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quinta-feira, março 17, 2011

OYÁ OU YANSÃ

Orixá muito cultuada no Brasil tanto no Candomblé como na Umbanda. Muito aclamada em momentos de dor, de medo e até mesmo em momentos de angústia, pois sofreu por amor e se dedicou a seu amado como nunca outra mulher se dedicou ao esposo. Foi casada com Xangô e até hoje, é sua grande e verdadeira paixão.

Seu nome Oyá, se origina de um rio no antigo país de Kêto, hoje a Nigéria, o Rio Oyá, onde seu culto sempre foi realizado. Mas, como tudo se modifica, hoje esse rio se chama Rio Níger. Em sua terra natal, ela é associada às águas, mas, como tudo tem sua dualidade, ela também é associada com o ar, sendo a deidade africana que comanda os ventos.

É comum louvar-se Oyá antes de Xangô, como o vento que precede às tempestades, sendo essa uma das formas da divindade do fogo. Oyá está diretamente ligada ao culto dos mortos, pois segundo as lendas afros, recebeu de Orumilá, Deus, a incumbência de guiar os mesmos até um dos noves céus de acordo com suas atitudes aqui na Terra.

Para que pudesse levar a termo sua função, ela recebeu de um feiticeiro que lá existia cujo nome era Oxossi, um instrumento chamado de Eruexím, e com ele se protegia dos mortos conhecidos como eguns.

Para algumas lendas, o nome Yansã, significa: Yá = Mãe, Sã = Trovão, ou seja: Mãe do trovão, por se tratar da esposa de Xangô o Senhor do trovão. Já outros acreditam que seu nome foi um título que Xangô a concedeu, e que este faz alusão ao entardecer: A Mãe do Céu Rosado ou a Mãe do Entardecer. Ainda hoje nas casas de Candomblé é costume saudar Yansã nos momentos de tempestade pedindo a ela que interceda junto a Xangô pedindo misericórdia evitando assim que sejamos vítimas de sua fúria, e durante o trovão, costumamos colocar nossa mãos para cima e louvar Xangô com a cabeça no chão, pois para os antigos africanos, seria o trovão a voz de Xangô.

No Brasil ela é sincretizada com Santa Bárbara e tem sua festa em 04 de Dezembro no mesmo dia da Santa Católica. Esse sincretismo se dá pelo fato de ser Bárbara, a Santa defensora contra a fúria das tempestades.

Diz-se que nunca se deve maltratar um filho de Yansã, pois terá um inimigo até a morte, pois essa Yabá tomará raiva da pessoa que maltratou seu filho. Ela também é relacionada à justiça e costuma ser invocada em casos onde a mesma seja necessária.

Seu dia é Quarta feira.

Sua cor na Angola é o Vermelho translúcido e no Kêto, o marrom.

Sua comida preferida é o acarajé.

Seu sacrifício é cabra, galinhas, galinha de angola e pombo.

Sua saudação é: Eparrei Oyá. Yá Mensá Orúm.


Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi Odé Mutaloiá.