Sempre, ao buscarmos a Deus e nossos Orixás, se faz imprescindível que olhemos a nossa volta e analisemos nossas ações para que estejamos certos de que merecemos o que pedimos.
Nossos pedidos são preces enviadas às esferas superiores, e, como preces não podem de forma alguma estar contaminadas pelo mínimo resquício de avareza, rancor, mágoa, ira ou qualquer sentimento contrário a natureza de nosso Criador.
Deus em sua infinita sabedoria acolhe nossas súplicas através de seus Ministros, nossos Orixás e a eles determina o que pode ou não ser feito por nós nesse planeta. Se ao nos dirigirmos a esses, com o coração tomado de sentimentos inferiores, com certeza estaremos nos condenando a receber exatamente o contrário do que pedimos.
Nossos Orixás, verdadeiros Anjos Guardiães, se manifestam pela vontade de Deus e esse por sua vez, apenas nos permite receber o que merecemos. Assim sendo, nunca em hipótese alguma, nos concederão exatamente o que imaginamos, salvo se estivermos contritos na justiça Celestial e sem maldade alguma em nossas almas e nossos corações.
Devemos impor a nossos espíritos as vontades de Deus e não permitir que a terra ou as vontades da carne sobressaiam, até mesmo porque jamais essas se sobressairão acima das leis que regem o universo.
Se pedirmos justiça, por exemplo, temos que analisar nossas atitudes e vermos se não cometemos injustiça com nossos semelhantes, pois que serão julgados não somente as atitudes deles, mas também as nossas ações que as causaram.
Vivermos em conformidade com as leis de Deus é estarmos aptos a recebermos de seus Ministros, o que de melhor existir nesse mundo principalmente no tangente a paz. Tendo paz, com certeza teremos maiores condições de obtermos o que necessitamos.
Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi Odé Mutaloiá. Babalorixá, escritor e pesquisador.
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