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quarta-feira, julho 26, 2006

ODÚ

ODÚ


A palavra odú em yorubá, significa destino. Todos nós temos nossos orixás, que são nossos anjos da guarda. Eles como sabemos são nossos ancestrais.

Os ancestrais deles, são nossos odús. Como tudo neste mundo, os odús também seguem uma regra: o positivo e o negativo. Muitas vezes vemos pessoas que por mais que realizem obrigações, rezem, supliquem, não conseguem alcançar as graças solicitadas. É aí que temos que entender de odú; pois seu problema pode estar aí, e neste caso a solução pode ser muito mais complicada do que pensamos.

Para que possamos entender melhor, temos aqui um exemplo do que vem a ser um odú: sabemos que existe o redemoinho, e que sua força é imensa. Mas também sabemos que no centro do redemoinho, a força é ainda maior. Pois bem: o orixá seria o redemoinho, e o odú o centro deste. Assim nossos orixás não conseguem nos tirar de dentro desta força, por mais que desejem. Ele, o orixá pode nos jogar dentro desta força, mas não consegue nos tirar de lá. E é aí que entram os ebós de odús. Porém é necessário um conhecimento bem alicerçado desta força e de seus ebós. Quando damos um ebó (limpeza) em alguém, estamos trocando a energia ruim que o cerca e habita pela boa. Mas quando se trata de odú a coisa é mais complicada.

Vejamos: se uma pessoa está com perseguição de egum ou mesmo de exú, damos um ebó nos caminhos de determinado santo para que seja retirada esta energia. Mas quando o odú da pessoa está negativo, temos que presenteá-lo para que se torne positivo, pois não conseguimos despachar o odú da pessoa, para isso ela teria que renascer. E como fazer isso? Jamais, pois a vida é um dom de Deus somente. É comum vermos zeladores dizerem que despacharam o odú da pessoa. Isso é um equívoco, o que fazemos, é despachar o negativo daquele odú. Afinal como despachar por exemplo, o anjo da guarda de alguém?

Não que o odú seja o anjo da guarda, mas como dissemos, ele é o ancestral de nossos anjos guardiões. Muitas vezes o odú que rege a pessoa, uma empresa, é negativo por excelência. Neste caso teremos que fazer ebós periódicos para manter a positividade dele, seja na pessoa ou em uma empresa. A única forma de sabermos quais os odús que regem uma pessoa, é através de sua cabala. Esta cabala, nada tem a ver com a cabala judaica, e sim, é uma cabala de orixá. Esta cabala, não pode ser feita sem um estudo aprofundado de cada odú, pois que temos 16 odús e por sua vez os Omo odús, e seus caminhos finais que ultrapassam os 2.000.

A complexidade é tão imensa, que é muito comum encontrarmos pessoas que têm os mesmos odús, mas seus problemas por mais que sejam iguais, diferem e muito nas obrigações que teremos que fazer, isso porque temos que levar em conta fatores como; a natureza de cada um, os caminhos de seus odús, e assim por diante, e isso sem constarmos com a qualidade de cada orixá e de seu juntó (segundo santo). Assim, por exemplo, uma pessoa pode ter os seguintes odús: 8,13,7,5,6, e mais duas outras pessoas terem os mesmos odús, porém uma é de por exemplo, Oxalá com yemanjá, a outra de omulú com Oyá, assim seus ebós já começam a diferenciar. Além é claro da natureza íntima de cada um, e dos problemas que vivem.

É recomendado que um zelador, antes de efetuar um ebó de odú esteja bem consciente do que está por fazer, pois se algo não for como solicitam os fatores acima citados, poderemos causar danos irreversíveis na vida da pessoa, ou nos caminhos de uma empresa.

Até mesmo um casamento pode acabar, ou mesmo um casal que se ama muito não conseguir viver em paz, isso pode estar relacionado com os odús. Outras vezes realizam-se obrigações para reunir um casal que foi separado e não se consegue o objetivo. Neste caso, logo se imagina que o zelador não sabe fazer a obrigação, mas nada disso se fundamenta. O que pode estar acontecendo, é que o odú de um, não aceita o outro e aí entram presentes para acabar com a guerra entre os odús e permitir assim que o casal se una novamente.

O odú é a vida por excelência, tanto de uma pessoa, como de uma empresa, e se não soubermos como agradá-lo, dificilmente conseguiremos o objetivo final, ou se conseguirmos, este objetivo não tem uma durabilidade.

Este é apenas mais um, dos inúmeros mistérios do mundo dos orixás

Sérgio Silveira,

Tatetú N’Inkisi Lambaranguange, Odé Mutaloiá

odemutaloia@hotmail.com


Tel: 0 (xx) 27 3282-1860





sábado, julho 01, 2006

OS DEZ MANDAMENTOS PARA UM BOM MÉDIUM:


1 – Disciplina,

2 – O serviço de Deus, está acima dos meus interesses,

3 – Policiar meus pensamentos para que não caiam em vibrações negativas,

4 – Policiar meus sentimentos para mantê-los sempre nas vibrações do amor, perdão, paciência e humildade,

5 – Combater em mim o orgulho e a vaidade. (Nada sou senão um instrumento para o uso do bem. Nada faço, é Deus quem faz através de mim. Ele me usa para seus fins).

6 – Procurar evitar nos dias de trabalho espiritual: alimentos que tornem meu corpo mais pesado. (Carnes e bebidas alcoólicas, por exemplo),

7- Chegar sempre pontual em meus compromissos espirituais,

8 – Usar roupas claras (de preferência brancas) e simples, nos momentos de trabalho espiritual. Lembrar sempre: meu corpo é um aparelho receptivo e transmissor de energia, precisa apenas estar limpo, não cheio de adornos,

9 – Ter como sagrado meus momentos de preces (uma hora marcada todos os dias, é a hora em que recebo o alimento que me dará forças para vencer as minhas fraquezas),

10 – Não perder as chances de fazer, sempre que aparecer a oportunidade. Nunca se achar impossibilitado de ajudar alguém, lembrando sempre que é Deus quem faz e não eu, assim para ele é sempre possível, mesmo que para mim não seja.


OBS: o médium é como um instrumento musical muito sensível a ser usado na grande orquestra do Pai em sintonia com a terra. É preciso, pois, que estejam estes instrumentos, bem cuidados e afinados, para que sejam utilizados por grandes mestres. Caso contrário, somente alunos principiantes, ou mesmo os maus alunos farão uso deste instrumento defeituoso.

Se desejarem ser bons médiuns, e que seus aparelhos sejam utilizados pelos grandes mestres espirituais, cuidem de seguir ao menos os ensinamentos básicos, para eu possam ser utilizados por eles na grande sinfonia do AMOR E DO BEM.