Todos nós sabemos que o sincretismo vem desde nossos antepassados nas senzalas. Sabemos que foi uma forma que os escravos encontraram para que pudessem driblar a vigília constante da igreja e assim poderem cultuar seus deuses sem o risco de pararem numa fogueira ou mesmo de serem torturados, terem seus olhos, unhas e outras partes de seus corpos arrancados, como era o costume da igreja de Roma fazer com quem não seguisse seus rituais.
Com o passar dos anos e dos séculos, esse sincretismo foi se enraizando em nosso meio e hoje em dia não conseguimos imaginar nossos altares de Umbanda sem as imagens dos santos católicos. Nada tenho contra, afinal é uma forma saudável de reverenciarmos pessoas que viveram e morreram em prol de sua fé.
Muitos Caboclos e Pretos Velhos, não permitem que seus gongás fiquem sem essas imagens, que misturadas as de índios, boiadeiros, pretos velhos, marujos, Janaina, e tantas outras, formam o maravilhoso misticismo que seduz não somente aos praticantes da Umbanda, mas a todos de uma forma geral.
Se por um lado essa forma nos é benigna, por outro se não tomarmos cautela, pode nos levar a perder a nossa identidade religiosa. Obviamente que dentro de nossos Terreiros e Tendas, nunca deixarão de existir essas imagens, nem tão pouco nós perderemos nossa fé.
Apenas temos que nos cuidar para que não percamos a identidade de nossas entidades. Temos que termos dentro de nossas mentes que as nossas entidades, possuem suas próprias identidades, da mesma forma que as entidades do catolicismo possuem as suas.
Nossas entidades são sim, portadores de suas identidades próprias, de suas vontades, de seus desejos. Quando aqui na terra, possuíam suas crenças particulares, e é aí que não podemos deixar que o sincretismo influa de forma negativa.
Ao perdermos a identidade de nossas entidades, desvalorizamos completamente nosso culto e nossa crença. Claro, que confessarmos contrários, por exemplo, aos ensinamentos de Cristo, seria negarmos a existência do próprio Deus. Irmos de contra a sua santidade, seria INSANIDADE e todos nós sabemos que Cristo existiu sim, padeceu e morreu em uma cruz em nome da humanidade, como forma de aliviar nossos crimes.
Da mesma forma, a santidade dos santos da igreja devem sim, serem respeitadas. Mas, não porque um ser humano declarou que fulano passa a ser santo de dia tal em diante. Falo da santidade daqueles que padeceram como carneiros em nome de Cristo, essa sim, a meu ver, é a verdadeira santidade.
E temos que nos render a eles sim, mas de forma a mantermos a identidade de nossos Orixás e Guias Protetores, de forma que possamos cultuar nossa fé, de forma coesa e coerente com nossa realidade.
Com o passar dos anos e dos séculos, esse sincretismo foi se enraizando em nosso meio e hoje em dia não conseguimos imaginar nossos altares de Umbanda sem as imagens dos santos católicos. Nada tenho contra, afinal é uma forma saudável de reverenciarmos pessoas que viveram e morreram em prol de sua fé.
Muitos Caboclos e Pretos Velhos, não permitem que seus gongás fiquem sem essas imagens, que misturadas as de índios, boiadeiros, pretos velhos, marujos, Janaina, e tantas outras, formam o maravilhoso misticismo que seduz não somente aos praticantes da Umbanda, mas a todos de uma forma geral.
Se por um lado essa forma nos é benigna, por outro se não tomarmos cautela, pode nos levar a perder a nossa identidade religiosa. Obviamente que dentro de nossos Terreiros e Tendas, nunca deixarão de existir essas imagens, nem tão pouco nós perderemos nossa fé.
Apenas temos que nos cuidar para que não percamos a identidade de nossas entidades. Temos que termos dentro de nossas mentes que as nossas entidades, possuem suas próprias identidades, da mesma forma que as entidades do catolicismo possuem as suas.
Nossas entidades são sim, portadores de suas identidades próprias, de suas vontades, de seus desejos. Quando aqui na terra, possuíam suas crenças particulares, e é aí que não podemos deixar que o sincretismo influa de forma negativa.
Ao perdermos a identidade de nossas entidades, desvalorizamos completamente nosso culto e nossa crença. Claro, que confessarmos contrários, por exemplo, aos ensinamentos de Cristo, seria negarmos a existência do próprio Deus. Irmos de contra a sua santidade, seria INSANIDADE e todos nós sabemos que Cristo existiu sim, padeceu e morreu em uma cruz em nome da humanidade, como forma de aliviar nossos crimes.
Da mesma forma, a santidade dos santos da igreja devem sim, serem respeitadas. Mas, não porque um ser humano declarou que fulano passa a ser santo de dia tal em diante. Falo da santidade daqueles que padeceram como carneiros em nome de Cristo, essa sim, a meu ver, é a verdadeira santidade.
E temos que nos render a eles sim, mas de forma a mantermos a identidade de nossos Orixás e Guias Protetores, de forma que possamos cultuar nossa fé, de forma coesa e coerente com nossa realidade.
Não misturarmos as identidades de umas e de outras entidades, não significa deixarmos de amá-los. Mas sim, amarmos de forma correta e sabendo que suas identidades, suas ações, são independente das ações de nossos Guias e de nossos Orixás.
Podemos ter as duas coisas sem conflito? Sim, podemos!
Basta que saibamos discernir ente dois seres, respeitando a identidade de cada um, por exemplo: sabendo que Ogum é Ogum e São Jorge é São Jorge, mas respeitando uma ligação feita há séculos quando os escravos eram perseguidos.
Se cantarmos para Ogum, invocamos sua falange, e dentre essas fileiras, pode sim, existir algum espírito que teve uma afinidade com São Jorge e assim, vem nas fileiras de Ogum, amando sua bandeira e fazendo sua caridade sem desrespeitar a quem quer que seja.
Aprendendo a vivermos com essa maravilha chamada sincretismo e sem misturar as identidades, poderemos sim, termos um culto sadio, na respeitabilidade de ambas a s partes.
O sincretismo repito, foi usado em um passado onde a inquisição mandava para a fogueira, todos que não convivessem nas leis de Roma, mas hoje com a garantia por lei das praticas religiosas, por que deixarmos de abrangermos mais nossas raízes, para abrangermos as dos outros em uma totalidade?
Amemos, pois, os santos do catolicismo que assim como nossos Orixás deram suas vidas por algo que acreditavam, mas, amemos muito a identidade e a forma de nossos Orixás.
Sérgio Silveira, Tatetú N’inkisi, Odé Mutaloiá.
odemutaloia@hotmail.com
odemutaloia@gmail.com
Podemos ter as duas coisas sem conflito? Sim, podemos!
Basta que saibamos discernir ente dois seres, respeitando a identidade de cada um, por exemplo: sabendo que Ogum é Ogum e São Jorge é São Jorge, mas respeitando uma ligação feita há séculos quando os escravos eram perseguidos.
Se cantarmos para Ogum, invocamos sua falange, e dentre essas fileiras, pode sim, existir algum espírito que teve uma afinidade com São Jorge e assim, vem nas fileiras de Ogum, amando sua bandeira e fazendo sua caridade sem desrespeitar a quem quer que seja.
Aprendendo a vivermos com essa maravilha chamada sincretismo e sem misturar as identidades, poderemos sim, termos um culto sadio, na respeitabilidade de ambas a s partes.
O sincretismo repito, foi usado em um passado onde a inquisição mandava para a fogueira, todos que não convivessem nas leis de Roma, mas hoje com a garantia por lei das praticas religiosas, por que deixarmos de abrangermos mais nossas raízes, para abrangermos as dos outros em uma totalidade?
Amemos, pois, os santos do catolicismo que assim como nossos Orixás deram suas vidas por algo que acreditavam, mas, amemos muito a identidade e a forma de nossos Orixás.
Sérgio Silveira, Tatetú N’inkisi, Odé Mutaloiá.
odemutaloia@hotmail.com
odemutaloia@gmail.com