Em primeiro lugar temos que nos lembrar de que Ogum Xoroquê existe aqui no Brasil, na África ele era conhecido como Xoroquê ou, mais precisamente Exú Xoroquê, ele era o guardião das porteiras de Gêge. Mais tarde teria sido roubado por outras tribos. Uns dizem os Yorúbas outros dizem que os Bantos o roubaram, mas o certo mesmo é que ele foi roubado.
Cultuamos Xoroquê como uma dualidade. Metade exú metade ogum. Sempre que fazemos algo para ele, temos que ter em mente que essas duas entidades distintas fundem-se em um só quando realizados os seus atos.
Ao lidarmos com essa entidade toda precaução é pouca, uma vez que ele sempre está pronto para ajudar, mas, não conhece a palavra perdão. Dono do ouro e da magia é constantemente chamado para abrir caminhos, algumas pessoas despreparadas insistem em chamar esse Orixá para ajudar na solução de problemas variados, desde a abertura de caminhos até mesmo nas questões financeiras e amorosas. Mas, se por ventura não alcançam seus objetivos, se enfurecem e alguns até mesmo blasfemam.
O que acontece é que Xoroquê assim como os demais Orixás, não atende pessoas que não sejam devidamente preparadas para a realização de seus atos ritualísticos secretos.
Na realidade Xoroquê sempre atende os pedidos a ele feitos com fé e amor, desde que seja o consulente orientado por um zelador devidamente preparado, mas, a pessoa que a ele se dirige deve tomar alguns cuidados como, por exemplo, dar a ele tudo o que for prometido, pois uma vez com Raiva da pessoa, ele pode tirar tudo que deu.
Se bem tratado, se respeitado e amado com veemência, dará muito mais do que a pessoa pediu e claro, que esteja em seu merecimento receber. Seus iniciados quando praticam qualquer ato contrario às determinações dele, são cobrados de forma severa, e, essa cobrança pode ser de três, sete ou vinte e um anos, dependendo do erro.
Para alguns zeladores, ele é um Ogum muito briguento e feroz, e quando bravo se transforma em um Exú. Tem por hábito pegar as quizilas e problemas de seus filhos e adeptos para ele mesmo. Seu nome em Yorúba significa: Xoro = Cortar, Ké = feroz. Assim sendo, Xoroquê, se traduz como: aquele que corta ferozmente. Apenas pela tradução de seu nome podemos ver que se trata de uma entidade totalmente sem controle algum de nossa parte e assim sendo precisamos tratá-lo com muito zelo.
Grande guardião das forças espaciais, daquelas que habitam as esferas altas, Xoroquê tem assim livre passagem entre o mundo dos vivos e o mundo dos Orixás, encantados e dos mortos.
Uma ambiguidade que sempre está disposta a ajudar a nós seres humanos, com seus conhecimentos e com sua magia. Senhor absoluto das magias viaja através do tempo ajudando as pessoas que a ele recorrem.
Xoroquê então é na verdade nosso amigo, pronto a nos ajudar sem medir esforços, basta que saibamos como lidar com ele, como invocarmos sua força e com certeza ele virá em nosso socorro.
Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.
odemutaloia@hotmail.com
Cultuamos Xoroquê como uma dualidade. Metade exú metade ogum. Sempre que fazemos algo para ele, temos que ter em mente que essas duas entidades distintas fundem-se em um só quando realizados os seus atos.
Ao lidarmos com essa entidade toda precaução é pouca, uma vez que ele sempre está pronto para ajudar, mas, não conhece a palavra perdão. Dono do ouro e da magia é constantemente chamado para abrir caminhos, algumas pessoas despreparadas insistem em chamar esse Orixá para ajudar na solução de problemas variados, desde a abertura de caminhos até mesmo nas questões financeiras e amorosas. Mas, se por ventura não alcançam seus objetivos, se enfurecem e alguns até mesmo blasfemam.
O que acontece é que Xoroquê assim como os demais Orixás, não atende pessoas que não sejam devidamente preparadas para a realização de seus atos ritualísticos secretos.
Na realidade Xoroquê sempre atende os pedidos a ele feitos com fé e amor, desde que seja o consulente orientado por um zelador devidamente preparado, mas, a pessoa que a ele se dirige deve tomar alguns cuidados como, por exemplo, dar a ele tudo o que for prometido, pois uma vez com Raiva da pessoa, ele pode tirar tudo que deu.
Se bem tratado, se respeitado e amado com veemência, dará muito mais do que a pessoa pediu e claro, que esteja em seu merecimento receber. Seus iniciados quando praticam qualquer ato contrario às determinações dele, são cobrados de forma severa, e, essa cobrança pode ser de três, sete ou vinte e um anos, dependendo do erro.
Para alguns zeladores, ele é um Ogum muito briguento e feroz, e quando bravo se transforma em um Exú. Tem por hábito pegar as quizilas e problemas de seus filhos e adeptos para ele mesmo. Seu nome em Yorúba significa: Xoro = Cortar, Ké = feroz. Assim sendo, Xoroquê, se traduz como: aquele que corta ferozmente. Apenas pela tradução de seu nome podemos ver que se trata de uma entidade totalmente sem controle algum de nossa parte e assim sendo precisamos tratá-lo com muito zelo.
Grande guardião das forças espaciais, daquelas que habitam as esferas altas, Xoroquê tem assim livre passagem entre o mundo dos vivos e o mundo dos Orixás, encantados e dos mortos.
Uma ambiguidade que sempre está disposta a ajudar a nós seres humanos, com seus conhecimentos e com sua magia. Senhor absoluto das magias viaja através do tempo ajudando as pessoas que a ele recorrem.
Xoroquê então é na verdade nosso amigo, pronto a nos ajudar sem medir esforços, basta que saibamos como lidar com ele, como invocarmos sua força e com certeza ele virá em nosso socorro.
Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.
odemutaloia@hotmail.com
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