Muitas vezes, reclamamos da falta de sinceridade de nossos filhos e clientes. Quem de nós nunca passou por uma situação constrangedora, devido a traição de um filho de santo ou mesmo pela falta de compreensão dele com nossas dificuldades?
Com certeza muitos de nós já passaram pelo desgosto, mas, aqui desejo me referir aos zeladores e zeladoras, no sentido de que temos a obrigação moral de agirmos com sinceridade com nossos filhos de santo, sermos seus amigos e dar-lhes amor e usar da verdade somente pra com eles e nossos clientes.
Tenho encontrado inúmeras queixas de filhos com relação a seus zeladores, no sentido de que os mesmos utilizam-se de mentiras e até mesmo calúnia contra eles. Será que é isso que nossos orixás esperam de nós? Posso garantir que não. Orixá e paz amor e verdade acima de tudo. Por que denegrirmos a imagem de nossos filhos de santo? Não vêm que toda mácula recai sobre nossas casas e nossos orixás?
Oras, se vivo, por exemplo, propagando aos quatro cantos do mundo que tenho um filho de santo usuário de drogas, que a outra trai seu esposo, que um outro está mistificando, essas máculas serão divididas entre o filho,a casa e até mesmo ao sacerdote, pois afinal perguntarão os demais: “que religião é essa onde o adultério a desonra são aceitáveis dessa forma”? E com isso o nome de nossos antepassados mais uma vez é enlameado e com nossa ajuda.
Penso que devemos agir com caráter e honradez para que possamos ser chamados de sacerdotes no sentido exato da palavra. Um sacerdote tem a obrigação de zelar pela moral e pelos bons costumes, e a prática da verdade incondicional, é a maior forma de zelarmos com os bons costumes tão admirados por todas as pessoas de bem.
Acabemos de vez com vícios que estão correndo nossa religião. Façamos dela, um orgulho para nós e para todos que a freqüentam e saibamos despertar o respeito das pessoas alheias, por sermos praticantes de uma religião onde se usa a verdade e a honradez como virtudes principais em qualquer seguimento.
Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi Lambanranguange: Odé Mutaloiá.
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