Há muito que viemos prevendo que em pouco tempo, os fiéis de igrejas evangélicas, e até mesmo de outros seguimentos religiosos, invadiriam nossos templos e os depredariam totalmente. Pois bem, aconteceu. Sim, e o fato foi segunda feira, dia 02 de Junho do corrente ano, no Catete, Rio de Janeiro. Reportagem está no G1.
Isso nos repudia, mas também, mostra a necessidade de nos unimos em prol de uma causa única: nossa fé. Em tempos remotos, muitos foram queimados em fogueiras, por não seguirem a religião oficial dos Reis e dos Senhores Feudais e donos de escravos, e isso dado somente ao fanatismo.
Quem de nós, umbandistas ou candomblezistas, nunca foi agredido de uma forma direta até mesmo na rua? Basta olharmos os discursos dos ditos “pastores”, e assim me pronuncio, pois a palavra pastor sugere alguém que guia seu rebanho para o bem e não para ato bárbaros, que veremos tal situação. Xingam-nos, nos caluniam, nos difamam, e simplesmente cruzamos os braços e nos calamos diante de tanto preconceito.
Ontem invadiram um templo, amanhã invadem outro, e no futuro próximo? Será que não voltarão a nos queimar em praças públicas?
Não condeno as igrejas em soberania por tal ato, mas busco tão somente o direito a uma vida sem esse fanatismo e acesso de loucura, pois ferem nossos direitos constitucionais. Será que esses membros dessas igrejas, nunca ouviram falar em Deus? Ou será que seguem o mesmo ensinamento obsoleto de que Deus é vingança e quem não seguir os ensinamentos de uma determinada religião, tem que ser atacado e morto? Deus é amor e não violência queridos!
Essa atitude mostra o verdadeiro estado de selvageria em que vivemos, e o que realmente se tem visto em muitas igrejas: o fanatismo ser professado como amor e adoração a Deus.
Agora fica a pergunta: e os danos irreparáveis na moral, que sofreram essas pessoas? Esse, por mais que a justiça puna os culpados, ficará para sempre com esses irmãos. Temos que agir imediatamente e cobrarmos da justiça ações rápidas a fim de impedir que tais atos aconteçam novamente, enquanto coisas piores ainda não aconteceram.
Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi, Odé Mutaloiá.
Babalorixá, escritor e pesquisador.
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