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segunda-feira, janeiro 07, 2013

A IMPORTÂNCIA DA CONCENTRAÇÃO E DA FIRMEZA



Tenho observado que algumas pessoas na hora de entregarem suas oferendas, não se dedicam muito nas orações e pedidos. Tomam seus ebós, banhos, e na hora de entregarem uma oferenda nos pés de um Santo ou mesmo acenderem uma vela para seu Anjo da Guarda, para a consagração dos trabalhos, levam cerca de um minuto. Outros até menos.

Outros nem mesmo se dão ao trabalho de rezarem. Mal terminamos de arriar a oferenda dizem estar tudo certo, viram as costas e saem como se nada tivesse sido feito.

Uma pena que agem assim, pois que, perdem uma oportunidade ímpar de estarem em contato com forças Divinas que ali estão prontas para ouvirem seus clamores e os levarem aos pés de Nosso Senhor. Neste momento, deve a pessoa, esquecer-se de tudo que for relativo ao mundo, e somente se ater ao que está sendo feito, porque quanto mais rezar e conversar com a Entidade a qual se destina a obrigação ou com seu Anjo a Guarda, maior as chances de obter resultado.

Ocorre que quando nos dirigimos a um Orixá, Entidade de Umbanda ou mesmo a nosso Anjo Guardião, devemos conversar mentalmente com ele, da mesma forma que conversamos com uma pessoa, explicando tudo que se passa conosco e solicitando sua ajuda na solução daquele problema que nos aflige.

Se soubermos as rezas tudo bem, mas, se não souber as rezas no dialeto dos Orixás, podemos perfeitamente rezar para eles de nosso jeito mesmo, pois que, já vi pessoas rezarem Pai Nosso e Ave Maria nos pés de Orixá e ser atendido da mesma forma. Isso porque, a pessoa não tinha conhecimento das rezas que praticamos, mas, tinha humildade de sobra em seu coração e esta é a maior oferenda que podemos dar aos Orixás.

Não adianta, pois, acendermos uma vela, rezarmos na velocidade de um carro de corrida, virarmos as costas e sairmos. Porque até para sair de perto de uma oferenda existe a forma correta e esta varia de Orixá para Orixá, de Entidade para Entidade, e compete ao zelador, orientar a pessoa.

Mas, é de suma importância, que a pessoa se mostre com vontade de fazer o trabalho dentro do ritual, porque, se mal o zelador, acende a vela a pessoa já mostra desejo de ir embora, o que pode o zelador fazer?

O consulente tem que entender que está em um momento único, e esta chance não mais voltará, assim sendo, deve aproveitar cada segundo para meditar, entrando em sintonia com a energia que ali está vibrando, para que possa receber o que deseja.

Não tenha pressa ao ir realizar uma obrigação. Vá em um momento que tenha disponível somente para aquilo. Não vá com celular ligado, ou outro aparelho eletrônico. Desligue-se do mundo, pois, a espiritualidade está ali para lhe atender. Então faça por merecer. Dedique aquele tempo somente para eles e verá como as coisas fluem de outra forma.

Obrigação feita com pressa, sem tempo para se concentrar, já perde muito de seu efeito. Lembre-se de que, você precisa do Orixá e não ele de você. Seja fiel ao que lhe for dito e cumpra seu preceito.

Dedique seu tempo ali à orações, meditações, entregue-se de corpo e alma. Sinta a energia que fui de todas as comidas, velas, incensos etc., deixe que essa energia penetre seu corpo, seu espírito e que não apenas passe por você.

Se for preciso descansar um pouco nos pés do Santo, faça com amor e carinho. Esqueça-se de tudo lá de fora. Concentre-se apenas nele e no que foi buscar. Porque não depende somente do zelador a resposta da obrigação, mas sim de você. Posso lhes dizer que na verdade, apenas 30% depende do zelador, o restante está nas mãos da pessoa.

Então, valorize seu tempo e seu dinheiro. Entregue-se àquela obrigação e sinta a vibração presente, e, com certeza, verá o resultado mais rápido e mais duradouro.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi, Odé Mutaloiá.

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