, a palavra era: DAI-MON, que significa “aquele que divide”, ou até mesmo “provedor”, dentro da base DA- que vem a significar “repartir ou dividir”.

Ainda no Grego, Daimon cujo plural é Daimons, se referia também aos anjos da guarda, conforme podemos pesquisar em varias fontes sobre o grande filósofo Sócrates.

Vejamos agora o que nos diz o “resumo da doutrina de Sócrates” no Evangelho Segundo o Espiritismo:

“VI – Os demônios preenchem o espaço que separa o céu da terra, são o laço que liga o Grande Todo consigo mesmo. A divindade não entra jamais em comunicação direta com os homens, mas é por meio dos demônios que os deuses se relacionam e conversam com eles, seja durante o estado de vigília, seja durante o sono”.  Observemos que essa ENTIDADE nada mais era que Deus. E os demônios, seriam seus Mensageiros, nossos Orixás, Guias e até mesmo nossos anjos da guarda.

O que temos aqui senão a manifestação gloriosa dos mensageiros de Deus?

Não devemos, pois, nos atermos ao que nos ensinam, sem que para isso, tenhamos uma base.

Acontece que a grande maioria das guerras medievais e até mesmo antes desta época, foram vencidas pela Igreja Católica e como sempre, a história é contada pelo vencedor e não pelo perdedor. Assim sendo, transformaram tudo para que o poderio papal não caísse em mãos erradas, ou seja: em mãos que não fossem de suas bases.

A tradução de forma negativa da palavra Daemon, ou Daimon, tem sua origem com os primeiros cristãos que diziam ser essa palavra uma forma de se expressar a existência de um Deus pagão. Mas, mesmo sendo os grandes estudiosos, da época, os tradutores dos evangelhos, permaneceram incitando a alusão de um ser chifrudo e que na falta do que fazer, passa dias e dias a cozinhas as pessoas em um caldeirão.

Pois bem: quem de nós, pai ou mãe, teria coragem de cozinhar uma mão ou mesmo um dedo de nossos filhos? Então, como podemos crer em um Deus que por amor, criou tudo e todos e se arrependeu depois, e passou a destinar seus filhos, a comida de um banquete infernal?

Como acreditarmos em um Deus que ao se sentir solitário, depressivo, fica sentado jogando raio na cabeça de quem não o obedece? Afinal ele é Deus ou um dos ditadores que a humanidade conheceu?

Vejamos essa gravura que traz Sócrates sendo assistido por seu Demônio:


 
 Sócrates e seu Demônio, de Eugéne Delacroix

Esses mesmos gregos acreditavam que cada um tinha um Daimon ou Daimonion pessoal; uma espécie de protetor que o acompanhava e o orientava em seus problemas.
Então, com certeza podemos afirmar que: SIM, SÃO NOSSOS ORIXÁS DEMÔNIOS! E podemos amá-los sem o mínimo peso na consciência, afinal, são seres puros que habitam fora da atmosfera terrestre e que trabalham para nos auxiliarem em nossas vidas.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.