É comum vermos pessoas dizerem que amam seus orixás acima de qualquer coisa nessa terra. Mas, basta o primeiro sinal de problemas ou dificuldades e vemos toda essa fé se desmoronar, feito barranco em chuva. Outras; clientes em terreiros professam um amor e fé em nossos orixás e guias da Umbanda, mas, tão somente condicionados na resolução de problemas, e quando por motivo acima de suas forças, esse problema não é resolvido no tempo esperado, sua fé é jogada por terra.
Fé é antes de tudo resignação e conhecimento de que somente recebemos aquilo que merecemos, ou, que receberemos mas, no tempo certo. Nada nos será dado sem o consentimento de Deus nosso Eterno Pai.
Ao entrarmos nesse mundo maravilhoso que é o imenso universo espiritual, temos antes de tudo, de estarmos preparados para uma dedicação total. Nosso orixá não se doa pela metade a nós, e conseqüentemente não aceita que nos doemos pela metade para ele.
Se soubermos amar nosso Orixá, e nele termos a fé incondicional, pode até demorar um pouco para obtermos nossas solicitações, mas, com certeza as obteremos sim. Vale a pena lembrarmos que nosso tempo é diferente do tempo de Deus e de seus Ministros, nossos orixás. O que para nós levou meses e anos para acontecer, para eles na verdade se passaram algumas semanas e meses, e isso tão somente se dá por nossos merecimentos.
Comumente, vemos seus nomes serem lançados à lama, por dissidentes da doutrina, que por não verem um pedido atendido (ao menos em tempo hábil para suas mentes contaminadas pelo egoísmo), derrubam sua fé por terra e ocupam-se em deteriorar essa maravilhosa doutrina que tão somente prega amor, caridade e perdão a nossos irmãos.
Termos fé, é sabermos aceitar com resignação as provas que escolhemos antes de encarnarmos nesse planeta, e também aquelas que nos for imposta pela vida. É termos sabedoria para separarmos o joio do trigo, como nos ensinou nosso Amado Mestre, Jesus de Nazaré.
Aceitarmos nossas provações é resignarmos que nem tudo poderá nos ser concedido, afinal, somos humanos e como tais, falhos e cheios de medos e erros. Claro que podemos lutar para alcançarmos uma vida melhor aqui na terra, porém, temos que nos vigiarmos constantemente para que nosso anseio, não deteriore a missão de nosso espírito.
Da mesma forma que comemos o pão que alimenta nosso corpo físico, devemos comer a fé e o amor em nossos orixás, pois que estes são o pão que alimenta nosso corpo espiritual.
Assim meus irmãos, amemos nossos orixás e tenhamos fé incondicionais que eles, dentro das leis Divinas que regem o Universo, virão em nosso socorro, e providenciarão para que tenhamos (dentro de nossos merecimentos), uma vida de mais paz e tranqüilidade neste planeta.
Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi Lambanranguange: Odé Mutaloiá. Babalorixá, escritor e pesquisador.
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