Tenho observado
que algumas pessoas na hora de entregarem suas oferendas, não se dedicam muito
nas orações e pedidos. Tomam seus ebós, banhos, e na hora de entregarem uma
oferenda nos pés de um Santo ou mesmo acenderem uma vela para seu Anjo da
Guarda, para a consagração dos trabalhos, levam cerca de um minuto. Outros até
menos.
Outros nem
mesmo se dão ao trabalho de rezarem. Mal terminamos de arriar a oferenda dizem
estar tudo certo, viram as costas e saem como se nada tivesse sido feito.
Uma pena que
agem assim, pois que, perdem uma oportunidade ímpar de estarem em contato com
forças Divinas que ali estão prontas para ouvirem seus clamores e os levarem
aos pés de Nosso Senhor. Neste momento, deve a pessoa, esquecer-se de tudo que
for relativo ao mundo, e somente se ater ao que está sendo feito, porque quanto
mais rezar e conversar com a Entidade a qual se destina a obrigação ou com seu
Anjo a Guarda, maior as chances de obter resultado.
Ocorre que
quando nos dirigimos a um Orixá, Entidade de Umbanda ou mesmo a nosso Anjo
Guardião, devemos conversar mentalmente com ele, da mesma forma que conversamos
com uma pessoa, explicando tudo que se passa conosco e solicitando sua ajuda na
solução daquele problema que nos aflige.
Se soubermos as
rezas tudo bem, mas, se não souber as rezas no dialeto dos Orixás, podemos
perfeitamente rezar para eles de nosso jeito mesmo, pois que, já vi pessoas
rezarem Pai Nosso e Ave Maria nos pés de Orixá e ser atendido da mesma forma.
Isso porque, a pessoa não tinha conhecimento das rezas que praticamos, mas,
tinha humildade de sobra em seu coração e esta é a maior oferenda que podemos
dar aos Orixás.
Não adianta,
pois, acendermos uma vela, rezarmos na velocidade de um carro de corrida,
virarmos as costas e sairmos. Porque até para sair de perto de uma oferenda
existe a forma correta e esta varia de Orixá para Orixá, de Entidade para
Entidade, e compete ao zelador, orientar a pessoa.
Mas, é de suma
importância, que a pessoa se mostre com vontade de fazer o trabalho dentro do
ritual, porque, se mal o zelador, acende a vela a pessoa já mostra desejo de ir
embora, o que pode o zelador fazer?
O consulente
tem que entender que está em um momento único, e esta chance não mais voltará,
assim sendo, deve aproveitar cada segundo para meditar, entrando em sintonia
com a energia que ali está vibrando, para que possa receber o que deseja.
Não tenha
pressa ao ir realizar uma obrigação. Vá em um momento que tenha disponível
somente para aquilo. Não vá com celular ligado, ou outro aparelho eletrônico.
Desligue-se do mundo, pois, a espiritualidade está ali para lhe atender. Então
faça por merecer. Dedique aquele tempo somente para eles e verá como as coisas
fluem de outra forma.
Obrigação feita
com pressa, sem tempo para se concentrar, já perde muito de seu efeito.
Lembre-se de que, você precisa do Orixá e não ele de você. Seja fiel ao que lhe
for dito e cumpra seu preceito.
Dedique seu
tempo ali à orações, meditações, entregue-se de corpo e alma. Sinta a energia
que fui de todas as comidas, velas, incensos etc., deixe que essa energia
penetre seu corpo, seu espírito e que não apenas passe por você.
Se for preciso
descansar um pouco nos pés do Santo, faça com amor e carinho. Esqueça-se de
tudo lá de fora. Concentre-se apenas nele e no que foi buscar. Porque não
depende somente do zelador a resposta da obrigação, mas sim de você. Posso lhes
dizer que na verdade, apenas 30% depende do zelador, o restante está nas mãos
da pessoa.
Então, valorize
seu tempo e seu dinheiro. Entregue-se àquela obrigação e sinta a vibração
presente, e, com certeza, verá o resultado mais rápido e mais duradouro.
Sérgio
Silveira, Tatetú N’Inkisi, Odé Mutaloiá.
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