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sexta-feira, outubro 09, 2009

A SUPREMACIA DA PAZ

Que vivemos em um mundo conturbado, todos sabemos, mas, podemos sim, viver em um mundo de paz e harmonia, bastando para isso que saibamos canalizar as energias de nossos Orixás para tal.

A palavra Orixá em Yorúba significa guardião, ou ainda dono da cabeça. Com o sentido de guardião temos a visão de nosso anjo da guarda e como tal, essa divindade não deseja outra coisa que não seja a paz e a harmonia entre os homens.

Quando utilizamos de nossos conhecimentos para prejudicar a quem quer que seja, causamos um sentimento de tristeza em nossos Orixás e consequentemente geramos dívidas espirituais para nós mesmos e toda dívida tem que ser paga.

Nada nesse mundo se compara com a supremacia da paz! Ao entregarmos uma oferenda solicitando ajuda de nossos Orixás, no sentido de obtermos a paz, provocamos aí uma avalanche de boas energias que não somente nos atingirá como a tudo que nos rodeia. Orixá é paz, amor, humildade e sabedoria, e essa ultima só obteremos com o discernimento necessário para entendermos que não importando os caminhos e o grau que alcancemos, estamos todos, sujeitos às leis divinas.

O lido com o sagrado é belo, esplendoroso e de muito conforto para nossas almas, bastando que saibamos direcionar nossos pedidos e nossas oferendas. Nunca devemos usar de nossos meios para prejudicar aos outros, pois que assim, estaremos nos afastando dos principais objetivos das leis de Deus tão pregadas por nosso Mestre Jesus Cristo.

Muitos me perguntam por que me refiro tanto a Jesus, e para esses vai aqui a resposta: não sou católico, e sim Candomblezista e tenho muito orgulho de minha fé, porém, negar a existência de Cristo, seria negar a existência do Próprio Deus e isso seria o cúmulo da ignorância. Ao reportar-me a existência do Cristo, não prego o cristianismo, mas sim, a verdadeira prática do amor e do perdão, afinal ele, como Cordeiro, se entregou a seus algozes e ao ser imolado, não levantou sequer uma palavra que fosse de descontentamento ou mesmo de ira ou revolta com o destino que a humanidade lhe obrigava.

Quantos de nós, por muito menos não se levantou contra os desígnios de Deus, não esbravejou contra seu Orixá tão somente por passar um momento de dificuldade em sua vida?

Isso é revolta e, contra a força não existe defesa. No panteão afro antigo, claro que a presença de Cristo não era mencionada, afinal, falamos de uma cultura com mais de 8.000 anos, mas, após seu nascimento e sua morte, nenhuma cultura desse mundo pode negar sua existência. Cristo para mim, é a personificação da paz, do amor e da supremacia. Jamais existiu ou existirá outro como ele!

Tive meu início religioso dentro do Catolicismo como a maioria dos brasileiros, mas nunca concordei com as práticas dessa fé, no tangente a salvação, indulgência e outros. Penso que no processo reencarnacionista temos a chance de nos livrarmos de nosso Karma e assim, quitarmos nossas dívidas com o criador.

Jamais irei acreditar em um lugar onde existe um ser que nos cozinha eternamente por conta de nossos erros, isso seria negar a essência principal que Cristo pregou: o perdão e o amor eternos. Desse amor que somente uma mãe pode ter por seus filhos.

Tudo no Universo é vida, e vida segundo todas as crenças filosóficas e religiosas, se baseia em amor, em paz, e nunca em violência e contestação dos caminhos que seguimos na Terra.

Ao abrirmos um obi, por exemplo, abrimos conclamando as forças de nossos antepassados, as forças benignas para que possam vir em socorro daquela pessoa que passa por aquela obrigação, e se não agirmos assim, nossos Orixás não conseguem fazer com que a vida seja menos dolorosa para o consulente.

Ao entregamos uma oferenda em prol de uma pessoa doente ou que passa por alguma privação, o que mais pedimos? A paz! Assim sendo, como negar que somente a supremacia dessa pode muda o mundo?

Quando desejamos apagar um fogo, utilizamos água e não gasolina. E assim são as expressões de paz: água que abranda e extingue o fogo da guerra. Experimentemos, pois, essa maravilha que é a paz e seremos muito mais felizes nesse mundo de expiação.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.

odemutaloia@hotmail.com

odemutaloia@ig.com.br