Cada dia que passa mais me choca as formas errôneas como é praticada essa religião tão linda que nossos antepassados aqui deixaram como legado para nós, seus descendentes independente de cor e raça.
Sempre encontramos notícias que denigrem nosso nome e nossa fé. Ainda esta semana, mais precisamente sexta-feira, dia 15 de Dezembro, foi veiculada no Jornal Nacional, a notícia de um assassinato de uma criança, e a mulher que cometeu tal barbaridade, disse que havia matado aquele ANJO, em um ritual de magia negra, a mando de uma mãe de santo, com a finalidade de que ela pudesse engravidar.
Enoja-me tal situação, pois todos que praticamos um Candomblé sério e verdadeiro sabemos que uma vida, ainda que seja de nosso pior inimigo, é intocável, ainda mais se tratando de uma criança, um ser totalmente inocente.
Em parte, as federações têm uma culpabilidade grande nessas atrocidades, pois antigamente éramos sabatinados sem misericórdia quando pretendíamos abrir um terreiro, e depois de concedido o alvará, éramos fiscalizados de perto e com rigor. Mas hoje, bem, hoje as federações em sua maioria, se preocupam apenas com as anuidades que temos que pagar, não estão nem aí se esse ou aquele sacerdote está em condições de manter sua casa aberta,e pasmem: MUITAS VEZES AS PESSOAS CONSEGUEM ALVARÁ SEM MESMO SEREM FEITAS OU TEREM TEMPO HÁBIL PARA TAL EXERCÍCIO.
Em um caso como esse, deveria a federação, e espero que esteja acontecendo, averiguar os antecedentes desta sacerdotisa (?) e encaminhar ao ministério público, caso seja real a informação, um processo para que esta casa fosse fechada permanentemente e que esta pessoa fosse presa.
Acredito também que deveria haver uma investigação paralela da federação local, a fim de averiguar se essa pessoa realmente deu esse tipo de orientação, pois que é muito fácil fazermos besteira e colocarmos a culpa em alguém. E se isso aconteceu que sejam tomadas medidas muito sérias.
Agora me pergunto: mãe de santo? NUNCA! Mãe do capeta, do cão, ou até mesmo dos quintos dos infernos completos, pois um verdadeiro sacerdote jamais faria uma coisa dessas!
Estas coisas enojam a todos que praticamos uma religião de forma séria e coerente. Temos que acordar pra vida, descermos de nossos altares ridículos que nos colocamos em alguns casos, e enxergarmos que estamos contribuindo com nosso silêncio para que pessoas que JAMAIS foram sacerdotes, denigram nosso nome e de nossa religião.
Enquanto medidas sérias não forem tomadas, esses horrores continuarão acontecendo e cada vez mais seremos pratos cheios servidos nos banquetes da intolerância que sofremos por parte de outras religiões.
Vamos dar um basta nisso tudo, levantemo-nos em prol de nossa fé, antes que ela sucumba diante de tantas atrocidades e mentiras!
Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi, Odé Mutaloiá. Babalorixá, Escritor e pesquisador.
odemutaloia@hotmail.com
odemutaloia@pop.com.br
Sempre encontramos notícias que denigrem nosso nome e nossa fé. Ainda esta semana, mais precisamente sexta-feira, dia 15 de Dezembro, foi veiculada no Jornal Nacional, a notícia de um assassinato de uma criança, e a mulher que cometeu tal barbaridade, disse que havia matado aquele ANJO, em um ritual de magia negra, a mando de uma mãe de santo, com a finalidade de que ela pudesse engravidar.
Enoja-me tal situação, pois todos que praticamos um Candomblé sério e verdadeiro sabemos que uma vida, ainda que seja de nosso pior inimigo, é intocável, ainda mais se tratando de uma criança, um ser totalmente inocente.
Em parte, as federações têm uma culpabilidade grande nessas atrocidades, pois antigamente éramos sabatinados sem misericórdia quando pretendíamos abrir um terreiro, e depois de concedido o alvará, éramos fiscalizados de perto e com rigor. Mas hoje, bem, hoje as federações em sua maioria, se preocupam apenas com as anuidades que temos que pagar, não estão nem aí se esse ou aquele sacerdote está em condições de manter sua casa aberta,e pasmem: MUITAS VEZES AS PESSOAS CONSEGUEM ALVARÁ SEM MESMO SEREM FEITAS OU TEREM TEMPO HÁBIL PARA TAL EXERCÍCIO.
Em um caso como esse, deveria a federação, e espero que esteja acontecendo, averiguar os antecedentes desta sacerdotisa (?) e encaminhar ao ministério público, caso seja real a informação, um processo para que esta casa fosse fechada permanentemente e que esta pessoa fosse presa.
Acredito também que deveria haver uma investigação paralela da federação local, a fim de averiguar se essa pessoa realmente deu esse tipo de orientação, pois que é muito fácil fazermos besteira e colocarmos a culpa em alguém. E se isso aconteceu que sejam tomadas medidas muito sérias.
Agora me pergunto: mãe de santo? NUNCA! Mãe do capeta, do cão, ou até mesmo dos quintos dos infernos completos, pois um verdadeiro sacerdote jamais faria uma coisa dessas!
Estas coisas enojam a todos que praticamos uma religião de forma séria e coerente. Temos que acordar pra vida, descermos de nossos altares ridículos que nos colocamos em alguns casos, e enxergarmos que estamos contribuindo com nosso silêncio para que pessoas que JAMAIS foram sacerdotes, denigram nosso nome e de nossa religião.
Enquanto medidas sérias não forem tomadas, esses horrores continuarão acontecendo e cada vez mais seremos pratos cheios servidos nos banquetes da intolerância que sofremos por parte de outras religiões.
Vamos dar um basta nisso tudo, levantemo-nos em prol de nossa fé, antes que ela sucumba diante de tantas atrocidades e mentiras!
Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi, Odé Mutaloiá. Babalorixá, Escritor e pesquisador.
odemutaloia@hotmail.com
odemutaloia@pop.com.br