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segunda-feira, janeiro 22, 2007

HISTÓRIA DE SÃO SEBASTIÃO


Conhecido como Oxossi em alguns estados como o Rio de Janeiro e Espírito Santo, e como Xapanã, (qualidade de Omulú) nas casas de Batuque no Rio Grande do Sul. Na Umbanda, é patrono das falanges de Caboclo e estes nada fazem sem reverenciar este santo. Na Igreja Católica é protetor contra a peste a fome e a guerra.

Segundo pesquisas realizadas sobre sua vida, Sebastião teria nascido em Narvonne, França, nos idos do século III, e era ainda menino quando seus pais se mudaram para Milão, local em que ele foi educado e cresceu. Como sua mãe, Sebastião sempre foi piedoso e forte em sua fé, o Cristianismo.

Ao atingir a fase adulta, alistou-se como era de praxe no serviço militar, servindo nas legiões do Imperador Diocleciano. Este Imperador ignorava que ele era cristão. Sua figura imponente sua bravura e prudência, logo chamaram a atenção de Diocleciano que o nomeou Comandante de Sua Guarda Pessoal, o que Sebastião usou para se tornar um protetor e guardião de todos os cristãos encarcerados em Roma. Era com freqüência que os infelizes, vítimas do ódio pagão recebiam dele palavras de consolo, nas quais ele animava aos que iria em breve sofrer o martírio, mostrando-os que receberiam a glória no céu.

Assim seguia ele, confortando e amparando as vítimas da intolerância, enquanto o Imperador seguia sua perseguição, culminando por expulsar todos os cristãos de seu exército. E foi então nesta época que Sebastião foi denunciado por um soldado, Diocleciano sentiu-se traído imensamente, afinal era ele, o comandante de sua guarda pessoal. Mandou que prendessem imediatamente seu comandante e o trouxessem à sua presença. Mas tamanha foi sua perplexidade, quando ouviu da boca do próprio Sebastião a confissão de que era realmente cristão. Diocleciano então, tentou fazer com que ele abdicasse de sua fé, ao que ele com firmeza disse que não, e ainda mostrou vários motivos que o convenciam cada vez mais a seguir sua fé, usando-a para socorrer os aflitos e perseguidos.

Tomado de uma ira descomunal, Diocleciano ordenou aos soldados que o matassem a flechadas, ordem esta que foi cumprida imediatamente: os soldados o levaram para um descampado, tiraram-lhe toda a roupa, amararam-no em uma árvore e atiraram uma imensa quantidade de flechas (que posteriormente passaram a ser seu símbolo). Depois foram embora, deixando-o pr que morresse de tanto sangrar.

Mas como a providência Divina não falha, ao cair de noite, a mulher de um outro mártir chamado Castulo, foi com algumas amigas onde se deu a execução, a fim de retirar de lá seu corpo e conceder-lhe uma sepultura. Esta mulher chamava-se Irene. Ao se aproximarem de Sebastião, viram que ele ainda estava vivo, o que de forma alguma poderia ter acontecido, dado a quantidade de flechas que lhe foram atiradas, fazendo com que fosse impossível a qualquer ser humano sobreviver. Assim elas o tiraram da árvore, e Irene o escondeu em sua casa, cuidando para que suas feridas cicatrizasse. Após completamente recuperado daquele mortífero ataque, Sebastião rejeitou a idéia de se esconder, e deu continuidade ao seu processo de evangelização, terminando por se apresentar ao Imperador e até mesmo censurando as perseguições e injustiças praticadas por ele contra os cristãos.
Porém mesmo com todas as provas dos poderes que vinha dos céus, Diocleciano ignorou todos os pedidos de seu antigo comandante, e determinou que ele fosse morto com pauladas e golpes de bolas de chumbo. Se negava assim Diocleciano a reconhecer um poder maior que o seu: O Poder de Deus! Insatisfeito com a morte de Sebastião, o Imperador a fim de impedir que seus seguidores levassem seu corpo e o venerassem, mandou que o jogassem em um esgoto público de Roma.
Mas uma piedosa mulher chamada Luciana recolheu seu corpo e deu-lhe uma sepultura nas catacumbas. Estes fatos se passaram no decorrer do ano de 287. Muito depois, no ano de 680, seus restos (relíquias) foram transportados com solenidade para uma basílica construída pelo Imperador Constantino, onde se encontram até hoje. Uma terrível peste destruía Roma na época e desde o translado de seus restos mortais, ela simplesmente desapareceu.
Foto:São Sebastião, por Mantegna
Odé Mutaloiá
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