Orixá muito cultuado no Brasil, símbolo da fartura e da prosperidade. Na África sempre foi o caçador que alimentava as tribos através de seu oficio.
Segundo as pesquisas de Pierre Verger, publicada em seu livro, “Orixás”, o culto a essa divindade foi praticamente extinto em terras africanas, mais precisamente em Kêtu onde teve início a todo seu fetichismo, porque os seus sacerdotes foram feitos escravos e levados para a Europa e para o próprio Brasil, e muitos deles morreram durante a travessia dos mares. Os que conseguiam ficar em sua terra natal, pararam de cultuá-lo, pois se perderam juntamente com seus sacerdotes os mistérios de seus ritos.
Enquanto os negros se dispersavam pelo mundo, devido à escravidão, que consumia suas aldeias e tribos, muitos cativos que cultuavam esse Orixá sucumbiram perante os rigores dos traficantes de escravos e do próprio cativeiro. Porém, seu culto foi mesmo que a duras penas, preservados no Brasil onde é um dos Orixás mais populares, e também em Cuba, onde ocupa local de destaque na Santeria daquele país.
Os sacerdotes que conseguiram sobreviver ao cativeiro foram moldando seu culto junto com as outras culturas, pois era somente assim que conseguiam que a divindade não sucumbisse juntamente com seu povo.
No Brasil, Oxossi foi associado à figura dos caboclos, sendo seu patrono dentro da Umbanda Sagrada. Já no Candomblé, foi associado como Rei de Kêtu. Dentro da Umbanda e também na nação Angola, ele recebe a cor verde, como representação de seu habitat, as florestas. Já nos Candomblés de Kêtu, recebe a cor azul clara.
Em seus colares, costuma-se encontrar itens como sementes e penas, que representem as matas. Seu fetiche é o Ofá, arco e flecha que usou para matar o pássaro que destruía determinado reino na África.
Seu dia de culto é a quinta feira. Alimenta-se de todas as caças que encontra, e também de milho, coco, acaçá vermelho, frutas, peixes, e ainda podemos oferecer a ele em determinadas situações a canjica branca de Oxalá.
A curiosidade, observação, perseverança, inteligência são algumas das características dos filhos deste santo. Ele também é associado a alegria. Como caçador que é, gosta de agir a noite e passa isso para seus filhos.
Geralmente os filhos de Oxossi gostam mais da noite que do dia, afinal é no silêncio da noite, que o caçador espreita para poder matar a caça que deseja.
Seus filhos também são conhecidos por serem faladores e de um raciocínio rápido que poucos conseguem acompanhar, teem ainda a capacidade de se adaptarem a qualquer situação e sempre buscam mudanças para suas vidas.
Também os filhos de Oxossi amam viajar, e sempre que podem, optam por trabalharem longe de suas casas, indo assim, como o caçador, buscar o alimento e a sobrevivência para sua família.
Outro arquétipo dessa divindade é a ultrapassagem dos limites, sejam esses quais forem. Sempre busca expandir seus conhecimentos, sendo a caça vista como uma forma de adquirir mais conhecimentos além da sobrevivência dos seus.
Dado a sua grande busca por conhecimento, por desmistificar mitos, é um Orixá ligado diretamente ao ensino, pois possui grande inteligência. Tendo também um gosto refinado como, a cultura, a arte, e outros que levem à necessidade do uso da inteligência.
Em sua terra natal, era o caçador responsável por trazer não só o alimento, mas também as ervas que serviam para curar todos os males. Como se não bastasse, era ainda o caçador responsável por encontrar o local mais apropriado para que a tribo pudesse se mudar quando fosse preciso. Porém ele somente buscava o novo local e as demais pessoas é que faziam a mudança da tribo.
Oxossi também representa a incansável busca pelo mais puro saber, e assim sendo, sua área de abrangência e consequentemente de seus filhos, são a filosofia, a teologia e as demais ciências.
Muitos são os favores pedidos a Oxossi por seus filhos e ou crentes, por ser ele a personificação da fartura, e dentre esses pedidos, encontram-se a cura de várias doenças, as dificuldades no campo profissional ou ainda para que possam conseguir um emprego. E como na mata escondem-se espíritos diversos, ele também é invocado como combatente no plano material e para afastar forças espirituais malignas.
Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.
odemutaloia@hotmail.com
Segundo as pesquisas de Pierre Verger, publicada em seu livro, “Orixás”, o culto a essa divindade foi praticamente extinto em terras africanas, mais precisamente em Kêtu onde teve início a todo seu fetichismo, porque os seus sacerdotes foram feitos escravos e levados para a Europa e para o próprio Brasil, e muitos deles morreram durante a travessia dos mares. Os que conseguiam ficar em sua terra natal, pararam de cultuá-lo, pois se perderam juntamente com seus sacerdotes os mistérios de seus ritos.
Enquanto os negros se dispersavam pelo mundo, devido à escravidão, que consumia suas aldeias e tribos, muitos cativos que cultuavam esse Orixá sucumbiram perante os rigores dos traficantes de escravos e do próprio cativeiro. Porém, seu culto foi mesmo que a duras penas, preservados no Brasil onde é um dos Orixás mais populares, e também em Cuba, onde ocupa local de destaque na Santeria daquele país.
Os sacerdotes que conseguiram sobreviver ao cativeiro foram moldando seu culto junto com as outras culturas, pois era somente assim que conseguiam que a divindade não sucumbisse juntamente com seu povo.
No Brasil, Oxossi foi associado à figura dos caboclos, sendo seu patrono dentro da Umbanda Sagrada. Já no Candomblé, foi associado como Rei de Kêtu. Dentro da Umbanda e também na nação Angola, ele recebe a cor verde, como representação de seu habitat, as florestas. Já nos Candomblés de Kêtu, recebe a cor azul clara.
Em seus colares, costuma-se encontrar itens como sementes e penas, que representem as matas. Seu fetiche é o Ofá, arco e flecha que usou para matar o pássaro que destruía determinado reino na África.
Seu dia de culto é a quinta feira. Alimenta-se de todas as caças que encontra, e também de milho, coco, acaçá vermelho, frutas, peixes, e ainda podemos oferecer a ele em determinadas situações a canjica branca de Oxalá.
A curiosidade, observação, perseverança, inteligência são algumas das características dos filhos deste santo. Ele também é associado a alegria. Como caçador que é, gosta de agir a noite e passa isso para seus filhos.
Geralmente os filhos de Oxossi gostam mais da noite que do dia, afinal é no silêncio da noite, que o caçador espreita para poder matar a caça que deseja.
Seus filhos também são conhecidos por serem faladores e de um raciocínio rápido que poucos conseguem acompanhar, teem ainda a capacidade de se adaptarem a qualquer situação e sempre buscam mudanças para suas vidas.
Também os filhos de Oxossi amam viajar, e sempre que podem, optam por trabalharem longe de suas casas, indo assim, como o caçador, buscar o alimento e a sobrevivência para sua família.
Outro arquétipo dessa divindade é a ultrapassagem dos limites, sejam esses quais forem. Sempre busca expandir seus conhecimentos, sendo a caça vista como uma forma de adquirir mais conhecimentos além da sobrevivência dos seus.
Dado a sua grande busca por conhecimento, por desmistificar mitos, é um Orixá ligado diretamente ao ensino, pois possui grande inteligência. Tendo também um gosto refinado como, a cultura, a arte, e outros que levem à necessidade do uso da inteligência.
Em sua terra natal, era o caçador responsável por trazer não só o alimento, mas também as ervas que serviam para curar todos os males. Como se não bastasse, era ainda o caçador responsável por encontrar o local mais apropriado para que a tribo pudesse se mudar quando fosse preciso. Porém ele somente buscava o novo local e as demais pessoas é que faziam a mudança da tribo.
Oxossi também representa a incansável busca pelo mais puro saber, e assim sendo, sua área de abrangência e consequentemente de seus filhos, são a filosofia, a teologia e as demais ciências.
Muitos são os favores pedidos a Oxossi por seus filhos e ou crentes, por ser ele a personificação da fartura, e dentre esses pedidos, encontram-se a cura de várias doenças, as dificuldades no campo profissional ou ainda para que possam conseguir um emprego. E como na mata escondem-se espíritos diversos, ele também é invocado como combatente no plano material e para afastar forças espirituais malignas.
Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.
odemutaloia@hotmail.com