Grandiosa Orixá, guerreira e caçadora, foi uma das esposas de Xangô, é semelhante à Oyá em alguns aspectos. É a ninfa do Rio Obá na Nigéria.
Como uma das esposas de Xangô, Obá sofria com sua predileção por Oxum, vaidosa, linda de corpo, e sempre estava em sua companhia por onde quer que esse fosse. Obá sentia-se muito triste, pois achava que devido a sua forma, era um tanto obesa, Xangô preferia mais Oxum, e assim sendo Obá sofria dia após dia, pois amava incomensuravelmente seu marido, mas esse sempre a desprezava. Não enxergava ele, que grande guerreira e dedicada esposa tinha n’ela.
Certo dia, Obá ao ver que Oxum se encontrava sozinha, perguntou a ela o que a mesma fazia para que o esposo sempre a procurasse, sempre desejasse estar a seu lado, enquanto que ela, Obá, sofria pelo desprezo que lhe dispensava seu amado esposo. Também disse que sentia vontade de dar um filho a Xangô, mas esse não a procurava para nada, e quando ela dele se aproximava, era repudiada de todas as formas possíveis. Então, perguntou a Oxum o que ela fazia, pois também faria ela Obá, não importando o que fosse para que pudesse ser ao menos um pouco amada pelo marido.
Oxum, muito faceira, se mostrou consternada com o sofrimento de Obá e passou a lhe ensinar o que fazia para manter Xangô sempre apaixonado, mas, não sabia Obá, a armadilha que Oxum lhe preparava. Assim sendo, aproveitando-se de que estava com um pano marrado na cabeça e que esse cobria sua orelhas, Oxum disse a Obá:
“Não está vendo esse pano amarrado em minha cabeça e rodeando todo meu rosto? Então; cada vez que minha orelha cresce, eu a corto e faço uma sopa para Xangô e assim sendo, ele se mantém apaixonado por mim”!
Obá, que já não cabia mais em si de amor pelo marido e sofrendo terrivelmente com o desprezo do mesmo, não pensou duas vezes, disse a Oxum que ela queria preparar a comida de seu esposo naquele dia e Oxum prontamente cedeu, pois fazia parte de seu plano, e Obá então não titubeou e decepando sua orelha esquerda, preparou um ensopado para seu esposo.
Mas, ao ver a comida que lhe trazia sua mulher, ele tomou nojo dela, pois a orelha significava para algumas tribos, a representação do órgão genital feminino, e assim sendo Xangô, culminou por expulsar Obá de seu reino, amaldiçoando-a e a proibindo de pisar naquelas terras para sempre.
E assim saiu Obá, desiludida e chorando copiosamente, pois que havia sido vítima de uma armadilha de sua rival Oxum e culminara por receber total repúdio do esposo que tanto amava. Não sabia ela que na verdade, Oxum fez aquilo, pois mesmo sendo mais bonita que Obá, sentia inveja da mesma e temia que Xangô culminasse por preferir Obá, mas, também Oxum não imaginava que Xangô não queria Obá, por ser ela, mais baixa e gorda, e ele, preferia a vaidade a qualquer outra coisa.
Assim sendo, ia Obá caminhando em prantos, quando se deparou com Oyá e essa perguntou-lhe por que das lágrimas, e Obá a colocou a par da situação e da vergonha que passara. Oyá se revoltou com tamanha injustiça e imediatamente arquitetou um plano para que Obá pudesse se sentir vingada:
Como sabia o caminho que Oxum percorria todos os dias para ir até o rio se banhar, ela, Yansã, pegou uma abóbora e a cozinhou de forma que ficasse pronta pouco antes de Oxum passar, feito isso, a abóbora bem cozida e ainda fervendo, Oyá cavou um buraco e ali colocou a abóbora e apenas camuflou com um pouco de folhas para que Oxum não se percebesse. E assim quando Oxum pisou, enfiou o pé naquele buraco e queimou-o profundamente.
Assim, sentindo-se vingada, Obá recomeçou sua caminhada, agradecida a Yansã pela ajuda, e seguiu em frente, e foi adentrando pela mata, até que em determinado momento, não sabia mais como sair daquele lugar. E assim passaram-se dias e ela sem poder sair daquela mata e a fome a castigava terrivelmente.
Certo dia, Odé, o Grande Caçador, aquele que caçava para alimentar todas as tribos da África, a encontrou, e reconhecendo-a e vendo que ela chorava, perguntou o que lhe acontecia.
Ela prontamente lhe contou o que lhe fizera Oxum, do repúdio que sofrera de seu marido Xangô, e de como Oyá a ajudara a se vingar. Porém, Odé notou seu semblante carregado e com traços estranhos e entendeu o que se passava, e perguntou Obá se ela tinha se alimentado, ela disse que não e que a fome a castigava também, assim Odé a alimentou, e antes de partir, disse a ela que deixaria ali, um arco e flechas para que ela pudesse caçar e não mais sentir fome.
Obá agradeceu a Oxossi, mas disse a ele que infelizmente não sabia caçar e assim sendo, não podia aceitar seu presente, pois que nada poderia fazer. Odé compadecido com toda aquela situação, imediatamente se ofereceu para ensiná-la a caçar e assim o fez. Ensinou Obá a caçar e ela nunca mais passou fome.
Hoje em dia, nas casas de candomblé, ela quando dança, imita os gestos de uma guerra, pois que é guerreira, usa adaga e escudo, e tampa o local da orelha decepada, como a sentir vergonha do ato de amor por seu marido, em determinado momento, ela assume sua forma de caçadora e dança imitando os movimentos da caça, aprendidos com Odé, e ao brandir seu Ofá, (arco e flechas), traz a fartura para aquela casa e para todos que a prestigiam.
Seu dia de culto é a Quarta-Feira.
Seus animais de sacrifício são: cabra, galinhas, galinha da angola, pata, e pombos.
Sua comidas são: Acarajé, amalá, feijão fradinho, ebô, acaçá, arroz.
Saudação: Obá Xirê.
Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.
odemutaloia@hotmail.com
Como uma das esposas de Xangô, Obá sofria com sua predileção por Oxum, vaidosa, linda de corpo, e sempre estava em sua companhia por onde quer que esse fosse. Obá sentia-se muito triste, pois achava que devido a sua forma, era um tanto obesa, Xangô preferia mais Oxum, e assim sendo Obá sofria dia após dia, pois amava incomensuravelmente seu marido, mas esse sempre a desprezava. Não enxergava ele, que grande guerreira e dedicada esposa tinha n’ela.
Certo dia, Obá ao ver que Oxum se encontrava sozinha, perguntou a ela o que a mesma fazia para que o esposo sempre a procurasse, sempre desejasse estar a seu lado, enquanto que ela, Obá, sofria pelo desprezo que lhe dispensava seu amado esposo. Também disse que sentia vontade de dar um filho a Xangô, mas esse não a procurava para nada, e quando ela dele se aproximava, era repudiada de todas as formas possíveis. Então, perguntou a Oxum o que ela fazia, pois também faria ela Obá, não importando o que fosse para que pudesse ser ao menos um pouco amada pelo marido.
Oxum, muito faceira, se mostrou consternada com o sofrimento de Obá e passou a lhe ensinar o que fazia para manter Xangô sempre apaixonado, mas, não sabia Obá, a armadilha que Oxum lhe preparava. Assim sendo, aproveitando-se de que estava com um pano marrado na cabeça e que esse cobria sua orelhas, Oxum disse a Obá:
“Não está vendo esse pano amarrado em minha cabeça e rodeando todo meu rosto? Então; cada vez que minha orelha cresce, eu a corto e faço uma sopa para Xangô e assim sendo, ele se mantém apaixonado por mim”!
Obá, que já não cabia mais em si de amor pelo marido e sofrendo terrivelmente com o desprezo do mesmo, não pensou duas vezes, disse a Oxum que ela queria preparar a comida de seu esposo naquele dia e Oxum prontamente cedeu, pois fazia parte de seu plano, e Obá então não titubeou e decepando sua orelha esquerda, preparou um ensopado para seu esposo.
Mas, ao ver a comida que lhe trazia sua mulher, ele tomou nojo dela, pois a orelha significava para algumas tribos, a representação do órgão genital feminino, e assim sendo Xangô, culminou por expulsar Obá de seu reino, amaldiçoando-a e a proibindo de pisar naquelas terras para sempre.
E assim saiu Obá, desiludida e chorando copiosamente, pois que havia sido vítima de uma armadilha de sua rival Oxum e culminara por receber total repúdio do esposo que tanto amava. Não sabia ela que na verdade, Oxum fez aquilo, pois mesmo sendo mais bonita que Obá, sentia inveja da mesma e temia que Xangô culminasse por preferir Obá, mas, também Oxum não imaginava que Xangô não queria Obá, por ser ela, mais baixa e gorda, e ele, preferia a vaidade a qualquer outra coisa.
Assim sendo, ia Obá caminhando em prantos, quando se deparou com Oyá e essa perguntou-lhe por que das lágrimas, e Obá a colocou a par da situação e da vergonha que passara. Oyá se revoltou com tamanha injustiça e imediatamente arquitetou um plano para que Obá pudesse se sentir vingada:
Como sabia o caminho que Oxum percorria todos os dias para ir até o rio se banhar, ela, Yansã, pegou uma abóbora e a cozinhou de forma que ficasse pronta pouco antes de Oxum passar, feito isso, a abóbora bem cozida e ainda fervendo, Oyá cavou um buraco e ali colocou a abóbora e apenas camuflou com um pouco de folhas para que Oxum não se percebesse. E assim quando Oxum pisou, enfiou o pé naquele buraco e queimou-o profundamente.
Assim, sentindo-se vingada, Obá recomeçou sua caminhada, agradecida a Yansã pela ajuda, e seguiu em frente, e foi adentrando pela mata, até que em determinado momento, não sabia mais como sair daquele lugar. E assim passaram-se dias e ela sem poder sair daquela mata e a fome a castigava terrivelmente.
Certo dia, Odé, o Grande Caçador, aquele que caçava para alimentar todas as tribos da África, a encontrou, e reconhecendo-a e vendo que ela chorava, perguntou o que lhe acontecia.
Ela prontamente lhe contou o que lhe fizera Oxum, do repúdio que sofrera de seu marido Xangô, e de como Oyá a ajudara a se vingar. Porém, Odé notou seu semblante carregado e com traços estranhos e entendeu o que se passava, e perguntou Obá se ela tinha se alimentado, ela disse que não e que a fome a castigava também, assim Odé a alimentou, e antes de partir, disse a ela que deixaria ali, um arco e flechas para que ela pudesse caçar e não mais sentir fome.
Obá agradeceu a Oxossi, mas disse a ele que infelizmente não sabia caçar e assim sendo, não podia aceitar seu presente, pois que nada poderia fazer. Odé compadecido com toda aquela situação, imediatamente se ofereceu para ensiná-la a caçar e assim o fez. Ensinou Obá a caçar e ela nunca mais passou fome.
Hoje em dia, nas casas de candomblé, ela quando dança, imita os gestos de uma guerra, pois que é guerreira, usa adaga e escudo, e tampa o local da orelha decepada, como a sentir vergonha do ato de amor por seu marido, em determinado momento, ela assume sua forma de caçadora e dança imitando os movimentos da caça, aprendidos com Odé, e ao brandir seu Ofá, (arco e flechas), traz a fartura para aquela casa e para todos que a prestigiam.
Seu dia de culto é a Quarta-Feira.
Seus animais de sacrifício são: cabra, galinhas, galinha da angola, pata, e pombos.
Sua comidas são: Acarajé, amalá, feijão fradinho, ebô, acaçá, arroz.
Saudação: Obá Xirê.
Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.
odemutaloia@hotmail.com