Cada dia que passa, mais e mais vê e ouve falar sobre essa prática dentro de alguns Candomblés atuais. Mas, em que se baseiam os zeladores para trocarem o Orixá de alguém?
Geralmente alegam que a pessoa está feita para o santo errado. Mas, estranho...! Depois que fez seu santo a pessoa enlouqueceu; perdeu tudo que tinha; contraiu uma doença que a medicina não diagnostica? Pois esses são alguns dos sintomas de que algo está errado com a pessoa, no âmbito espiritual.
Ainda assim, não significa que a pessoa esteja com o santo errado na cabeça, pode ter sido falta de algum ebó, ou até mesmo algum encantamento que aquele Orixá necessitava no ato da iniciação de seu filho. E ainda assim não se justifica essa modernidade de TROCAR O ORIXÁ.
O que são feitos são outros tipos de fundamentos que somente os realmente capacitados têm condições de fazer, pois que envolvem muitos rituais secretos, e de altíssima complexidade.
Essas práticas é que vêm acabando com o Candomblé que conhecemos e amamos. Pois que ao agirem assim, deturpam todos os conhecimentos que os mais antigos na religião passaram de pai para filho.
Precisamos colocar um ponto final nessa prática ridícula e denigrente, e, se vamos realizar algum ato que não temos conhecimento profundo, ou até mesmo se vamos mexer com algum Orixá que não sabemos os preceitos corretos, o que temos a obrigação de fazer, é procurar zeladores mais velhos, de nossa confiança e solicitar sua ajuda para tal assunto. Afinal ao mexermos na cabeça de alguém, podemos estar colocando em risco toda sua vida, e tão somente por não termos o conhecimento e nem a humildade necessários.
Outro sim, lembramos que se o Orixá respondeu em todos os fundamentos, como pode então estar errado? Onde está o Adarrum, que nos prova que a pessoa é rodante e principalmente: se é daquele santo?
Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi Odé Mutaloiá.