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O Abassá Lambanranguange,(Casa de Oxóssi) existe desde Dezembro de 1993,e está registrado na UNESCAP, União Espírita Capixaba. Seu sacerdote é o Sr. Sérgio Silveira, Tatetú N'Inkisi Lambanranguange, Odé Mutaloiá.
terça-feira, dezembro 30, 2008
YEMANJÁ OGUNTÉ
sábado, dezembro 27, 2008
XANGÔ O REI DE OYÓ
Dentro do Candomblé, Xangô é venerado como Rei do mundo, Senhor absoluto da terra. Para alguns seguimentos religiosos, ele, como tudo dentro do Candomblé e Umbanda, são apenas o imaginário popular, aquilo que apenas existiu e existe dentro do ilusionismo, nunca tendo existência. Crêem eles, que nossa religião é apenas uma ilusão, que nada nela se embasa em veracidade, porém estão enganados.
Pregam outras religiões, que, Candomblé é tão somente um culto demoníaco, que sacrificamos pessoas, principalmente crianças, que louvamos ao tal de satanás como nosso Deus. Outro engano. Acreditamos em um Deus único, que fez o mundo e tudo que nele existe. Nossos orixás não são demônios, mas sim, antepassados dos negros e toda raça humana, afinal sem os que viveram a milhares de anos atrás, não existiria a raça humana que conhecemos hoje, independente da cor ou nacionalidade.
As teses sobre Candomblé são fartas em todas as Universidades do Brasil, cada vez mais, universitários se embrenham nas pesquisas sobre nossa religião, e provam dia após dia, que Candomblé é tão somente uma religião como outra qualquer, apenas com o diferencial, de que, louvamos nossos antepassados como divindades, partes pequenas do IMENSO DIVINO E SUPREMACIA QUE É DEUS, NOSSO PAI.
Xangô assim como outros Orixás, existiu sim, foi o quinto Rei de uma cidade chamada Oyó, seu reinado se deu graças ao caráter manso e alegre de seu irmão consangüíneo, Dadá Ajaká, que mais tarde retornou a Oyó, depois da morte de seu irmão e reassumiu seu trono.
Para analisarmos sua existência, comecemos com a explicação de que existiu sim, seu reino, Oyó. Esse reino se deu início segundo alguns historiadores no período de
Outras pesquisas nos dão conta de que, Oyó era um grande Império Africano que aglomerava em seus domínios vários outros reinos. Lembremos que em tempos antigos, costumavam se dividir o que hoje são países, em pequenos reinos, e cada um tinha seu Rei e esse pagava tributo o Chefe Supremo de todos os Reinos, o Império.
Esse Império se propagou em 1400 sendo sua Capital, Oyó Ilê, também conhecida como Oyó antiga. E sua importância se deu graças ao comércio que fez dela uma importante localização socioeconômica da áfrica, além de possuir imensa cavalaria, o que proporcionava soberania ao Império de Oyó dentro do Continente Africano. Era ele o Estado Yorubá de maior importância política pelos idos do século XVII até o fim do século XVIII. Dominava vários outros Estados Reinos mais fracos, como também os de Fon do Daomé, que se localizava onde hoje é a atual República do Benin.
Segundo pesquisas de estudiosos, cientistas e historiadores, Dadá Ajaká era filho de Oranyan e irmão consangüíneo de Xangô, ele era o Alafin de Oyó, o grande Imperador.
Era um Rei que amava as crianças, a beleza e as artes. Pacifico de natureza, calmo. Porém essas não eram de forma alguma o perfil que se esperava para um Rei daquela época, um tempo em que as guerras eram constantes, pois a conquista e escravidão de povos eram comuns, um Rei tinha que ser o oposto do que era Dadá Ajaká. (O nome Dadá era dado pelos Yorúbas às crianças que tinham cabelos em tufos que se frisam separadamente).
Na época em que seu irmão reinava em Oyó, Xangô morava nas terras dos Tapás (Nupe) a qual era sua terra natal, e a terra natal de sua mãe, Torosí. Mais tarde Xangô juntamente com alguns de seus seguidores, teria se mudado para Oyó e foi residir em um bairro chamado por ele de Kossô, que era o mesmo nome da cidade na qual viveu, mantendo assim seu título: Obá Kossô.
Ao perceber a fraqueza de seu irmão, e sabendo que um país precisava de um Rei mais agressivo e destemido, e sendo ele astuto e com muita ânsia de poder, destronou seu irmão Ajaká transformando-se assim no quarto Alafin de Oyó. Dadá Ajaká é exilado sai de Oyó e vai reinar em uma cidade menor e de menos importância, Igboho, essa era vizinha de Oyó. Como tinha sido deposto de seu trono, não mais tinha o direito de usar a coroa real de Oyó.
Assim ele passou a usar uma coroa rodeada por vários fios ornados de búzios, (Adê) ao invés das contas preciosas usadas na Coroa Real de Oyó. Essa coroa escondia seu rosto e seus olhos envergonhados pela atitude de seu irmão, e por sua covardia que ajudou a ser usurpado seu trono. E fez um juramento, que só retiraria aquela coroa, quando pudesse novamente usar o Adê Real de Oyó que lhe fora roubado por Xangô. Esse adê que Dadá Ajaká passou a usar se chama adê de Baianni, pois Bayanni era o outro nome pelo qual Ajaká era conhecido em Oyó.
O tempo passa e Dadá Ajaká se casou e nesse casamento teve um filho ao qual deu o nome de Aganjú, esse então era sobrinho de Xangô.
O reinado de Xangô durou sete anos e, como o remorso das atrocidades por ele cometidas lhe corroía, somando-se a revolta do povo por causa de suas arbitrariedades, Xangô abandona Oyó e vai se refugiar na terra natal de sua mãe, Tapá. Depois de certo tempo vivendo nessa terra, Xangô suicida se enforcando em uma árvore chamada àyòn na cidade de Kossô.
Após a morte de seu irmão, Dadá Ajaká retorna a Oyó, e recupera seu trono, tirando assim como prometeu, seu adê Bayanni passando a usar novamente sua Coroa Real, tornando-se o quinto Alafin de Oyó.
DINASTIA DE OYÓ
A fundação de Oyó: segundo alguns historiadores, Oranyan teria fundado Oyó e foi seu primeiro Rei. Seu reinado se deu de
O segundo Alafin foi Okanbi que ali teria reinado de
O terceiro foi Dadá Ajaká que reinou de
O quarto foi Aganjú que reinou de
O quinto Alafin dessa linhagem foi Dadá Ajaká que reinou a partir de
Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi Lambanranguange: Odé Mutaloiá.
quinta-feira, dezembro 25, 2008
SINCERIDADE, AMIZADE, AMOR E HONRADEZ NÃO PODEM FALTAR EM UM ZELADOR
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quarta-feira, dezembro 24, 2008
FESTEJEMOS O NATAL, MAS COMUNGUEMOS COM NOSSOS ORIXÁS
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terça-feira, dezembro 16, 2008
SACRIFÍCIO NO CANDOMBLÉ
Com certeza utilizamos em alguns casos, o sacrifício animal sim. Porém, nem sempre se derrama egé (sangue) em uma pessoa ou ibá de santo. Dizermos que não utilizamos esse tipo de ritual, seria mentir descaradamente, mas daí as pessoas afirmarem que utilizamos sacrifícios humanos, a distância é imensa.
Algumas pessoas me escrevem, me abordam sobre esse tema, dizem que já ouviram falar nesse ritual no qual os zeladores sacrificam seres humanos, principalmente crianças. Pois bem: ao que me consta somos sacerdotes de uma religião na qual, Deus Olorum é o supremo criador do Universo, e os orixás, seus ministros.
Nunca soube de rituais com esse tipo de holocausto, soube sim, de carnificina provocada por outras religiões em nome de Deus (?).
O fato de usarmos sacrifício animal, é tão somente para trocarmos a vida daquela ave, ou mesmo de um quadrúpede, pela vida daquele ser humano que passa por algum problema sério, seja em sua vida financeira, profissional ou por sua saúde. Jamais, usaríamos seres humanos, pois assim estaríamos nos colocando contra as leis de Olorúm, Deus, que determina que a vida das pessoas é um bem seu, somente seu, pois que foi ele quem criou o céu, a terra e todo o universo.
Só que o sacrifício não é realizado de qualquer maneira nem por pessoas que não estejam devidamente preparadas para tal. Nem mesmo a todo instante derramamos sangue animal, pois uma de nossas leis diz que: “somente mataremos com a finalidade de nos alimentarmos e a nossos orixás.
O que existe na verdade, é uma propagação de mentiras sobre nossa religião, seja por pessoas de seguimento evangélico ou mesmo por pessoas que saíram de nossa fé, pois não encontraram que se vendesse a eles e assim lhes passassem nossos mistérios em troca de moeda. E essas pessoas acharam local de farta oportunidade para difamarem o Candomblé dentro das igrejas, pois assim, seus sacerdotes podem manter seus fiéis pelo medo, que somente os menos esclarecidos possuem.
Dentro de nossos preceitos, aprendemos a respeitar a vida até mesmo daqueles que são nossos inimigos, pois são também filhos de nosso Pai, Deus, Olorúm. Se assim aprendemos, como vamos sair por aí degolando pessoas, ou bebendo seu sangue?
Muito se fala em Candomblé, mas posso garantir que falam de forma equivocada, pois NUNCA tais rituais fizeram ou farão parte de nossas crenças.
Amamos a Deus, Olorúm, da mesma forma que os cristãos, e valorizamos a vida acima de tudo. O ritual de sangue animal, esse sim, existe, porém em locais, dias e horários apropriados, uma vez que ao derramarmos sangue de um animal, alimentamos nossos orixás de forma muito séria e temos que saber se aquele santo deseja o sacrifício animal, ou apenas o sacrifício de se arriar comidas secas para ele, ou seja: cereais, frutas, água e alguns outros elementos da natureza para que possa ele assim, interagir na vida do consulente.
Essas obrigações nas quais apenas arriamos as comidas secas, são muito mais constante do que as que utilizam sacrifício animal. Somos uma religião diferente sim, mas apenas no ponto de vista de encararmos a Natureza, Deus e seus Ministros, além de encararmos também de forma diferente a morte, uma vez que para nós, essa não existe, apenas é uma transformação que passamos para que possamos entrar no Reino de Olorúm; a Morada de Nossos Orixás.
Tenham certeza: povo de Candomblé, NUNCA FOI NEM NUNCA SERÁ ANTROPÓFAGO OU CANIBAL, amamos a Deus e a todas as suas criaturas da mesma forma, sem distinção de raça, cor, credo.
Sérgio Silveira, Tatetú N'Inkisi Lambanranguange: Odé Mutaloiá.
segunda-feira, dezembro 15, 2008
AS FORÇAS DO MAL EXISTEM SIM, ASSIM COMO AS DO BEM, NOS ACAUTELEMOS.
Se acreditamos ou não em inferno é uma coisa, mas, de uma podemos ter certeza, o mal existe sim, e temos que nos acautelar com o que falamos em nosso dia a dia, afinal a palavra ainda é a maior arma que temos, seja ela para o bem, para o mal e até mesmo para o nosso próprio mal, aliás, muito mais para nosso mal que para o dos outros.
Devemos nos ater a uma via regrada de pensamentos puros e limpos, lutar com todas as forças para mantermos longe de nós, os pensamentos impuros e insanos. Temos que nos lembrar de que o soldado vai pelo toque da corneta. Assim, se chamarmos pelas forças celestiais, elas virão, mas se chamarmos pelas trevas elas virão também.
O problema maior, é que as forças inferiores, é incontrolável, nunca temos sobre ela, um controle por menor que seja, e seu preço é altíssimo. Não me refiro aqui, a Exú, esse ser incompreendido, mas que tanto nos ajuda, me refiro às forças das trevas mesmo. Independente do nome que demos a ela, mas existe sim, e temos que nos afastarmos dela.
Nossos orixás primam pelo amor e compreensão dos assuntos de Deus. Sempre nos levam a buscar caminhos melhores em nossa vida a fim de podermos comungar com eles, o verdadeiro amor. Assim, se alguém nos incomoda a ponto de causar em nós, um sentimento de ódio, raiva ou qualquer outro, oremos, peçamos ajuda à Deus e a nossos Orixás, para que tenhamos esses sentimentos afastados de nós.
Um dia, ainda em minha adolescência, ouvi um ensinamento de meu saudoso pai, que jamais esqueço: “meu filho, a ciência do viver é uma: colhemos hoje o que plantamos ontem”. E se desejamos mal para outra pessoa, mesmo que saibamos que esta não nutre amor e afeição por nós, como querermos que nossos Orixás, nos provenham de paz, amor, felicidade e prosperidade? Estranho tal desejo.
Se desejamos sermos providos dessas e outras coisas boas, temos que primeiro dar as mesmas para as pessoas. Temos que perdoar se queremos ser perdoados, e posso garantir: é difícil demais perdoar. Mas se tentarmos, se nos esforçarmos, veremos que o perdão é fácil de ser dado. Basta que primeiro limpemos nossos corações das coisas malignas que muitas vezes deixamos morar dentro dele.
Um outro fator que temos que observar, é que essas forças maléficas, jamais entram em nossa vida, em nossa casa se não forem chamadas e autorizadas por nós mesmos. Se ao invés de chamarmos por nossos Orixás, Guias de luz, chamamos por espíritos imundos, eles entrarão sim, e ai de nós daquele momento em diante.
Sei que às vezes é difícil nos mantermos sem que percamos essa consciência, mas, temos sim que nos esforçarmos se quisermos manter distância de seres que apenas nos trarão problemas seriíssimos.
Assim queridos, mantenhamos nossos corações limpos e que nossa boca profira apenas orações, uma vez que cada palavra boa é uma oração, e imploremos a Deus que se digne a nos enviar bons fluidos para que possamos seguir nossa jornada sem maiores dificuldades.
Sérgio Silveira,
Tatetú N1Inkisi Odé Mutaloiá.
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