Muitos pensam que a palavra Candomblé é de origem Yorubá, dialeto falado nas casas de Kêto, mas na verdade, essa palavra é de origem Bantu, língua usada nas casas Angola. Quando os negros aqui chegaram, trouxeram seu culto, suas divindades, suas origens natais e, passaram a cultuar tudo em solo brasileiro.
Esses povos quando aqui chegaram, foram submetidos como sabemos, a todo tipo de degradação e humilhação que as mentes doentias da época julgavam certas. Assim, com sua condição humilhante, eles passaram a se conhecer melhor, trocaram idéias e conhecimentos, assimilaram um, os conhecimentos do outro, e isto sem contar com as crenças indígenas, que eles de forma alguma desacreditaram.
Essas formas poderiam até serem diferentes, das suas, poderiam eles acharem-na não condizente com seu culto, mas, como negar essas divindades que aqui já viviam antes de sua chegada? Então eles os africanos, no meio desta troca de seus conhecimentos tribais, nacionais, foram introduzindo "pequenas" oferendas às divindades indígenas e assim foi se formando ao longo dos anos o CANDOMBLÉ que conhecemos hoje.
Segundo acreditam muitos, foi assim que surgiu o culto aos caboclos dentro de candomblé, sendo conhecidos como: mensageiros dos orixás. Hoje em dia é comum vermos esses caboclos manifestados em festas próprias, entoando suas cantigas e ajudando a quem, precise.
A palavra CANDOMBLÉ, assim se traduz no Brasil: Instrumento de percussão e/ou lugar de danças de negros e, por extensão, lugar de terra batida por pés ou ainda terreiro, onde praticavam seus cultos religiosos.
Logo podemos associá-la também como festa, dado a tradução “Lugar de dança dos negros”, pois assim como na África, o toque dos atabaques, revelam o momento de homenagearmos nossos ancestrais, momento em que dançamos em sua honra, a exemplo, do que faziam muitos povos antigos que honravam seus antepassados, com bebida, comida e dança.
Como os terreiros, ou seja, o quintal, o espaço aberto, o pátio, deixaram de existir, foram se construindo os barracões e a palavra Candomblé ficou como nomenclatura dessa religião traga pelos africanos e tão amada por tantos brasileiros.
Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.
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