Ogum Matinata, quem é.
“Que cavaleiro é aquele, que vem
cavalgando pelo céu azul, é “seu” Ogum Matinata, ele vem defendendo, o Cruzeiro
do Sul”.
Assim começa o lindo ponto desta
entidade dentro da Umbanda Sagrada. Valoroso guerreiro, defensor dos pobres e
oprimidos, quando neste mundo, deu sua vida, em prol do Nome Sagrado de Deus e
de Nosso Senhor Jesus Cristo. Desde criança, foi preparado para a guerra,
aprendendo todos os ofícios da mesma e, a não temer nada nesse mundo, que não fosse
a Justiça de Deus.
Conta sua história que ele, e
Ogum Beira mar, viveram e lutaram juntos na Terra Santa, local onde também morreram,
defendendo o Nome de Deus todo Poderoso, dos bárbaros e dos infiéis. Isso faz
com que, algumas pessoas associem as duas entidades como uma só, afinal, deram
os dois, suas vidas à Deus, e prestaram valorosos serviços à humanidade,
morrendo em prol de uma graça, um sonho, que era o de a humanidade poder viver
em paz e com justiça.
Ogum Beira mar, o nome já diz,
vive à Beira Mar, sendo regido por Yemanjá, fazendo parte assim, da guarda
pessoal tanto de nossa mãe quanto de todos os que vivem no mar, sejam em
matéria como em espírito.
Já Matinata, vibra originalmente
na falange, de Ogum, São Jorge, não trazendo nenhum traço, nenhum cruzamento
com outras linhas, é o mais puro guerreiro, falangeiro do Orixá Ogum, que
caminha a favor da humanidade e defende os locais onde são feitas as oferendas
a nosso Pai Oxalá, Nosso Senhor Jesus Cristo. Também vive essa entidade, em
montes e colinas verdejantes, e podemos achar sua energia nos campos onde proliferam
a linda flor girassol.
Raramente podemos encontrar Sr.
Matinata incorporado em médiuns da Umbanda, isso por que sua incorporação é
mais complicada que os demais mensageiros do Orixá Ogum, pois os médiuns que
recebem essa entidade devem ser preparados de forma diferente para ele, o que
raramente encontramos em dias atuais.
Suas cores na Umbanda, são o
branco e o vermelho, com a predominância do branco, isso pelo fato de ser ele o
guardião dos campos de Oxalá, porém, não um mensageiro desse Orixá. Da mesma
forma que no Candomblé temos uma qualidade de Ogum que caminha com Oxalá, na
Umbanda temos Matinata que defende os locais por onde nosso Pai anda e recebe
suas oferendas.
Já em suas obrigações podemos
usar as cores, branca, vermelha, azul marinho, e em algumas situações o verde,
porém essa cor somente entra em raríssimas obrigações. Sempre que for o médium
oferecer a ele qualquer tipo de presente, deve, se puder entregar a mesma em
campos ou montes onde haja a predominância de flores que nos arremetam a essas
cores vibratórias. Temos que nos lembramos que, Ogum Matinata, viveu na Terra
Santa, defendendo o nome de Deus e da Santa Igreja Romana, e isso faz com que, não
receba suas oferendas em locais onde se sinta “preso” ou seja, em locais onde
esteja com telhado e paredes em sua volta.
Se observarmos a história,
veremos que esses guerreiros antigos, viviam suas vidas de forma itinerante e
assim sendo, não se prestavam a casas, muito raramente em conventos onde podiam
se redimir de seus erros com orações e jejuns. Assim sendo, Ogum Matinata, anda
pelo mundo com sua espada, sempre pronto a defender seus filhos de fé, e jamais
se dedica a uma causa que não haja justiça na mesma. Da mesma forma que no
Candomblé, Ogum é admirado por Oranyan, por ser guerreiro, mas justo e amante
da justiça de Olorúm, Ogum Matinata é amante da justiça de Deus e Oxalá e
jamais permite que seus médiuns se encaminhem para vielas onde possam praticar
atos que atentem contra seus semelhantes, e muito menos que vão contra os desígnios
de Deus Pai Onipotente.
Saravá o grande e valoroso Ogum Matinata